Laurian Ghinitoiu

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Serpentine Pavilion e Summer Houses 2016 pelas lentes de Laurian Ghinitoiu

Esta semana foi apresentado ao público o 17° Serpentine Gallery Pavilion. Com sua "parede expandida" de 13 metros de altura composta por tubos de fibra de vidro, o pavilhão tem uma presença imponente no Hyde Park e se localiza ao lado da Serpentine Gallery. Segundo Bjarke Ingles em seu memorial de projeto, o pavilhão trata dos efeitos visuais de diferentes ângulos - passando de um retângulo transparente quando visto de frente a uma escultura curvilínea quando visto de lado.

Com tanta riqueza visual, o projeto oferece muitas opções para ser explorado através da fotografia - sendo assim, o fotógrafo Laurian Ghinitoiu esteve presente na inauguração do projeto para investigar os efeitos visuais causados pelo pavilhão. Ele também registrou em fotografias as Summer Houses, projetadas por Kunlé Adeyemi do NLÉ, Barkow Leibinger, Yona Friedman e Asif Khan. Veja as fotografias a seguir.

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Why the FAR (Floor Area Ratio) Game?: Por dentro do Pavilhão da Coréia na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.

Das dezenas de artigos sobre arquitetura e urbanismo que contribuí para o Jornal Korea Joongang Daily, foi o intitulado de "The FAR Game" que recebeu a maior resposta dos leitores. Enquanto que a FAR (Floor Area Ratio "Taxa de Área de Piso") aparenta ser um jargão técnico dos profissionais, parece que quase todos os coreanos sabem o que é, ou já ouviram falar sobre isso. Se você digitar yong-jeong-nyul (용적률, a palavra coreana para FAR) em motores de busca coreanos, um fluxo interminável de notícias, artigos e comentários aparecerão. A palavra fala do apetite para espaços de vida em um ambiente hiper-denso, bem como o desejo por qualquer meio possível, seja por planejamento e táticas adequadas ou através de truques e obscurecimento. Ela toca tanto os ricos como os pobres, como eles gerem suas vidas juntos e em torno do tecido urbano. Ao ler esse artigo, onde eu havia afirmado que, sem dúvidas, é a FAR que impulsiona o caráter arquitetônico das cidades coreanas, um renomado pesquisador urbano me disse que eu havia acertado em cheio.

Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu

O Museu Solomon R. Guggenheim de Nova Iorque, inaugurado em 1959, causou controvérsias por ser "menos um museu que um monumento" de Frank Lloyd Wright. Embora Wright pretendesse exibir as pinturas nas paredes internas, a concavidade das superfícies tornou isso impossível. Em vez disso, então, o átrio central se tornou um lugar de procissão onde o espaço é revelado através do movimento. A rampa contínua que se volta para o átrio permite a interação das pessoas em diferentes níveis.

O fotógrafo Laurian Ghinitoiu situa as pessoas no centro de suas fotografias, o que talvez explique como, nesta série fotográfica do Museu Guggenheim em homenagem ao 149° ano de nascimento de Wright, ele tenha conseguido capturar a essência e vitalidade do museu. Ao passo que algumas imagens retratam o átrio do museu como um lugar de passagem, contemplação e socialização, outras mostram a crescente influência da fotografia e auto-representação na experiência dos visitantes. Algumas fotografias mostram ainda o edifício inserido em seu contexto urbano, com pessoas envolvidas em suas atividades diárias.

Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu - Image 1 of 4Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu - Image 2 of 4Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu - Image 3 of 4Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu - Image 4 of 4Museu Guggenheim de Nova Iorque pelas lentes de Laurian Ghinitoiu - Mais Imagens+ 25

12 coisas que você precisa ver na Bienal de Veneza 2016

12 coisas que você precisa ver na Bienal de Veneza 2016 - Imagem de Destaque
"Reporting From the Front". Imagem © Italo Rondinella

Há uma enorme intensidade de informações, conhecimentos e ideias na Bienal de Arquitetura em Veneza este ano, intitulada Reporting From the Front. Com todos os editores executivos e editores-chefe do ArchDaily Inglês, Espanhol e Português reunidos em Veneza para a abertura - além do co-fundador David Basulto e do editor James Taylor-Foster, curadores do Pavilhão Nórdico -selecionamos este ano doze das nossas exposições favoritas que devem ser visitadas.

"Selfie Automaton": Pavilhão da Romênia na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.

