Poucas estruturas são tão elegantes e engenhosas quanto as estufas. Construídas em grande parte com projetos simples e diretos, esses abrigos minimalistas criam espaços protegidos e iluminados que definem o clima interno. Dedicados ao cultivo de plantas, são projetos diversos que combinam programas e sistemas para enfatizar a sustentabilidade, educação e conservação. No fundo, as estufas dizem respeito à experiência e descoberta.
Com seus objetivos quantificáveis e desempenho mensurável, a sustentabilidade muitas vezes se apresenta como um desafio tecnológico. Sua linguagem primária é aquela dos dados, equipamentos, sistemas projetados, muitas vezes traduzidos em uma camada hipertecnológica escondida dentro de um design que apoia normas estéticas pré-existentes. Como a arquitetura é a imagem de uma sociedade em um momento do tempo, como o foco em sustentabilidade se traduz em linguagem, legitimando ainda mais as iniciativas para estabelecer uma relação de equidade com o meio ambiente? A arquitetura serve como uma expressão de atitudes, e já que a sustentabilidade se tornou um valor fundamental, é válido olhar se ela produziu ou não uma transformação estética.