Se o sinal mais seguro do início do verão em Londres é a aparição de um novo pavilhão em frente à Serpentine Gallery, talvez seja justo dizer que o verão termina quando o pavilhão é desmontado. As instalações ganharam destaque desde sua edição inaugural em 2000, atuando como uma espécie de honra exclusiva e indicação de talento para os escolhidos para construir ali. Arquitetos anteriores incluem Zaha Hadid, Rem Koolhaas e Olafur Eliasson.
Sylvain Deleu
O que acontece com os Pavilhões da Serpentine Gallery quando são desmontados?
Em foco: Toyo Ito
Toyo Ito, laureado com o Prêmio Pritzker em 2013, completa hoje 76 anos. Conhecido por seus espaços flexíveis que aguçam os sentidos humanos, Ito busca inspiração nas formas orgânicas da natureza, priorizando, em seus projetos, a fluidez entre o mundo natural e as formas construídas. A obra de Ito desafia definições; cada um de seus muitos trabalhos, do Domo Odate ou o White U à sua obra mais comentada, a Mediateca de Sendai, é único.
Arquivo: O Serpentine Pavilion ao longo dos anos
Com duração de quase duas décadas, a exibição anual do Serpentine Gallery Pavilion tornou-se um dos eventos mais esperados tanto para a comunidade de arquitetos londrinos quanto para comunidade global. Na edição deste ano foi apresentado não apenas um pavilhão, mas quatro "casas de verão" adicionais, evidenciando que programa não mostra ainda nenhum sinal de abrandamento. Cada um dos dezesseis pavilhões anteriores foram instigantes, deixando uma marca indelével e forte mensagem à comunidade arquitetônica. E mesmo todos os pavilhões sendo removidos após suas curtas temporadas de verão para ocupar propriedades privadas distantes, eles continuam sendo compartilhados através de fotografias e em palestras de arquitetura. Com o lançamento do Pavilhão, que ocorreu dia 16 de junho, vamos olhar para trás e relembrar todos os pavilhões anteriores e sua importância para o público arquitetônico.
Serpentine Gallery 2002 / Toyo Ito + Cecil Balmond + Arup
Toyo Ito, ganhador do Prêmio Pritzker 2013, junto com Cecil Balmond e Arup foram os responsáveis pelo projeto do pavilhão da Serpentine Gallery em 2002. O que pareceu ser uma textura completamente complexa e aleatória, na verdade foi resultado de um algoritmo de um cubo que se expandia conforme era rotacionado. As linhas de intersecção formavam triângulos e trapézios diferentes, cuja transparência e o caráter translúcido proporcionavam uma sensação de movimento infinitamente repetido.
Veja mais imagens do pavilhão da Serpentine Gallery 2002 a seguir.