Joe Cortright

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Existe algo de “inteligente” nas cidades inteligentes?

Não tem como ser um urbanista ou se interessar pelas questões das cidades e ainda não ter ouvido — muito — sobre o movimento “Cidades Inteligentes” (“Smart Cities”). A ideia é que não há nada nas cidades que o uso de dados (especialmente “big data”) ou de tecnologia não resolva. O resultado tem sido uma série de afirmações sobre como é possível solucionar problemas tão desafiadores como habitação, tráfego e desigualdade simplesmente criando modelos mais elaborados com base em big data ou implantando novas formas de tecnologia.

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Bairros mais caminháveis promovem a ascensão social?

Em um uso revelador de big data, Raj Chetty e seus colegas no Projeto de Igualdade de Oportunidades usaram registros fiscais anônimos para rastrear, a partir da infância, a renda de pessoas que cresceram nos Estados Unidos. Os resultados mostram que os bairros e áreas metropolitanas onde essas pessoas foram criadas têm um grande impacto nas suas perspectivas econômicas durante a vida.

Surpreendentemente, crianças de famílias de baixa renda que crescem em alguns bairros, especialmente aquelas com rendas mistas e níveis mais baixos de segregação racial, se saem melhor economicamente.