Audrey Migliani

Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo com bolsa Capes (2021-2024) pela Universidade São Judas Tadeu, Audrey Migliani Anticoli é mestre (2016) e arquiteta e urbanista (2013) pela mesma instituição. Foi colaboradora do ArchDaily entre fevereiro de 2014 e abril de 2021. Dedica-se ao estudo dos benefícios e as possibilidades de espaços dimensionados para crianças, na escala da casa e da cidade, em 'Ambiente Preparado'. Fez parte da equipe do Núcleo Docomomo-SP entre 2014 e 2019.

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Neuroarquitetura aplicada a projetos para crianças

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É inquestionável que os ambientes influenciam diretamente no comportamento e nas emoções de seus usuários. Estima-se que os seres humanos passem cerca de 90% de seu tempo de vida em espaços internos, por isso é tão importante que eles favoreçam positivamente nossa capacidade cerebral. Um termo específico para relacionar os estímulos que o cérebro recebe dependendo do ambiente em que está é neuroarquitetura. Diversos estudos têm sido publicados sobre esse tema, a maioria sobre o impacto em ambientes de trabalho. Este artigo pretende abordar sobre esse conceito, enfatizando sua importância no projeto de espaços destinados a crianças na primeira infância.

A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis

A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis - Image 1 of 4A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis - Image 2 of 4A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis - Image 3 of 4A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis - Image 4 of 4A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis - Mais Imagens+ 48

Mobiliários infantils são aqueles - fixos ou móveis - desenhados pensando nas crianças, seja de acordo com os seus princípios ergonômicos e anatômicos, ou de forma a assessorá-las da forma mais adequada. Seguindo essa linha, podemos identificar dois tipos de móveis: (1) aqueles que facilitam a relação entre o cuidador e a criança e (2) os que permitem que a criança os utilize de forma independente.

A grande diferença entre esses dois tipos é que os primeiros possuem dimensões que se adaptam à ergonomia do adulto e o segundo são projetados para atender às necessidades ergonômicas da criança, em cada etapa de seu desenvolvimento. Como o crescimento das crianças ocorre de forma relativamente rápida, é comum que os móveis deste segundo grupo sejam multifuncionais ou mesmo extensíveis.

Dormitórios infantis: como projetar um ambiente saudável para o sono

Muitos fatores influenciam no bem-estar das pessoas, mas poucos tem um poder tão grande quanto a qualidade do sono. Adultos passam, em média, um terço de seu dia (e de sua vida) dormindo. No caso das crianças pequenas essa proporção é ainda maior. De acordo com um estudo publicado pela OMS em 2019, bebês (de 4 a 11 meses) devem dormir entre 12 e 16 horas/dia; e crianças até 4 anos devem dormir entre 10 e 13 horas/dia.

Um sono de qualidade atua diretamente no desenvolvimento cerebral da criança, principalmente durante sua primeira e segunda infância (do nascimento até os 12 anos). Durante o período de descanso o corpo libera os hormônios necessários para o crescimento e aprendizado, e isso relaciona-se diretamente ao desenvolvimento físico, motor, emocional e cognitivo. É sabido também que o ambiente onde se dorme interfere na qualidade desse sono, e alguns aspectos importantes devem ser considerados na hora de projetar espaços de dormir para crianças e bebês.

Pedagogia Pikler na arquitetura: jogos de madeira e espaços de liberdade

Emmi Pikler era uma pediatra húngara que introduziu, nos anos pós segunda grande guerra, uma nova filosofia sobre o cuidado e aprendizado durante a primeiríssima infância (crianças até 3 anos). Foi depois do nascimento de seu primeiro filho que decidiu iniciar um experimento: 'o que acontece quando se permite que a criança se desenvolva livremente?'. Os resultados observados culminaram na introdução de uma nova metodologia.

A abordagem Pikler segue o procedimento de observar o livre desenvolvimento da criança utilizando como ferramentas o cuidado com a saúde física, o afeto, o respeito à individualidade e a autonomia de cada criança. Seguindo essa lógica, torna-se desnecessária alguma estimulação ou intervenção por parte do adulto. Para que a criança possa vivenciar o espaço com liberdade de movimentos, alguns cuidados devem ser tomados na preparação desses ambientes.

Quais são os melhores revestimentos para banheiros?

Por ser uma área úmida, com uso bem específico, muitas pessoas ficam inseguras na hora de definir os revestimentos dos pisos e paredes em seus banheiros. Neste guia, reunimos uma série de opções com os materiais mais utilizados, identificando suas vantagens e desvantagens.

Quando foram inventadas as janelas de vidro?

Você já se fez essa pergunta? Pode parecer estranho imaginar, à primeira vista, que nem sempre tivemos janelas em nossas construções, nem tão pouco elas eram vedadas por um material transparente capaz de permitir a entrada de iluminação natural em recintos escuros ou de fazer uma barreira contra o frio: o vidro.

