Belén Maiztegui

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Estratégias de implantação: 20 casas argentinas vistas de cima

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Os pequenos veículos aéreos não tripulados (UAVs), comumente conhecidos como drones, abriram novas possibilidades para o registro de canteiros de obras. A possibilidade de tirar fotografias aéreas torna possível revelar problemas que muitas vezes são difíceis de capturar através de imagens tirada a altura dos pedestres. Semelhante ao que acontece com os desenhos conhecidos como "planta de cobertura", as fotos aéreas mostram mais claramente as decisões do projeto em relação à implantação, orientação, tipologia, relação com o entorno imediato e construções preexistentes, entre outras questões.

Arquitetura em desnível: 10 projetos de casas na Argentina

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A diferença de nível é uma ferramenta muito utilizada por arquitetos e arquitetas  para lidar com a topografia de um determinado terreno. Neste caso, os espaços interiores—em seus múltiplos níveis—refletem algumas das principais estratégias utilizadas pelos projetistas para adaptar ou encaixar um edifício na paisagem topográfica. Desta forma, é muito comum encontrarmos edifícios escalonados e volumes suspensos em terrenos de inclinação acentuada. Além desta condicionante física, por assim dizer, defasagens e desníveis também podem adquirir um caráter funcional, permitindo separar espaços sem a necessidade de construir paredes ou barreiras verticais, segmentando o plano horizontal em diversos níveis—elevados ou rebaixados.

Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia

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“Antes da era dos combustíveis fósseis baratos, durante a qual se popularizaram as tecnologias modernas de calefação e condicionamento de ar, a arquitetura tradicional, era por assim dizer, mais sensível às condições climáticas específicas. Depois da recente crise energética, o interesse pelas estratégias passivas na arquitetura parece estar ressurgindo com força total.” [1]

Resumidamente, poderíamos dizer que a arquitetura bioclimática é aquela que incorpora, desde as primeiras fases de projeto, estratégias e recursos passivos, ou seja, aqueles que permitem aproveitarmos as condiciones favoráveis específicas do clima e local, oferecendo, simultaneamente, proteção contra as possíveis condições extremas. Desta forma, esta arquitetura não só permite a criação de melhores condições de conforto interior, mas também permite minimizar o consumo energético do edifício como um todo, diferenciando-a das abordagens mais convencionais, onde delega-se o controle das condições de conforto à sistemas mecânicos de condicionamento de ar, de aquecimento e e arrefecimento. A arquitetura bioclimática, então, está baseada em uma busca contínua por otimizar recursos, principalmente através de suas formas e volumes, orientações de fachadas e aberturas, materiais naturais e locais, uso do espaço, e outras tantas variáveis.

Carmen Espegel sobre seu livro Heroínas do Espaço: "A história deve ser relida, ela ainda contém informações ocultas"

Carmen Espegel é arquiteta doutora pela Escola de Arquitetura de Madri. O seu trabalho é sustentado por três áreas complementares: acadêmica, pesquisa e atividade prática profissional. Trabalha de forma independente desde 1985, fez parte do atelier espegel-fisac arquitectos durante vinte anos - sendo sócia fundadora - e atualmente dirige o escritório espegel arquitectos. Sua orientação de pesquisa tem se concentrado principalmente na área de habitação, mulheres na arquitetura e crítica arquitetônica.

Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos

Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos - Image 1 of 4Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos - Image 2 of 4Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos - Image 3 of 4Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos - Image 4 of 4Tijolos de vidro em casas argentinas: iluminação natural e privacidade com blocos translúcidos - Mais Imagens+ 5

Ao criar espaços arquitetônicos, muitos arquitetos concordam que não só é importante, mas também necessário incorporar a luz natural aos interiores, utilizando diferentes estratégias para regular sua quantidade e definir qualidades como sua tonalidade e direcionamento. Apesar disso, em projetos residenciais, onde as exigências de privacidade são geralmente mais altas do que em, por exemplo, edifícios para usos comuns - escritórios, restaurantes, lojas -, ao definir as características dos ambientes, muitos optam por trabalhar com materiais que garantem maiores graus de proteção visual e que diluem o contato com o exterior público - seja através da incorporação de elementos opacos, seja por meio de envoltórios de revestimento e telas. Entretanto, há alguns materiais que garantem a entrada de uma grande quantidade de luz natural controlada durante o dia, mas sem implicar em perda de privacidade.