O Pavilhão da Romênia na 15ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia  apresenta “Selfie Automaton”, uma exposição de Tiberiu Bucșa, Gál Orsolya, Stathis Markopoulos, Adrian Aramă, Oana Matei, Andrei Durloi. A mostra consiste em 7 autômatos mecânicos, com 42 marionetes - 37 humanas e 5 criaturas. Três dos autômatos serão localizados no Pavilhão da Romênia no Giardini, outros três na Nova Galeria do Instituto Romeno de Cultura e Pesquisa Humanística, e um deles será nômade e  vagará pelas ruas de Veneza.

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NEIGHBOURHOOD: Where Alvaro meets Aldo / Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.

Como resposta ao desafio lançado pelo curador geral da XV Bienal de Arquitetura de Veneza, Alejandro Aravena - "Reporting from the Front” -, Portugal apresenta um pavilhão “site-específic”, construído numa frente urbana que se encontra em plena regeneração física e social, dentro da cidade de Veneza, e mais especificamente na ilha de Giudecca: o Campo di Marte. Na verdade, a ideia de instalar o pavilhão português in situ despoletou a conclusão do projeto de regeneração do Campo di Marte, proposto pelo arquiteto Álvaro Siza, há 30 anos. Após a “ocupação” deste local em construção, a exposição dará lugar a um habitat arquitetônico destinado aos residentes da Giudecca.

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Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra "BLUE" em Veneza

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.

Após o colapso da União Soviética, e ainda mais após o 11 de setembro e a "guerra contra o terror que seguiu os atentados, o clima de guerra se instaurou nas cidades. 

Ao passo que as guerras do século XX foram travadas, em geral, entre nações e por causa de soberania territorial e disputa de fronteiras, as guerras do século XXI são internas e sem fronteiras. Elas são travadas entre grandes coalizões  internacionais e redes insurgentes. 

Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra "BLUE" em Veneza - Image 1 of 4Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra "BLUE" em Veneza - Image 2 of 4Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra "BLUE" em Veneza - Image 3 of 4Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra "BLUE" em Veneza - Image 4 of 4Países Baixos exploram a arquitetura das missões de paz da ONU com a mostra BLUE em Veneza - Mais Imagens+ 10

@1to1Billion: Por dentro da Contribuição do Canadá para a Bienal de Veneza 2016

@1to1Billion: Por dentro da Contribuição do Canadá para a Bienal de Veneza 2016 - Imagem de Destaque
Cerimônia de Abertura de EXTRACTION / curadoria por Pierre Bélanger, OPSYS. 27 de Maio de 2016. Imagem © Laurian Ghinitoiu

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das diferentes exposições que fazem parte de "Reporting from the Front".

Na escala de 1:1 bilhão, o mapa geológico do mundo revela escalas planetárias das operações da maior nação extrativista de recursos, cuja política externa é suportada a partir de patrimônios como colônia, como confederação, país, e agora, como império de recursos globais. No seu poder divino, legal, para separar os direitos de superfícies dos direitos de exploração mineral, o domínio real do governo – a Coroa – exerce suprema autoridade sobre 95% de seu território tornando-o o maior proprietário de terras do mundo. Não surpreendentemente, seu brasão, seu estado democrático, constituição e até mesmo a aparência do edifício do parlamento aparentam ser praticamente os mesmos, compartilhando o mesmo Chefe de Estado, a Rainha Elizabeth II. Como a última monarquia restante nas Américas, o Canadá é invenção da Rainha Victoria II, a mulher mais poderosa da história, que expandiu o Império Britânico a uma magnitude sem precedentes no final do século 19.

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Brasil em Veneza 2016: Juntos ou divididos?

Pavilhão brasileiro em Veneza tem méritos, mas ignora momento histórico do país.

No momento que um muro dividindo a Esplanada dos Ministérios em Brasília se tornou o símbolo de um país segregado, o tema do pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza de Arquitetura em 2016 dificilmente poderia ser mais paradoxal: “Juntos”.

The Pool: Por dentro do Pavilhão Australiano na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das diferentes exposições que fazem parte de "Reporting from the Front".

Como um dispositivo arquitetônico, a piscina representa um limite físico, mas também expressa uma fronteira social e pessoal. Isso é explorado através das narrativas transmitidas na Exposição, em que selecionamos oito contadores de histórias: os atletas Olímpicos Shane Gould e Ian Thorpe; os autores Anna Funder e Christos Tsiolkas; o músico Paul Kelly; a ambientalista Tim Flannery; designers de moda Anna Plunkett e Luke Sales da Romance Was Born; e a curadora de arte Hetti Perkins. Suas entrevistas revelam histórias de satisfação e realização, de segregação e inclusão, de aprender com o passado e refletir ao futuro, tudo através da lente da piscina.

