Nem todo projeto arquitetônico pode incorporar um projeto paisagístico, considerar um jardim ou acesso a uma ampla área verde. Espaços menores precisam de estratégias mais criativas para incorporar a vegetação. Independentemente do contexto, as plantas oferecem benefícios em todos os tipos de espaços, como a regulação da temperatura interna, uma opção de produção sustentável em menor escala do que uma estufa, além de suas qualidades estéticas. Neste artigo, apresentamos 4 estratégias simples e uma seleção de exemplos para incorporar plantas em espaços de pequena escala.
Imagen Subliminal (Miguel de Guzmán + Rocío Romero)
Jardins verticais, treliças, estantes e vasos de flores: integrando a vegetação em ambientes internos
Cemitério Municipal de La Colilla / Arturo Blanco Herrero + Alegría Colón Mur
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Arquitetos: Alegría Colón Mur, Arturo Blanco Herrero
- Ano: 2020
Casa Granero / Alberich-Rodríguez Arquitectos
Casas de tijolos na Espanha: o uso da alvenaria em projetos de interiores e exteriores
A facilidade de acesso, a alta disponibilidade no mercado, a resistência e durabilidade assim como o valor relativamente baixo fazem do tijolo um dos materiais mais utilizados na industria da construção civil, servindo muitas vezes, como símbolo de identidade da arquitetura de uma determinada região. No caso da Espanha, país profundamente influenciado pela cultura e arte mudéjar, o tijolo, que tem sido amplamente utilizado na arquitetura espanhola desde tempos imemoriais, ocupa ainda hoje uma posição privilegiada no cenário da arquitetura contemporânea. Recorrentemente utilizados para a construção de planos, arcos e abobadas, tijolos também aparecem na forma de estruturas vazadas como cobogós e muxarabis, permitindo a iluminação e ventilação natural de espaços interiores, especialmente em se tratando de um território cálido como o sul da Europa.
Pensando nisso, apresentamos à seguir uma série de projetos de arquitetura contemporânea que fazem uso deste material, acompanhados de um breve memorial descritivo fornecido pelos arquitetos responsáveis.
Novo interior para escadas e átrio da Casa Batlló / Kengo Kuma & Associates
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Arquitetos: Kengo Kuma & Associates
- Área: 260 m²
- Ano: 2021
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Fabricantes: Chesneys Architectural, Kriskadecor
Floricultura Mon Parnasse / Canobardin
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Arquitetos: Canobardin
- Área: 61 m²
- Ano: 2021
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Fabricantes: Adobe Systems Incorporated, AutoDesk, Base 3, Carpinteria Laimar, Gerflor, +1
Um museu sobre o plástico, de plástico, e que será completamente reciclado
O plástico é um material incrível. O grande problema é a forma como estamos usando-o e descartando-o na natureza. Foi com essa ideia em mente que o Museu do Plástico foi criado, para mostrar o papel vital que o plástico desempenha nas nossas vidas, bem como as possibilidades que o seu reaproveitamento e reciclagem oferecem. Inaugurado em Madri no dia 8 de maio, não conterá apenas plástico, mas será construído inteiramente a partir desse material. Através das peças que se encontram no interior, como objetos essenciais para os cuidados de saúde, comunicação, construção, alimentação e mobilidade sustentável, o visitante poderá conhecer tudo o que o plástico nos proporciona quando é feito o seu uso correto.
O Museu do Plástico / delavegacanolasso
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Arquitetos: delavegacanolasso
- Área: 74 m²
- Ano: 2021
Escola Quase Invisível / ABLM arquitectos
Como tirar proveito de tetos altos em renovações
A altura do teto de um espaço influencia muito da nossa percepção sobre o mesmo. Geralmente, códigos construtivos locais definem as dimensões mínimas, que são calculadas para proporcionar uma qualidade de vida adequada no ambiente. Mas a altura exata dos pés-direitos é, muitas vezes, definida pela dimensão dos materiais que constituem a edificação, a altura das lajes ou, até, por conta do arredondamento nas dimensões dos degraus da escada. É comum que, com a densificação das cidades e visando um aumento na lucratividade, os empreendedores optem por criar pés-direitos mínimos em habitações e escritórios, reduzindo os custos de construção. Por outro lado, nas arquiteturas mais antigas, são observados pés-direitos mais generosos, que geralmente possibilitam um maior grau de liberdade projetual. Mas como tirar partido da melhor forma destes espaços?