Estratégias bioclimáticas em residências de Buenos Aires: exemplos em planta e corte

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Os princípios bioclimáticos, quando partem de um entendimento concreto das condições geográficas e climáticas do local, podem otimizar de forma notável o desempenho dos edifícios e fomentar o desenvolvimento de melhores espaços internos nos projetos. As estratégias passivas, como o controle da radiação solar, a recuperação da água da chuva, o aproveitamento da iluminação natural e da ventilação cruzada, o tratamento e reuso de águas cinza, além da coleta de energia solar, são ferramentas que permitem obter um conforto térmico e ambiental maior, com baixos custos energéticos.

Casas com pérgolas de madeira no Peru: o espaço entre o interior e a paisagem

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Por estar localizado na parte ocidental e central da América do Sul, o Peru possui uma enorme multiplicidade de condições geográficas que determinam uma variedade de paisagens e recursos em seu território. Em suas três grandes regiões - costa, serra e selva -, as diferenças entre as temperaturas médias de inverno e verão não são consideráveis, e, exceto nas regiões de alta montanha, os climas são definidos como tropicais ou subtropicais. Por não ter extremos de frio ou calor sufocante, as atividades ao ar livre - e os espaços para que se desenvolvam - adquirem uma grande relevância no desenho de residências e edifícios. As pérgolas e semi-cobertos, como limiares de transição entre os espaços interiores e a paisagem, oferecem a possibilidade de aumentar a superfície de sombra dos projetos, possibilitando o aproveitamento dos espaços externos sem perder a proteção que a arquitetura pode oferecer.

OMA, MVRDV e Diller Scofidio + Renfro entre os finalistas para requalificar o distrito de Azca em Madri

O concurso internacional RENAZCA anunciou as cinco equipes finalistas que podem ser responsáveis por revtaliizar o centro financeiro de Azca em Madri, Espanha, segundo informa o jornal El País. A convocatória, dirigida por Martha Thorne, visa transformar o distrito no nó econômico e cultural mais importante da capital espanhola. A equipe vencedora será revelada no final de Janeiro e será responsável por transformar a área em um novo espaço urbano aberto, sustentável e conectado à cidade.

Soluções tradicionais em projetos contemporâneos: proteção solar e ventilação natural

Históricamente, persianas leves e brises de madeira estão a serviço da arquitetura como alguns dos mais importantes elementos de proteção—desde épocas remotas produzidas com fibras vegetais, galhos e bambu—os quais permitiam, através de mecanismos de grande simplicidade, filtrar a luz do sol e proteger os espaços interiores das intempéries. Amplamente utilizadas ao longo da costa mediterrânea e outras zonas tropicais e sub-tropicais do planeta, além de oferecer proteção a incidência direta dos raios de sol, estas estruturas permitem controlar o grau de privacidade sem abrir mão da ventilação natural constante.

Beerseba: arquitetura brutalista do deserto de Israel, pelas lentes de Stefano Perego

Beerseba: arquitetura brutalista do deserto de Israel, pelas lentes de Stefano Perego - Image 15 of 4
Monumento a la Brigada Néguev - Dani Karavan (1963-1968). Image © Stefano Perego

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Localizada a pouco mais de 100 quilômetros de distância de Tel Aviv, Beerseba (Be'er Sheva) é considerada uma das cidades mais antigas do Estado de Israel. Ainda que tenha sido fundada a mais de dois mil anos, a cidade de Beerseba foi destruída e reconstruída muitas vezes ao longo de sua vasta história, de forma que a sua identidade hoje pode ser definida por uma sobreposição de diversas camadas temporais. Uma das principais forças que veio a transformar a estrutura urbana da cidade de Beerseba foi o avassalador crescimento populacional da década de 1950 (logo após o estabelecimento do Estado de Israel em 1948). Naquele momento, o governo israelense decidiu por expandir e revitalizar a estrutura urbana da cidade, a qual passou de um pequeno vilarejo de pouco mais de 4.000 habitantes—em sua maioria militares—, para um dos maiores e mais importantes centros urbanos junto ao deserto de Negev. Desta forma, Beersheba, como muitas outras cidades do país, se transformou em um canteiro de obras a céu aberto, um lugar onde muitos jovens arquitetos modernistas puderam explorar a nova forma de se fazer arquitetura.