The Architectural Imagination: Por dentro do Pavilhão dos Estados Unidos na Bienal de Veneza 2016

The Architectural Imagination: Por dentro do Pavilhão dos Estados Unidos na Bienal de Veneza 2016 - Imagem de Destaque
The Architectural Imagination / curadoria de Cynthia Davidson e Monica Ponce de Leon. Pavilhão dos Estados Unidos na Bienal de Veneza 2016. Imagem © Laurian Ghinitoiu

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das diferentes exposições que fazem parte de "Reporting from the Front".

The Architectural Imagination apresenta doze novos projetos especulativos de arquitetura projetados para locais específicos em Detroit, mas com vastas possibilidades de aplicações para cidades ao redor do mundo.

Como sede da indústria automobilística, das fábricas de vãos livres, da Motown, e do techno, Detroit já foi um centro de imaginação americana, não somente pelo que produzia, mas também por sua arquitetura e estilo de vida modernos, que cativaram o público em todo o mundo.

Hoje, como muitas cidades pós-industriais, vem lidando com os efeitos de uma população em declínio e uma paisagem urbana marcada pela ferrugem. No entanto, tendo emergido da falência, há uma nova excitação em Detroit em imaginar futuros possíveis à cidade, tanto no núcleo central como em seus muitos bairros.

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A Contracorriente / Pavilhão do Chile na XV Bienal de Arquitetura de Veneza

A contracorriente, pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2016, mostra o trabalho de uma geração de jovens que concebe, projeta, gerencia, capta financiamento e constrói pequenas obras de arquitetura para obter seu título profissional de arquiteto. Eles têm em comum pertencerem ao território rural do Vale Central do Chile. Ao terminarem sua formação acadêmica, regressam aos lugares de origem para contribuir com a comunidade e construir arquiteturas que, em seu conjunto, desenham um conjunto de lugares que acolhem a vida e o trabalho de agricultores e suas famílias.

Essas arquiteturas têm sido levantadas com o mínimo, com restos de processos agrícolas e com os materiais que se encontram à mão, aportando valor e inserindo esse território na globalidade, por meio de um relato regional, mas não regionalista. Nesse entorno rural e em uma paisagem em mudança contínua resultante da exploração agrícola e o desenvolvimento urbano, emergem pavilhões, paradores, mirantes, restaurantes e praças, ou simplesmente locais de sombra e encontro, efêmeros ou permanentes, explícitos ou abstratos.

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In Therapy: Pavilhão Nórdico na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, estamos apresentando uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações abertas à visitação.

Você é parte da sombra de outrem.
—Sverre Fehn em conversa com Per Olaf Fjeld

O ímpeto desta exposição é reconhecer a presença dos “fantasmas” da arquitetura nórdica – aqueles arquitetos, teóricos e educadores – os mais famosos que são frequentemente descritos como “Mestres Modernos” – que continuam a exercer influência na prática e pedagogia contemporâneas. Com efeito, uma dessas figuras mais proeminentes, o norueguês Sverre Fehn, projetou o Pavilhão Nórdico. Esta exposição aborda um desafio comum enfrentando pelos finlandeses, noruegueses e suecos hoje: como um edifício (para uma exposição, neste caso) existe em diálogo com seu entorno quando este entorno é tão carregado? Para nós, isto se liga a uma questão mais ampla: como a arquitetura pode ocupar um legado ao passo que ainda realiza o progresso. 

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Exposição "Breaking The Siege" do Gabinete de Arquitectura é premiada com o Leão de Ouro em Veneza

Os tijolos são o elemento icônico do estúdio de Solano Benítez. Um material ancestral, forjado pelo homem através de uma técnica milenar de modelagem e cozimento. Os tijolos são versáteis, baratos e fáceis de fabricar, permitindo que também em zonas marginalizadas do mundo as pessoas possam se dar ao luxo de construir suas moradias com este material. Benítez sente a poesia do tijolo e vem experimentando com sua versatilidade, ao limite de confiar unicamente neles como material primeiro de construção. [1]

A mostra, desenvolvida por Solano Benítez, Gloria Cabral e Solanito Benítez, não apenas impressionou por sua genialidade construtiva, mas também recebeu o Leão de Ouro de Melhor Participação na Exposição Internacional Reporting from the Front.

