Uma ilha de cozinha corretamente dimensionada é mais do que apenas um elemento arquitetônico funcional — é um componente chave no projeto da cozinha. Além de suas funções principais, pode servir como um espaço versátil e adaptável a várias necessidades domésticas, melhorando a eficiência do fluxo de trabalho, fornecendo espaço de armazenamento adicional, promovendo a interação social e contribuindo para a estética geral do espaço.
Seja utilizada como balcão de café da manhã ou para refeições rápidas, como área de estudo para o dever de casa das crianças ou como ponto de encontro para receber convidados, sua flexibilidade melhora a funcionalidade e a habitabilidade de qualquer ambiente de cozinha. No entanto, determinar o tamanho apropriado para uma ilha de cozinha exige uma abordagem meticulosa, combinando considerações espaciais, requisitos de fluxo de trabalho e sensibilidades de projeto.
No início de 2018, a arquiteta e palestrante da Bartlett School of Architecture, Neba Sere, guiou um painel de discussão na Architecture Foundation de Londres, onde ela era uma das seis jovens curadoras. O tema: começos. Como abordá-los, avançar e transformá-los em algo duradouro. Seis anos depois, ela olha para o evento como o início de sua própria jornada: foi onde conheceu Selasi Setufe e criou o grupo do WhatsApp que se transformaria na Black Females in Architecture (BFA), uma rede global com 500 pessoas dirigida por elas e pela arquiteta Akua Danso.
A BFA surgiu como resposta à necessidade de visibilidade das mulheres negras e pessoas que se identificam como mulheres na arquitetura e no ambiente construído. No ano passado, o grupo comemorou seu quinto aniversário com a exibição de um curta-metragem e um painel de discussão na Bienal de Arquitetura de Veneza. Agora, após estabelecer as bases de disseminação de informações sobre a falta de diversidade e igualdade na indústria e aumentar seus números, a BFA está se preparando para impulsionar mudanças reais.
O que há de especial na arquitetura na América do Norte — sua história, políticas, mas também códigos e leis de construção — que a torna particularmente vulnerável à crise habitacional global? E como essas falhas inerentes podem ser combatidas com um desenho habitacional com propósito e uma abordagem mais inclusiva para a disciplina da arquitetura?
Interiores japoneses contemporâneos incorporam elementos tanto da tradição quanto da modernidade para expressar o espírito inovador do país, enquanto respeitam profundamente sua história e herança cultural. Embora materiais tradicionais como madeira, papel e bambu ainda tenham grande importância, os interiores japoneses modernos costumam apresentar uma fusão de vidro, aço, concreto e metais. A justaposição de texturas e acabamentos mais suaves e modernos com outros mais quentes e orgânicos reflete uma síntese dinâmica entre o antigo e o novo, resultando em espaços visualmente impactantes e funcionais que prestam homenagem à essência dos princípios de design do país.
A história das 'cores neutras' é uma jornada fascinante pela evolução da estética humana e das sensibilidades de design. Estreitamente relacionada à composição de materiais encontrados organicamente na natureza, a harmonia de cores entre brancos, cinzas e tons terrosos desempenhou um papel fundamental na expressão artística, na moda, design de interiores e arquitetura por milênios. Desde os tons discretos das estruturas arquitetônicas de argila, palha, madeira ou tijolo até o estilo de interiores contemporâneo, agora predominante, as cores neutras transcendem fronteiras culturais e continuam ocupando um lugar especial em nossa paisagem visual — oferecendo uma elegância sofisticada e versatilidade que resistiram ao tempo.
Ao longo da história da arquitetura, a madeira tem sido um elemento fundamental na evolução do projeto e da construção de edifícios. Desde as antigas estruturas de madeira do Japão até as catedrais europeias medievais, a capacidade estrutural e o apelo estético da madeira deixaram uma marca indelével na civilização humana. Somente na Revolução Industrial é que ocorreu uma mudança significativa em direção aos materiais de construção alternativos, como aço e concreto, relegando o material a um papel secundário na construção. No entanto, à medida que os arquitetos contemporâneos enfrentam as consequências das alterações climáticas, a madeira tem registado um regresso notável, oferecendo uma alternativa ecológica e estruturalmente robusta. Empresas de renome internacional estão centrando seus projetos no potencial da madeira, abraçando a sua rica história e, ao mesmo tempo, aproveitando tecnologias avançadas para criar estruturas inspiradoras e sustentáveis que representam uma mistura harmoniosa de sabedoria histórica e inovação moderna.
