O “AA Visiting School São Paulo 2021 – Play Structures” será a primeira parte da série de dois workshops liderados pelo arquiteto e professor Kristof Crolla, em um formato híbrido virtual – presencial. O primeiro workshop busca explorar a combinação entre construções de bambu e tecnologias digitais, com base em pesquisas de design digital utilizadas para a implementação de flexão-ativa de estruturas de bambu em casca (bending-active bamboo shell structures).
Arquitetura Digital: O mais recente de arquitetura e notícia
A estranheza das renderizações arquitetônicas “imperfeitamente perfeitas”
Há pouco mais de 50 anos, em 1970 mais especificamente, um roboticista japonês chamado Masahiro Mori cunhava um importante conceito ou hipótese no campo da estética, robótica e computação gráfica: Uncanny Valley—traduzido para o português como Vale da Estranheza. Naquela época, as renderizações arquitetônicas, ou melhor, colagens e fotomontagens, ainda eram feitas com o emprego de métodos analógicos. Uma década depois, o surgimento dos primeiros computadores pessoais e a popularização dos programas CAD impulsionaram uma ampla adoção de métodos digitais para a elaboração de imagens ilustrativas de projetos de arquitetura. Quase quarenta anos depois, as renderizações arquitetônicas evoluíram a tal ponto que é quase impossível distinguir um render de uma fotografia. Resultado direto do desenvolvimento de novas tecnologias, da utilização de softwares cada vez mais sofisticados e computadores cada dia mais rápidos e eficientes, os limites entre representação e realidade parecem se desmanchar no ar. A sutileza desta suspicaz semelhança, e o desconforto que ela provoca, é a nossa porta de entrada para o misterioso Vale da Estranheza de Mori.
Você pagaria por arquitetura virtual? O que a tecnologia NFT significa para o futuro da profissão
Se alguém tentasse te vender uma casa virtual, qual seria a sua primeira reação? Isso mesmo—uma casa virtual, um arquivo digital de uma casa. Você compraria uma casa que jamais poderia habitar pela simples razão de que esta casa jamais seria construída? Apenas uma imagem, um vídeo que você poderia assistir quantas vezes quiser. É disso que se trata quando falamos da comercialização de arquitetura digital NFT, a sigla para Tokens Não Fungíveis—um conceito que parece ter tomado o mundo de assalto da noite para o dia. Caso você tenha dormido no ponto, esta é a infinitésima ‘grande discussão’ do momento no mundo da arquitetura. Em uma profissão que procura constantemente redefinir o seu significado, a chegada dos NFTs promete grandes mudanças para o futuro da arquitetura, sendo a transformação de ambientes virtuais em mercadoria a mais grave delas.
ETH Zurique usa robôs para construir casa de três pavimentos em estrutura de madeira
A tecnologia digital se infiltrou no cenário das construções em madeira. Pesquisadores da ETH Zurique estão usando robôs e programação digital para construir módulos estruturais de madeira. Estes estão sendo utilizados para dar estabilidade aos dois pavimentos superiores da DFAB HOUSE, uma unidade residencial de três pavimentos localizada em Dübendorf, que tem como objetivo reunir diferentes métodos construtivos digitais em um mesmo edifício.
Vídeos: ArchiLab 2013 discute o tema "Naturalizing Architecture"
Setembro do ano passado marcou o início do ArchiLab 2013 no recém inaugurado FRAC Centre em Orleans, França. Quarenta arquitetos, designers e artistas se reuniram na nona conferência e exposição anual para discutir as sobreposições entre a arquitetura digital e as ciências, particularmente a biologia molecular. Sob o tema “Naturalizing Architecture,”, dois simpósios internacionais proporcionaram a oportunidade para arquitetos e cientistas apresentarem e debaterem as mais recentes pesquisas em torno deste tema e seu papel no mundo em constante evolução.
Para encorajar a continuidade da discussão, compilamos uma lista de vídeos de todas as discussões que aconteceram durante o simpósio. Assista-os a seguir.
Sochi 2014: Asif Khan Saúda os Espectadores com "Monte Rushmore Arquitetônico"
Os Jogos Olímpicos estão em pleno andamento e, embora o "Conjunto Costeiro" dos estádios tenha atraído uma quantidade considerável de atenção, há uma instalação exigindo interação de cada espectador. Construído na entrada do Parque Olímpico de Sochi está o "MegaFaces", de Asif Khan Studio, um pavilhão que "se contorce para recriar imagens em 3D dos rostos dos visitantes retransmitidos via escaneamentos faciais digitais feitos em cabines de fotos instaladas no interior do edifício."
Composto por 11 mil acionadores sentados debaixo da membrana de tecido elástico do cubo, a instalação permite um rosto tridimensional de oito metros de altura emergir da parede de cada vez (uma ampliação em uma escala de 3.500 vezes o original). Segundo os designers, esta característica do edifício "tem sido comparada a uma gigante tela de pino e um Monte Rushmore digital e arquitetônico."