O ganhador do Premio Pritzker 2016, Alejandro Aravena, anunciou que seu escritório ELEMENTAL disponibilizará os desenhos de quatro de seus projetos de habitação social para uso público. Durante o debate Challenges Ahead for the Built Environment, que aconteceu ontem à noite, Aravena destacou a necessidade de trabalhar coletivamente para abordar os desafios que vêm junto com os rápidos processo migratórios que estão acontecendo em diversas partes do mundo - uma mensagem muito próxima do tema da Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, cuja direção está a cargo de Aravena. Assim, arquivos .dwg de quatro projetos habitacionais - que oferecem os elementos básicos de uma casa de baixo custo e incentivam os moradores a expandirem seus lares - estarão agora disponíveis para arquitetos de todo o mundo
Alejandro Aravena: O mais recente de arquitetura e notícia
ELEMENTAL disponibiliza ao público os desenhos de 4 projetos habitacionais
Acompanhe ao vivo o debate com os ganhadores do Prêmio Pritzker
Esta noite, como de costume, os vencedores do Prêmio Pritzker se reúnem para o debate "Pritzker Laureates' Conversation". Este ano, a conversa leva o título de Challenges Ahead for the Built Environment [Desafios Futuros para o Ambiente Construído] e acontecerá às 19h30 (horário de Brasília).
Assista ao vivo à cerimônia de premiação do Prêmio Pritzker homenageando Alejandro Aravena
Esta noite, o Prêmio Pritzker apresentará sua cerimônia anual de premiação, que homenageia este ano Alejandro Aravena, atual diretor da Bienal de Arquitetura de Veneza. A cerimônia acontecerá na Sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e será transmitida ao vivo.
Não perca o evento ao vivo aqui em nossa página, hoje, às 20h30 (horário de Brasília).
Anunciado o tema do pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2016
Em resposta à proposição de Alejandro Aravena, diretor da 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza - Reporting from the front, o curador escolhido pela Fundação Bienal de São Paulo Washington Fajardo apresentará a mostra “JUNTOS”. O projeto para o Pavilhão do Brasil busca evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do País, conquistando arquitetura em processos lentos cujo vagar não é problema, mas um apontamento de soluções ao esfacelamento político do planejamento do território. De acordo com o curador, “a mostra é uma composição dessas trajetórias e parcerias, do processo do encontro do ativista, do lutador, com o arquiteto e com a arquitetura, tornando-se imanados pela elaboração do novo espaço”.
Bienal de Veneza 2016 iniciará uma "cruzada contra a indiferença"
Ontem, pela primeira vez na história da Bienal, a conferência de imprensa aconteceu no Hemisfério Sul do planeta. De sua cidade natal, Santiago, Alejandro Aravena, na companhia do presidente da Bienal e do presidente do Chile, compartilhou mais detalhes sobre a próxima mostra de arquitetura em um evento no palácio presidencial La Moneda.
Ao vivo: Conferência de imprensa da Bienal de Veneza 2016 com Alejandro Aravena
O Palacio de La Moneda, sede do governo chileno, recebe hoje, 2 de março, a conferência de imprensa da Bienal de Arquitetura de Veneza 2016. No evento, Alejandro Aravena apresentará "Reporting from the Front", seu projeto para a XV Mostra Internacional de Arquitetura.
As contradições da construção civil na China pelas lentes de Raphael Olivier
Nos últimos 25 anos, a crescente economia chinesa proporcionou aos arquitetos uma necessidade quase interminável de oportunidades de construção. Empréstimos facilitados permitiram um aumento crescente em projetos de infraestrutura: a China consumiu mais concreto em três anos que os todo Estados Unidos utilizou no século XX. Mas em um país onde o número de cidades com mais de um milhão de habitantes passou de 19 em 1970 para 106 em 2015, a velocidade de desenvolvimento permitiu alguns experimentos de alto padrão juntamente com os muitos projetos necessários. Talvez não exista exemplo melhor deste fenômeno que a cidade de Ordos. A metrópole do Interior da Mongólia – lar de mais de 100.000 pessoas – que surgiu no deserto do norte em meados dos anos 2000 foi projetada para mais de um milhão de habitantes. A realidade veio à tona do grande público quando o grupo Al Jazeera escreveu sobre as incertezas do mercado imobiliário chinês.
Após ter vivido na China por vários anos, o fotógrafo Raphael Olivier finalmente cedeu ao impulso de ver Ordos com seus próprios olhos. Ao visitar a cidade no ano passado, encontrou uma cidade bem conservada que ainda é em grande parte desabitada. Entrevistei Olivier sobre o projeto, suas impressões sobre Ordos, a prosperidade chinesa, e o que isso significa para arquitetura fotográfica.