Tendências da arquitetura, construção e interiores para 2021: o popular, o relevante e o essencial
Ao rever os projetos de arquitetura que publicamos como parte de nossa seleção anual de 2020, pudemos distinguir muitos elementos e soluções recorrentes em termos de materiais, programas e funções.
Uma vez que a indústria da arquitetura se move um pouco mais devagar do que outras, descobrimos que muitos elementos e soluções de design dos últimos anos voltaram com força em 2020. Nesse sentido, acreditamos que as tendências no mundo da arquitetura podem ser definidas não apenas pelo que foi recorrente e popular, mas também pelo que se mostrou relevante e substancial.
Escritório Modular Tini / delavegacanolasso
Instalação Pipeline - Estrutura para o desfile da KENZO / Dosis
Casa Duas Peças / delavegacanolasso
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Arquitetos: delavegacanolasso
- Área: 220 m²
- Ano: 2020
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Fabricantes: Pladur
Empire Stores / S9 Architecture
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Arquitetos: S9 Architecture
- Área: 42000 m²
- Ano: 2017
"A fotografia de arquitetura deve flexibilizar sua linguagem": uma entrevista com Miguel de Guzmán e Rocío Romero, do Imagen Subliminal
Basta olhar para a longa lista de obras registadas por Miguel De Guzmán e Rocío Romero, diretores do conceituado estúdio de fotografia e vídeo de arquitetura Imagen Subliminal, com sede em Madrid e Nova Iorque, para perceber que têm realizado um bom trabalho captando e divulgando as mais diversos projetos e espaços. Uma tarefa importante que reside no valor de dar a conhecer ao mundo obras e atmosferas, para que todos possamos, de alguma forma, habitá-las
Em celebração ao Dia Mundial da Fotografia, realizamos uma entrevista com Guzmán sobre seus anos de prática e as mudanças no papel do fotógrafo de arquitetura diante das novas formas de comunicação.
A evolução do compartilhamento dos espaços: privacidade e abertura em arquiteturas cada vez mais densas
A densidade sempre foi uma consideração essencial para arquitetos e planejadores urbanos, mas sua importância só aumentou à medida que a população urbana mundial disparou e as cidades se tornaram cada vez mais densas. Durante grande parte da história do planejamento urbano, este termo foi infestado de conotações negativas: superlotação, pobreza, falta de segurança e as chamadas 'favelas'. O movimento da cidade-jardim, iniciado por Ebenezer Howard em 1898, buscou remediar tais males defendendo cinturões verdes e um planejamento anti-densidade. A Ville Radieuse de Le Corbusier é um dos planos urbanos mais conhecidos a partir desses ideais. Ainda na década de 1960, a socióloga Jane Jacobs notoriamente derrubou esses conceitos de planejamento urbano muito influentes: ela apontou que a densidade dos edifícios não tem que ser igual à superlotação; sugeriu que algumas áreas urbanas altamente densas, como sua vizinhança em Greenwich Village, eram mais seguras e mais atraentes do que os projetos de cidades-jardim nas proximidades; e destacou como a concepção americana dos "bairros marginais" costumava estar enraizada em ideologias anti-imigrantes e anti-negros. A densidade não é inerentemente ruim, ela sugeriu, mas deve ser bem feita. Hoje, continuamos a lutar com a questão sobre como projetar para nossas cidades cada vez mais densas - como mantê-las abertas, mas simultaneamente privadas? Livres, mas controladas quando necessário? Em particular, como nos mantemos protegidos - tanto do crime quanto, em épocas de COVID-19, de doenças?