A representação gráfica na arquitetura, independente da plataforma, seja ela planta, corte, isométrica, perspectiva etc., é simultaneamente produto e procedimento. Produto enquanto resultado final referente ao objeto representado, articulando escala, informação e suporte. Procedimento enquanto processo de definição do que e como representar, de dissecação de informações e tradução, entendida não só como produto gráfico mas como processo de análise, seleção e tradução de uma manifestação para a outra, pensamento objetivo através do qual novas verdades a respeito do objeto aumentado são apresentados. Para que este procedimento e produto se façam completos precisam que suas informações sejam apreendidas pelo olhar do próximo. Assim, conformam-se padrões e códigos gráficos que normatizam o entendimento e usualmente dizem respeito à lógica construtiva do edifício ou da cidade, seja ele prévio ou posterior. Este produto gráfico nada mais é do que uma abstração da realidade, a tradução ortogonal irreal daquilo que interessa sistematizar.
Beatriz Costa Hoyos
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Os limites do corte: ensaio sobre representação gráfica
https://www.archdaily.com.br/br/925294/os-limites-do-corte-ensaio-sobre-representacao-graficaBeatriz Costa Hoyos