Projetar um museu é sempre um desafio arquitetônico emocionante. Os museus muitas vezes vêm com suas próprias necessidades e limitações - desde museus de arte que precisam de espaços especializados para preservar as obras, até enormes coleções que requerem um extenso espaço de arquivos. Em homenagem ao Dia Internacional dos Museus, selecionamos 23 museus emblemáticos que fazem parte de nossa base de dados, com cada editor do ArchDaily explicando o que torna esses edifícios tão impressionantes.
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Peter Zumthor (26 de abril, 1943) completa hoje 74 anos de idade. Conhecido por sua sensibilidade material e sua grande atenção ao lugar, o vencedor do Pritzker de 2009 é um dos mais respeitados arquitetos do século XX.
No último dia 9 de março, foi apresentado no Museu de Arte Moderna de Bogotá o seminário "Diálogos Tropi Nórdicos: arquitetura, arte e paisagem", um evento realizado por meio da iniciativa da Escola de Arquitetura e Design de Oslo, o MAMBO e a plataforma de conferências e publicações Jardín Parlante. O seminário contou com o apoio e direção dos arquitetos colombianos Luis Callejas e Giancarlo Mazzanti, os quais, desempenhando o papel de mediadores, apresentaram os arquitetos noruegueses Jeppe Aagaard Andersen, Janike Kampevold Larsen, Beate Hølmebakk e Per Tamsende.
Luis Callejas (LCLA Office) foi o encarregado por introduzir ao pública a forte influência que o ideário natural das paisagem escandinavas exerce sobre a arquitetura, em um encontro onde se desvanecem as fronteiras entre a arte e a paisagem através de operações sutis e precisas sobre geografias remotas, fazendo visível a relação da história com a disciplina em uma tentativa de transmitir o valor da paisagem.
Uma das principais motivações de Peter Zumthor em relação à sua própria obra consiste em propor o entendimento imediato do objeto construído, para atingir, através de um vislumbre, a sensibilidade emocional do observador. Em busca deste objetivo, Zumthor procura que as combinações de formas, materiais, cores e texturas se combinem no pensamento perceptivo, dando lugar à criação de ima atmosfera arquitetônica de identidade unívoca.
A partir desta ideia, o arquiteto manipula o desenho, perfilando sua anatomia, decidindo onde e quando deve influir ou não em um contexto determinado, e como deve expressar sua presença material nesse meio. A tensão que propõe entre o entorno e o objeto busca alcançar um sentido de lugar de maneira natural, sem que a imposição de massas altere o equilíbrio existente. Para isso, harmoniza as possibilidades cinemáticas dos elementos da arquitetura mediante sequências espaciais que criam situações de surpresa.