Campo de produção de energia eólica em Mölsheim, Alemanha. Foto de Karsten Würth, via Unsplash
Um estudo divulgado pelo Projeto Drawdown mostra que neste exato momento temos acesso imediato a pelo menos 76 soluções para frear as mudanças climáticas. As soluções apresentadas são relativamente simples e o custo de colocá-las em prática é menor do que o custo de não adotar nenhuma medida.
O projeto piloto da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade de São Paulo começou a operar no dia 28 de fevereiro de 2020 no reservatório Billings, junto à usina elevatória de Pedreira. Foram investidos R$ 450 mil em equipamentos e o empreendimento de 100 kilowatts passa a ocupar uma área de mil metros quadrados.
Um sistema adequado seria capaz de coletar, armazenar e tratar toda água da chuva. Cortesia de CicloVivo
Cidades que absorvem a água da chuva e permitem que a água siga seu fluxo natural. Deveria ser fácil, mas inventamos de canalizar nossas águas e não deixamos a própria natureza fazer a parte dela: absorver e purificar. Para o arquiteto chinês Kongjian Yu, essa é a questão central para solucionar um dos maiores problemas da atualidade em grandes centros urbanos: as inundações.
Marginal Pinheiros em São Paulo. Foto: Felipe Lange Borges, via Flickr. Licença CC BY-NC-ND 2.0
A exuberância dos pinheiros nativos que batizou um dos bairros mais tradicionais de São Paulo e um dos principais rios da cidade, hoje está restrita a fotografias antigas. Poderia ser só mais um relato nostálgico, mas é incentivo para um projeto ambicioso do Legado das Águas – Reserva Votorantim: trazer a Mata Atlântica de volta à cidade. Com projeto da Cardim Arquitetura Paisagística, junto a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo e a Empresa Metropolitana de Água e Energia (EMAE), em uma nova etapa do Projeto Pomar Urbano, o Legado das Águas executará o maior projeto de paisagismo urbano com espécies nativas da Mata Atlântica do Estado, com uma proposta inovadora para transformar a relação entre o rio e a metrópole.
https://www.archdaily.com.br/br/919257/marginal-pinheiros-recebera-30-mil-mudas-de-especies-nativas-e-rarasMayra Rosa
Projeto Tercer Sonido, Madri, Espanha. Image Cortesia de CicloVivo
O C40 Cities, coalizão formada por cidades de várias partes do mundo, lançou um concurso que elegeria as melhores soluções para transformar espaços urbanos subutilizados em projetos resilientes e de carbono neutro. Chamado de Reinventing Cities, o concurso escolheu 15 ideias inovadoras que podem “reinventar” o futuro das cidades.
O tijolo 100% orgânico é resistente ao fogo, água e mofo. Cortesia de CicloVivo
Philip Ross é um micologista que estuda as variadas possibilidades para o uso de fungos. Ele é responsável pela descoberta alternativa inovadora do uso de cogumelos como material de construção. O especialista descobriu que o micélio – uma rede de fibras finas que os cogumelos formam sob o solo – é altamente resistente quando seca e pode ser utilizado para formar um material de construção forte e resistente ao fogo, à água e mofo.
Foto: Luigi Versaggi, via Flickr; licença CC BY-SA 2.0
Uma nova lei que está prevista para ser aprovada até o final do primeiro semestre de 2019, para vigorar por meio de decreto-lei em 2020, deverá estabelecer regras e objetivos de uso da energia solar na cidade de São Paulo. Foram tomadas por base as legislações das cidades de Palmas, no estado do Tocantins, e da Califórnia, nos Estados Unidos, para desenvolver tecnicamente um projeto de lei adequado às necessidades paulistanas.
https://www.archdaily.com.br/br/916451/nova-lei-incentiva-uso-da-energia-solar-na-cidade-de-sao-pauloMayra Rosa
As configurações de casa dos sonhos foram atualizadas. Ao menos esta é a sensação de quem tem paixão por minimalismo e sustentabilidade e conhece o lar de Martin Freney e Zoe. Localizada em Adelaide, na Austrália, a residência foi construída pelo casal inspirado no Earthship, uma arquitetura sustentável que tem como base a reutilização de materiais para gerar o menor impacto ambiental possível.