De fábricas a residências: adaptações contemporâneas da arquitetura industrial espanhola

De fábricas a residências: adaptações contemporâneas da arquitetura industrial espanhola - Image 20 of 4
Casa Rec / Guallart Architects. Image Cortesía de Guallart Architects

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A progressiva desindustrialização das cidades, seja devido a mudanças nas regulamentações de proteção ambiental - em termos de ruído e emissões -, ou ao aumento do valor dos terrenos, levou a um deslocamento sistemático dos edifícios fabris em direção à periferia dos conglomerados urbanos. Por conta disso, muitos edifícios industriais tornaram-se vazios e obsoletos, perdendo suas funções originais. Devido às suas dimensões, grandes vãos, flexibilidade e indeterminação espacial, no entanto, estes edifícios são, em geral,  espaços apropriados para a realização de reformas que permitem a incorporação de novos programas.

Mobiliário integrado à arquitetura: 10 projetos com tijolo

Algumas arquitetas e arquitetos conseguem propor interações entre as diferentes escalas dos projetos, atuando em uma multiplicidade de campos que vão da cidade ao detalhe dos acabamentos, passando pela escala do edifício. Embora, em muitos casos, a seleção do mobiliário que vai complementar um projeto – isto é, os elementos que acabarão por interagir com a escala humana – costuma ser relegada a uma etapa pós-construção, seu desenho nem sempre é considerado um problema secundário.

O brutalismo na arquitetura religiosa, pelas lentes de Stefano Perego

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Carregada de grande carga simbólica, a arquitetura religiosa é conhecida tanta pela monumentalidade de seus edifício quanto pela riqueza de seus espaços interiores. Escala, materialidade e luz são alguns dos principais elementos utilizados por arquitetos e projetistas quando se trata de manipular e criar espaços de contemplação e prece, características espaciais capazes de conduzir os fiéis à uma experiência sagrada através do espaço.

Casas do Equador: 10 residências organizadas em torno de um pátio

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A entrada de luz natural, a melhoria das condições de ventilação e a possibilidade de aumentar o contato com a natureza sem que isso implique a perda de privacidade são algumas das vantagens associadas aos jardins e pátios internos. 

De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa

De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa - Image 1 of 4De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa - Image 2 of 4De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa - Image 3 of 4De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa - Image 4 of 4De celeiros a casas: projetos de reuso e adaptação em paisagens rurais da Europa - Mais Imagens+ 36

O celeiro, com uma natureza muito semelhante à dos silos e galpões, é uma tipologia de construção essencial na paisagem rural e agrícola. Com soluções formais muitos simples e funcionais, os celeiros servem especificamente como um lugar de armazenagem de grandes volumes de provisões para animais e são comumente caracterizados por seus pés direitos altos, vãos generosos e por uma relativa flexibilidade espacial, protegendo o feno e os grãos do sol, da chuva, da humidade e dos próprios animais.

Ventilação natural: estratégias tradicionais de resfriamento em casas no Paraguai

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Localizado na região central da América do Sul, o Paraguai possui uma grande variedade de condições geográficas, com paisagens e recursos diversos. Em geral, o território está enquadrado em uma área de alta umidade e temperaturas amenas, que prevalecem durante todo o ano, com verões quentes e chuvosos e invernos amenos. Nestas condições, o arrefecimento dos espaços interiores adquire grande relevância e os sistemas de ventilação passiva são especialmente levados em consideração nas fases iniciais do projeto.

Fôrmas de bambu em projetos de concreto aparente

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Casa de los Árboles / Vo Trong Nghia Architects. Image © Hiroyuki Oki

Embora o concreto seja um dos sistemas construtivos mais utilizados no mundo todo, seja por sua durabilidade, maleabilidade e/ou resistência às intempéries, não devemos esquecer que a industria do concreto é uma das maiores emissoras de CO2 relacionas à industria da construção civil. Por este motivo, ao longo dos últimos anos, muitos arquitetos e arquitetas passar a experimentar novas possibilidades para tratar de otimizar seu rendimento, apropriando-se de todas as suas vantagens técnicas e buscando resolver alguns de suas desvantagens ambientais. Como resultado disso, alguns projetistas passaram a explorar a possibilidade de substituir as tradicionais fôrmas de madeira por materiais mais sustentáveis como o bambu, uma planta que cresce em abundância em quase todas as partes do mundo e que, com um baixo impacto ambiental, permite obter acabamentos aparentes com texturas de grande qualidade.

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Escala humana na cidade a partir de uma perspectiva feminista, transversal e política

Observar a realidade de nosso ambiente construído nos permite reconhecer que existem identidades que os modelos e escalas existentes não representam. Estas vozes, não por acaso, têm sido as grandes ausências nos processos de planejamento e construção das cidades e de sua arquitetura. Seus desejos e formas de ser e viver no mundo foram excluídos e tornados invisíveis. Isso nos faz repensar quais vozes são representadas nos debates sobre o urbano e para quem se projeta a cidade?