23 equipes selecionadas para reinventar o futuro de Paris
O concurso Réinventer.paris anunciou os 23 vencedores que desenvolverão projetos arquitetônicos em Paris, entre os quais estão Sou Fujimoto, David Chipperfield eDGT Architects. Réinventer.paris é uma iniciativa urbana organizada para dar aos arquitetos o poder de repensar e moldar o modo como os parisienses vivem, trabalham e se divertem. Localizadas em diversos locais escolhidos pela prefeita Anne Hidalgo, os projetos proporcionam uma sensação de vitalidade e incorporam a imagem do futuro de Paris. A chamada de propostas recebeu ideias inovadoras e soluções de ponta para projetos ambientais e urbanos.
(Não) é Elemental: sobre a arquitetura de Alejandro Aravena
Ler sobre o trabalho de Alejandro Aravena pode às vezes parecer duas discussões distintas: uma sobre suas inovações na habitação social, amplamente elogiadas, e outra sobre seus impressionantes (embora mais convencionais no âmbito de aplicação) edifícios para as universidades e municípios. Neste post originalmente compartilhado em sua página no Facebook, Hashim Sarkis, reitor da MIT School of Architecture and Planning, conecta aparentemente os dois segmentos distintos da arquitetura de Aravena, descobrindo as crenças subjacentes que orientam o vencedor do Prêmio Pritzker deste ano.
Grande parte do trabalho de Alejandro Aravena, projetado individualmente ou no grupo ELEMENTAL, incorpora um momento eureka, um momento em que, após um interrogatório cuidadoso do programa com o cliente, o arquiteto surge com uma resposta contra-intuitiva, porém simples, para o problema. (Para o centro de informática da Universidade Católica, os laboratórios tinham que ser simultaneamente escuros e bem iluminados. Para a habitação social em Iquique, em vez de uma boa casa inteira que você não pode pagar, você recebe a metade de uma boa casa). Por sua vez, essas equações são incorporadas em edifícios que adquirem normalmente formas tão simples. Os clientes e ocupantes repetem o "aha" com mesmo tom e realização de Aravena. "Se eu não posso, de forma convincente, transmitir a ideia do projeto por telefone, já sei que é uma má ideia", ele disse.
Entrevista exclusiva com Alejandro Aravena, Prêmio Pritzker 2016
Pela primeira vez o Prêmio Pritzker de Arquitetura foi concedido a um arquiteto chileno. Um país de 17,4 milhões de habitantes que há vários anos vem se destacando pela qualidade do trabalho de seus arquitetos. Como apontava há alguns meses um artigo do Los Angeles Times, a arquitetura chilena começou a exercer uma ampla influência em outros arquitetos ao redor do mundo através de uma série de obras pontuais, apresentando um uso impecável dos materiais e uma sensibilidade notável para com o entorno.
Alejandro Aravena é também o terceiro laureado da América do Sul, juntando a ninguém menos que Oscar Niemeyer (1988) e Paulo Mendes da Rocha (2006). Aravena é também o curador da Bienal de Veneza deste ano, que tem como tema "Reporting from the Front".
Assista, acima, à entrevista exclusiva que realizamos com o mais recente laureado do Prêmio Pritzker de Arquitetura.
15 imagens de obras do Alejandro Aravena, Prêmio Pritzker 2016
Alejandro Aravena é o primeiro arquiteto chileno a receber um Prêmio Pritzker. Elogiado por reviver o engajamento social na Arquitetura, o diretor executivo do ELEMENTAL provou a capacidade do arquiteto em resolver assuntos globais através de um portfólio diversificado. Veja os 15 projetos que exemplificam a contribuição de Aravena ao campo arquitetônico.
Vídeo: Três anos em Villa Verde, a habitação progressiva do ELEMENTAL
Todos que viviam no Chile em 2010 e presenciaram o terremoto e posterior tsunami (conhecido como 27F) têm uma estória para contar. Cada vez que se este assunto é mencionado em uma conversa, é inevitável a pergunta: "onde você estava naquela hora?"
Oriana Pinochet Villagra e sua família estavam em Constitución, uma cidade na costa chilena onde o rio Maule finalmente deságua no Oceano Pacífico. Uma cidade cuja economia depende da madeira, rodeada de colinas verdes e voltada para o mar e para o rio, parece, à primeira vista, estar numa cota inferior ao curso fluvial.
Vídeo: Alejandro Aravena fala sobre reconstrução após desastres naturais
O arquiteto chileno Alejandro Aravena, do escritório ELEMENTAL, discute a reconstrução da cidade de Constitución no Chile após o grande terremoto de 2010. Com apenas 100 dias para propor um masterplan resiliente, capaz de proteger a cidade contra futuros desastres naturais, o escritório implementou uma solução natural: plantar uma floresta que pudesse proteger a cidade contra futuras inundações. O projeto recebeu grande reconhecimento internacional, tendo recebido o primeiro lugar na categoria "Desenvolvimento e Iniciativas Urbanas" do Zumtobel Group Award.
Alejandro Aravena vence o Prêmio Pritzker 2016
Destacando sua capacidade de ampliar o campo de ação do arquiteto para alcançar soluções que permitam melhorar os contextos urbanos e fazer frente à crise mundial de habitação, o júri selecionou o arquiteto chileno Alejandro Aravena como vencedor da edição de 2016 do Prêmio Pritzker. Aravena é o 41° primeiro laureado do prêmio e primeiro arquiteto chileno a receber a honraria.