Os círculos, como uma forma geométrica fundamental, possuem uma qualidade cativante e harmoniosa que foi integrada perfeitamente à arquitetura e ao design ao longo de várias épocas e estilos. De detalhes sutis a pontos focais ousados, o uso de curvas no design de interiores transcende a mera ornamentação, muitas vezes simbolizando continuidade, conexão e um ritmo visual relaxante. Com suas curvas infinitas e contínuas, eles oferecem uma sensação de unidade, movimento e equilíbrio que pode transformar espaços em ambientes convidativos e esteticamente agradáveis — um efeito especialmente útil para os projetos de interiores. A seguir, reunimos 27 projetos que empregam formas circulares em interiores ao redor do mundo.
Em uma época em que o impacto negativo da humanidade sobre o meio ambiente tem se tornado cada vez mais evidente, o conceito de rewilding (renaturalização) está surgindo como uma abordagem poderosa para a conservação e a restauração ecológica. Em consonância com a crescente atenção dada à arquitetura paisagística nos últimos anos, a ideia de remover a intervenção humana de nossos ambientes naturais para restaurar um equilíbrio estável parece oferecer uma maneira relativamente simples de corrigir erros climáticos fundamentais. Mas será que a ausência de interferência na natureza é realmente tudo o que prega o rewilding? Como ele se relaciona com a arquitetura e o design? Neste artigo, analisamos seus principais conceitos, aplicações e exemplos.
A arquitetura paisagística está vivendo um momento especial. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu credenciar o campo de atuação com a prestigiosa designação STEM. Como parte das disciplinas educacionais de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) que se enquadram nessa categoria, os estudantes de arquitetura paisagística agora podem passar 24 meses procurando emprego em um período de treinamento, além dos 12 meses garantidos a qualquer recém-graduado de qualquer curso. O título também promete mais prestígio para os formandos, salários iniciais mais altos e maior flexibilidade de carreira. Torey Carter-Conneen, CEO da American Society of Landscape Architects (ASLA), entende a iniciativa como um avanço significativo para a "educação e prática da arquitetura paisagística, e isso é ótimo para a América e para a comunidade global".
A notícia corresponde a uma ênfase crescente na arquitetura paisagística como disciplina fundamental em todo o mundo nos últimos anos - uma prática intimamente ligada às noções de saúde pública, paisagismo, biofilia, sustentabilidade e rewilding ou restauração ecológica. Ela também destaca a relação íntima entre tecnologia e paisagismo. As propostas paisagísticas cada vez mais dependem da ciência e tecnologia avançadas para prever como as intervenções ecológicas podem alterar um terreno existente e determinar quais medidas produzirão o maior benefício tanto para os seres humanos quanto para a natureza em geral. O ideal contemporâneo de prados selvagens e florestas biodiversas pode existir livre de influências externas, mas o caminho para chegar lá a partir de um ponto de partida urbano requer assistência.
No competitivo mundo dos restaurantes — especialmente em um momento no qual os influenciadores estão ganhando cada vez mais controle sobre a esfera da alta gastronomia — criar uma experiência memorável de refeição é crucial para atrair e reter clientes. Enquanto fatores como qualidade da comida e serviço desempenham papéis cruciais para fazer com que os clientes voltem ao restaurante de sua escolha, o impacto que os interiores podem ter na longevidade do estabelecimento não deve ser negligenciado. Entre os vários elementos que contribuem para uma atmosfera memorável, a cor se destaca.
Arquitetura - uma vez que saiu de suas origens cavernosas - começou inicialmente de forma nômade. Por muito tempo, a sombra das árvores e tendas móveis feitas de pele de animais foram utilizadas no lugar de moradias permanentes, atendendo a estilos de vida nômades e necessidades básicas de sobrevivência. Essas estruturas portáteis foram principalmente sustentadas por armações de madeira e foram usadas por diversas civilizações antigas, incluindo os beduínos na Península Arábica e as tribos nativas americanas na América do Norte. A chegada do tecido, cerca de 40.000 anos atrás, tornou as moradias ainda mais leves e fáceis de transportar, um benefício para as culturas nômades ao redor do mundo.
Embora as tendas tenham permanecido populares desde então, em contextos recreativos e como um elemento fundamental da forma arquitetônica, a arquitetura contemporânea redescobriu o princípio do drapeado de tecido e conduziu o seu desenvolvimento - não apenas para estruturas temporárias, mas também para edifícios e instalações permanentes. Materiais avançados e duráveis transformaram o tecido em uma alternativa de fachada e cobertura que tem despertado um setor altamente especializado dentro da indústria da construção e criado algumas das fachadas mais intrigantes ao redor do mundo.
