Sem conceito definido, o uso do termo cidades inteligentes é utilizado com mais frequência a cada ano que passa. Muitos teóricos apontam que a dificuldade conceitual está atrelada à rápida adesão e expansão do seu uso por grandes corporações e instituições, tonando-se, assim, um termo da moda. Apesar do discurso “inovador”, a escolha do modelo para implementação de uma cidade inteligente pode causar impactos segregacionistas e privilegiar determinado grupo se não desenvolvida considerando as particularidades e envolvendo as lideranças locais (MENDES, 2020). Neste ensaio será adotado um entendimento de que a inovação e inteligência não estão necessariamente ligadas ao uso de tecnologias digitais ou recursos de alto custo, mas sim ao novo olhar para os problemas urbanos e o desenvolvimento de soluções não tradicionais nas tomadas de decisão e execução.
Cora Guimarães Rocha
Cora Rocha é alagoana, feminista, arquiteta e urbanista pela Universidade Federal de Alagoas (AL) e pós-graduada pela Escola da Cidade (SP). Trabalha e estuda sobre dinâmicas urbanas de centros urbanos, integrante da FIO Assessoria Técnica Popular e do Coletivo Formiga-me, sediados na cidade de São Paulo.
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A produção inteligente da habitação: estratégia de marketing ou de garantias?
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