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A importância do ambiente na abordagem Reggio Emilia

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A pedagogia Reggio Emilia foi criada no período pós-segunda-guerra, por iniciativa de mães viúvas e sob a coordenação do pedagogo e jornalista Loris Malaguzzi. Em uma época de reconstrução das cidades, a preocupação primordial do grupo era em relação às novas escolas, onde desejavam criar um ambiente tranquilo, acolhedor e alegre (com uma atmosfera de lar) onde as crianças pudessem ficar enquanto as mães trabalhavam. Entender os interesses da criança e proporcionar um ambiente adequado para permitir experimentos e exploração é um dos pontos focais dessa pedagogia. A preparação de um ambiente seguro e estimulante é tão fundamental que, em muitas literaturas, ele aparece como um terceiro professor.

Cozinhas monocromáticas: 3 estratégias projetuais com uma única cor

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Um ambiente monocromático é um espaço em que a maioria de seus elementos é de uma única cor. E, embora seja muito comum as cores escolhidas serem em preto e branco, devido à sua neutralidade, é possível usar qualquer paleta de cores, aproveitando seus infinitos tons, subtons ou matrizes.

Arquitetura de madeira para crianças: projetando espaços aconchegantes e divertidos

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O ambiente em que habitamos nos influencia diretamente. Quando pensamos nas crianças, é sempre desejável que consideremos que este ambiente seja seguro, acessível e, ao mesmo tempo estimulante, para que eles possam se mover e se desenvolver livremente sem colocar sua integridade física em perigo. Já falamos em outra oportunidade sobre como criar playgrounds dentro de casa, mas hoje, decidimos reunir uma série de exemplos que usam o calor e a versatilidade da madeira para criar interiores interativos, criativos e divertidos para as crianças.

Banheiros coletivos para crianças: O que considerar ao projetar?

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É bastante comum usar o termo acessibilidade ao projetar espaços para pessoas com necessidades especiais ou para idosos. No entanto, para garantir um design universal eficaz para as crianças, é imprescindível conhecer e focar em suas necessidades específicas, com base em ergonomia, segurança, iluminação natural e artificial, cores e acessórios. Neste artigo, abordaremos os parâmetros mais importantes a serem considerados ao especificar dimensões e materiais em banheiros coletivos para crianças pequenas.

Como minimizar os efeitos nocivos do gás formaldeído nos interiores

Nos momentos em que as pessoas passam mais e mais tempo dentro de suas casas, escritórios e outros espaços fechados, é importante garantir que estamos oferecendo ambientes seguros e saudáveis, especialmente em interiores projetados para crianças e idosos. Existe um composto químico que ganhou popularidade nos últimos anos, pois está presente em vários materiais que moldam os espaços em que habitamos, influenciando diretamente a qualidade do ar que respiramos: o formaldeído.

Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf

Introduzida por Rudolf Steiner, a pedagogia Waldorf é alimentada por princípios da filosofia antroposófica. Uma das principais características de sua abordagem pedagógica é a suposição de que a formação de um ser humano deve ser holística: seus sentimentos, sua imaginação, seu espírito e seu intelecto como uma composição única, visando uma completa integração entre o pensamento, o sentimento e a ação (o pensar, o sentir e o agir estão sempre ligados).

O foco da filosofia é desenvolver indivíduos capazes de se relacionar com si mesmos e com a sociedade (inteligência inter e intrapessoal), habilidades que são fundamentais para os desafios que o século XXI desenhou. Esse aprendizado ocorre, em grande parte, devido à força característica das escolas que seguem esse método de introduzir famílias no ambiente escolar, transformando-as em uma comunidade. Abordaremos como isso é feito, a seguir.

Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf - Image 1 of 4Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf - Image 2 of 4Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf - Image 3 of 4Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf - Image 4 of 4Como projetar escolas e interiores baseados na pedagogia Waldorf - Mais Imagens+ 14

Onde as crianças brincarão? Como projetar cidades estimulantes e seguras para a infância

Cities for Play é um projeto cujo objetivo principal é de inspirar arquitetos, urbanistas e planejadores urbanos a criarem cidades estimulantes, respeitosas e acessíveis às crianças.

Natalia Krysiak é uma arquiteta australiana que acredita que as necessidades das crianças devem ser colocadas como ponto central no desenho urbano para assegurar comunidades resilientes e sustentáveis. Em 2017, criou Cities for Play que estuda exemplos de cidades que se preocupam em proporcionar ambientes que são capazes de promover a saúde e o bem-estar (físico e emocional) das crianças com foco nas brincadeiras e na "mobilidade ativa" de espaços públicos. 

Como escolher pisos para áreas públicas e de alto tráfego

Atualmente há uma infinidade de opções de pisos disponíveis no mercado, cada qual com suas especificações e particularidades. Ao projetar um espaço público, é fundamental fazer as perguntas corretas para definir os materiais de acordo com os requisitos e funções de cada uma de suas partes. Para começar: onde o piso será instalado? (área interna/externa; área molhada/úmida) / qual a quantidade de tráfego ao qual será submetido? (leve, moderado, alto tráfego) / que tipo de fluxo o piso receberá? (Pessoas, bicicletas, veículos leves, veículos pesados) / que tipo de inserção você quer adicionar considerando o contexto preexistente?

A partir dessas perguntas, pode-se traçar um perfil mais preciso e efetivo em relação à "resistência à abrasão" do piso (fator fundamental para assegurar a durabilidade do material). Depois, somam-se os fatores estéticos, funcionais, econômicos e sustentáveis.

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