Com 48 anos de idade, Aravena não apenas apresenta uma grande produção de obras privadas, públicas e educacionais no Chile, EUA, México, China e Suíça, mas também conseguiu construir através do escritório ELEMENTAL mais de 2.500 unidades de habitação social, envolvendo-se em políticas públicas habitacionais e tomando as regras do mercado como uma oportunidade de gerar um impacto real de grande alcance.
“Alejandro Aravena sintetiza o renascimento de um arquiteto mais socialmente engajado[...]. Ele tem um profundo conhecimento tanto da arquitetura como da sociedade civil, algo que se reflete em seus escritos, seu ativismo e seus projetos. O papel do arquiteto está agora sendo desafiado a servir a necessidades sociais e humanitárias maiores, e Alejandro Aravena tem respondido a este desafio de modo claro, generoso e pleno”, diz a citação do júri.
Tema da Bienal de Veneza oferece uma esperança para o futuro da profissão
No final de agosto, a Bienal de Veneza 2016, que será dirigida pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena, anunciou o tema de seu evento. O provocativo título escolhido por Aravena - "Reporting From the Front" - é carregado de implicações de uma batalha contra o que ele chama de "inércia da realidade."
"Mais e mais pessoas no planeta estão em busca de um lugar decente para viver e as condições para alcançá-lo estão cada vez mais difíceis", explica Aravena em seu comunicado. "Mas ao contrário de guerras militares, onde ninguém ganha e onde há um sentimento predominante de derrota, na linha de frente do ambiente construído há uma sensação de vitalidade, porque a arquitetura consiste em olhar para a realidade com uma proposta."
Aravena terá um grande desafio pela frente. A Bienal anterior, de 2014, que teve como curador Rem Koolhaas, foi extremamente bem sucedida e muito elogiada pelos críticos. Ela também foi considerada como o evento mais esperado da história da Bienal, após anos de tentativa em convencer Koolhaas. Mas se a Bienal de Koolhaas foi o evento em que as pessoas olhavam para a frente, eu acredito - ou melhor, espero - que Bienal de Aravena será aquele evento em que as pessoas olharão para trás nas próximas décadas.
Bienal de Veneza anuncia o tema para 2016: "Reporting From the Front"
A Bienal de Veneza anunciou o tema para a edição de 2016, que será dirigida por Alejandro Aravena. Intitulada "Reporting From the Front", a próxima Bienal será uma investigação sobre o papel dos arquitetos na luta para melhorar as condições de vida das pessoas em todo o mundo. O tema busca focar em arquiteturas que trabalham com as limitações impostas pela falta de recursos e projetos que subvertem o status quo para produzir arquitetura para o bem comum.
A promessa de Alejandro Aravena para a Bienal de Veneza 2016
Em um recente artigo publicado pela ARCHITECT magazine, o colunista Aaron Betsky examina o potencial do arquiteto chileno Alejandro Aravena como novo diretor da 15ª Bienal de Veneza, que acontecerá no próximo ano. Após o cinismo, realismo ou crítica construtiva de Elements of Architecture, 14ª edição da Bienal, dirigida por Rem Koolhaas, Betsky comenta que a participação de Aravena é uma boa notícia. O arquiteto promete uma Bienal que argumenta a favor de uma arquitetura que busca melhorar a qualidade de vida para todos:
"Há várias batalhas que devem ser vencidas e várias fronteiras que necessitam ser ampliadas a fim de melhorar a qualidade do entorno construído e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas. Isso é o que gostaríamos que as pessoas venham ver na 15ª Bienal de Veneza: estórias de êxito que valem a pena ser contadas e valiosos casos exemplares que devem ser compartilhados, onde a arquitetura faz, é e será a diferença nessas batalhas e fronteiras."
Vídeo: Rio Academy promove debate sobre mobilidade urbana e o espaço dos veículos na cidade
Os organizadores do Fórum Rio Academy compartilharam conosco o vídeo do evento Debates & Provocações, que reuniu, na manhã de terça-feira, os arquitetos Jaime Lerner, Alejandro Aravena e Gustavo Penna, e contou com a mediação de Marcelo Moura, editor da revista ÉPOCA.
O debate se centrou na redução do espaço dos carros em favor de ciclovias e calçadas mais largas, abordando temas como a extrema valorização dos carros nas cidades contemporâneas e sua grande dependência neste modal. Aravena, por exemplo, destacou que parte dos problemas de mobilidade urbana são causados pelas grandes distâncias entre moradia e trabalho, falta de qualidade nos transportes públicos e incentivos ao transporte individual, como muitos estacionamentos. Também foram apontadas questões em relação ao contato entre pedestres, que pode tornar a convivência na cidade mais rica, reconstruindo a humanidade neste ambiente urbano.