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JUNTOS: Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2016

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza deste ano, compartilhamos a seguir informações sobre o Pavilhão do Brasil, que reúne quinze projetos e iniciativas de diferentes regiões do país e que tem curadoria de Washington Fajardo.

A Casa da Flor é uma arquitetura onírica erguida a partir do sonho de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985). Filho de um escravo negro com uma índia, este trabalhador das salinas próximas a São Pedro da Aldeia (140 km do Rio de Janeiro) construiu sua casa a partir da coleta de restos e resíduos, os quais ganharam um novo sentido de uso nas paredes da pequena edificação unifamiliar.

O mesmo princípio moveu a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) na Casa Valéria Cirell, em São Paulo. Primeira expressiva realização da arquiteta manifestando o que defendia ser o nacional-popular, em oposição ao modernismo hegemônico dos circuitos de debate e da produção arquitetônica na época. Bo Bardi vai se interessar pelo homem simples e popular, identificando signos da cultura negra e sentidos lentamente burilados por fricção e amálgama, por desejo de converter-se em outra coisa: no brasileiro.

Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição "Our Amazon Frontline"

"Our Amazon Frontline" é o conceito central apresentado pelo Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza. Inaugurado na sexta-feira, 27 de maio, o espaço está centrado na Amazônia: uma fronteira histórica onde constantemente se travam importantes batalhas.

Acompanhando os visitantes com os Amazogramas do fotógrafo Roberto Huarcaya, a exibição relata uma ação sem precedentes: combater a pobreza e preservar a floresta amazônica através da educação. O pavilhão foi premiado com uma Menção Especial na categoria das Participações Nacionais.

Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição "Our Amazon Frontline" - Image 1 of 4Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição "Our Amazon Frontline" - Image 2 of 4Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição "Our Amazon Frontline" - Image 3 of 4Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição "Our Amazon Frontline" - Image 4 of 4Peru ganha menção especial na Bienal de Veneza 2016 com a exposição Our Amazon Frontline - Mais Imagens+ 16

Aravena convida a visitar 'Reporting from the Front' reutilizando 100 toneladas de material descartado pela Bienal de Arte passada

No primeiro dia da XV Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, ArchDaily tem o prazer de apresentar as instalações que foram escolhidas por Alejandro Aravena e seu escritório Elemental. Separada, mas em diálogo com os pavilhões nacionais, "Reporting from the front" festeja as obras que "abordam um problema que importa e para o qual a arquitetura de qualidade faz diferença". Numa exposição cujo objetivo é compartilhar "as histórias de êxito" onde a arquitetura faz diferença, Aravena convocou escritórios de todo o mundo para mostrar "nos termos mais simples possíveis" aqueles projetos que demonstram habilidades para a inovação, resolução e a capacidade de resolver problemas.

A exposição "Reporting from the Front" é dividida em dois espaços: o Pavilhão Central no Giardini e os Cordames no Arsenale. Neste último, Aravena desdobra sua criatividade na antesala através de uma montagem que reutilizou 100 toneladas de material descartado pela Bienal de Arte passada e que é suporte de todo o processo que junto a sua equipe do Elemental teve que enfrentar para desenvolver esta mostra. Assim, a re-disposição de 10000 m² de gesso acartonado e 14 km de estruturas metálicas, conformam um espaço introdutório solene, que apresenta notas, e-mails e croquis da etapa de seleção de arquitetos e suas obras, além de vídeos da equipe do Elemental discutindo o projeto da mostra e mensagens em WhatsApp do momento que se iteraram de que seriam os encarregados da direção da Bienal de Arquitetura de Veneza 2016.

Espanha vence Leão de Ouro na Bienal de Veneza 2016 com "UNFINISHED"

Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das diferentes exposições que fazem parte de "Reporting from the Front".

A Espanha é um dos países onde o impacto da crise econômica mais afetou a profissão da arquitetura. Existem poucos lugares no mundo onde em um período de tempo tão curto foram erguidos tantos edifícios. A ausência de reflexões sobre a necessidade ou vigência destas obras fez com que muitas fossem abandonadas devido à inviabilidade econômica de sua conclusão ou manutenção. Sua materialização no território espanhol gerou uma coleção de edifícios inacabados, onde a consideração do fator tempo foi subtraída da fórmula da arquitetura. 

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