A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, com curadoria da arquiteta, educadora e romancista ganensa-escocesa Lesley Lokko – que também é fundadora e diretora do African Futures Institute (AFI) em Accra, Gana – foi aberta ao público em 20 de maio e ficará em exibição até 26 de novembro. Intitulada O Laboratório do Futuro, a Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano destaca pela primeira vez o continente africano como uma força líder na formação do mundo que está por vir, e a curadoria de Lokko leva os participantes a questionar as noções tradicionais sobre o que o futuro pode trazer e como será a arquitetura.
Na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, o Centro Cultural Europeu (ECC) apresentou a sexta edição de sua extensa exposição de arquitetura intitulada Time Space Existence. A edição de 2023 da mostra coletiva chama a atenção para as expressões de sustentabilidade em suas várias formas, abrangendo desde o foco no meio ambiente e paisagem urbana até debates sobre inovação, reuso, comunidade e inclusão. 217 projetos de participantes renomados como Snøhetta ou MADWORKSHOP e profissionais emergentes como Urban Radicals ou ACTA estão atualmente em exibição até 26 de novembro de 2023, nos Palazzos Bembo e Mora, e nos Jardins de Marinaressa em Veneza.
Em resposta às mudanças climáticas, as instalações apresentadas investigam novas tecnologias e métodos de construção que reduzem o consumo de energia por meio de design circular e desenvolvem materiais de construção inovadores, orgânicos e reciclados. Os participantes também abordam a justiça social ao apresentar soluções habitacionais idealizadas para comunidades deslocadas e minorias, enquanto outros examinam as tensões entre o ambiente urbano construído e a natureza que o cerca para identificar oportunidades de coexistência.
Seguindo as descobertas de um estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution em abril, tornou-se conhecimento público que a ilha artificial de lixo plástico conhecida comoGreat Pacific Garbage Patch (uma área de mais de 1,6 milhões de quilômetros quadrados entre a Califórnia e o Havaí) serve como lar de um ecossistema costeiro inteiro. A vida marinha está usando a enorme área aglomerada de resíduos plásticos humanos como habitat flutuante, e os cientistas ficaram chocados com o número de espécies que conseguiram estabelecer vida nesse ambiente hostil.
A notícia mais uma vez traz à tona não apenas questões urgentes de mudanças climáticas e poluição do oceano, mas também a questão da migração induzida pelo meio ambiente, mesmo em nível microbiano. A arquitetura está se movendo cada vez mais para reinos experimentais quando se trata de considerar locais para as comunidades do nosso futuro. O aumento do nível do mar colocou a água ao topo da lista desses locais. Mas essas deliberações não são tão recentes quanto se poderia pensar: cidades flutuantes existem há séculos e casas na água são comuns em áreas do Benin, Peru ou Iraque, entre outros.
A chegada do inverno traz consigo, pela privação, a lembrança do quão imporante são as atividades ao ar livre. Embora uma variedade delas tenha seu próprio senso de realização e relaxamento, uma em particular combina sentimentos de lazer, indulgência e comunidade: cozinhar ao ar livre. Mas como essa tradição começou? E como ela evoluiu?
Quando se trata de design de interiores com visão de futuro, adaptabilidade e atemporalidade são dois fatores-chave que podem garantir que uma casa pareça tão atual quanto no momento da sua construção. Ao emprestar elementos de vários estilos proeminentes e combiná-los em um todo harmônico, os interiores contemporâneos permanecem atuais mesmo com o avanço das tendências. Mas quais são os componentes que se mantém presentes mesmo com as frequentes mudanças? Exploramos sete elementos de design que resistem ao tempo e definem os interiores contemporâneos.
Ao abordar o projeto de espaços culturais, como museus, locais de espetáculos ou locais de pesquisa e estudo, os profissionais de arquitetura e design muitas vezes têm que montar peças de um quebra-cabeça desafiador para fazer a estrutura dialogar com uma variedade de visitantes e ocupantes. Isso pode ser difícil, especialmente ao tentar combinar formas em um todo que respeite o uso pretendido para o edifício e seja atemporal em sua universalidade.
Uma maneira de garantir que o senso de cultura seja onipresente: a reutilização adaptativa. A prática de dar vida a estruturas históricas tem aumentado nos últimos anos e é particularmente adequada para criar espaços que abordam e incorporam questões contemporâneas enquanto conectam seus habitantes ao passado. Mas não é apenas um senso de herança atualizado que os faz sobressair; edifícios de reuso adaptável podem combater a expansão urbana e práticas de construção insustentáveis simplesmente por existir.