As águas do canal Gowanus, na região do Brooklin, em Nova York, continuam não cheirando bem, embora o problema tenha sido muito pior. São resquícios de anos de poluição industrial e de esgoto não tratado.
O local, que nos séculos 19 e 20 era formado basicamente por fábricas, passou por uma revitalização nos últimos anos com investimento federal (veja aqui). Novas áreas verdes foram instaladas e comércios exclusivamente de serviços chegaram ao bairro. O preço dos imóveis residenciais também foi elevado, o que acabou por expulsar antigos moradores.
Uma startup brasileira chamada SysHaus, em parceria com o arquiteto Arthur Casas, desenvolveu o projeto de uma casa sustentável e inteligente que fica pronta na metade do tempo de obras comuns. O projeto da startup especializada em imóveis de alto padrão é feito somente com peças de materiais reciclados, como alumínio e MDF. Além disso, a casa não produz resíduos nem desperdício de água.
A aplicação do reboco natural feito a base de terra é uma técnica bastante utilizada na bioconstrução. É a mesma mistura utilizada para os tijolos de adobe. Apesar de simples, seu uso ainda é pouco disseminado. Rafael Loschiavo, do escritório de arquitetura Ecoeficientes, ensina o passo a passo que pode dar vida nova a uma parede que estava “caidinha” sem precisar de grandes reformas.
https://www.archdaily.com.br/br/904869/aprenda-a-fazer-revestimento-de-terra-para-paredesMayra Rosa
Respirar ar puro é o sonho de qualquer morador de uma grande cidade, ainda que ele goste muito do meio urbano. E as ruas arborizadas, além de bonitas e agradáveis, são comprovadamente benéficas para a saúde física e mental. Então, porque não incluí-las nas verbas de financiamento da saúde? É isso que questiona a organização The Nature Conservancy, que criou um documento onde explica e demonstra em números as razões pelas quais isso deve ser feito.
https://www.archdaily.com.br/br/902836/cidades-devem-pensar-em-arvores-como-infraestrutura-de-saude-publicaMayra Rosa
O Google acaba de lançar a ferramenta Environmental Insights Explorer para que seus usuários tenham acesso a dados e tecnologias que possam contribuir para a transição de um mundo com menos emissões de carbono. As informações são baseadas principalmente em tudo que já é disponibilizado no Google Maps.
A ideia é que se possa calcular o inventário de gás de efeito estufa (GEE) de cada cidade do mundo, de forma a facilitar o planejamento sobre as ações climáticas. “O inventário pode ajudar a priorizar investimentos nas áreas de maior impacto, pois destaca as principais fontes de emissão ou pontos de acesso e pode ser usado como uma linha de base para medir o progresso”, afirma a empresa no site da ferramenta.
Quando se trata de sustentabilidade a Holanda está sempre inovando. A mais recente novidade vem de Zwolle, cidade que já ganhou várias vezes o título de mais verde. Por lá, está sendo testado um trecho de ciclovia construída com resíduos pós-consumo que seriam descartados ou incinerados.
Para desenvolver o material, foram usadas garrafas de plástico velhas, copos de cerveja de festivais, embalagens de cosméticos e móveis de plástico. Ainda em fase piloto, a ciclovia possui 70% de plástico reciclado em seus 30 metros de comprimento, embora a ideia seja futuramente criar uma ciclovia feita inteiramente de plástico reciclado.
Os milhões de carros, caminhões e ônibus que circulam em São Paulo respondem por mais de 90% de toda poluição do ar. A cidade, onde os moradores perdem até cinco horas por dia para ir ao trabalho e voltar para casa, vive sufocada no trânsito. Por isso, a What Design Can Do e a Fundação IKEA estão convocando profissionais criativos de todo o mundo a pensar em soluções radicais e inovadoras para criar fluxos de pessoas e mercadorias mais sustentáveis na cidade.
Os serviços de compartilhamento de bicicletas têm ganhado cada vez mais adeptos em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o modelo da Yellow vai disponibilizar 20 mil bikes com tecnologia inovadora, sem a necessidade de retirar ou de devolver em estações. Elas terão monitoramento via GPS, através de chips da Vodafone Brasil – parceira no país da Datora Mobile – que permitem a conectividade e localização das bicicletas por aplicativo. A operação do serviço teve início no último dia 2 de agosto.
Um projeto de pesquisa de moradias ecológicas a preços acessíveis está sendo desenvolvido em Maputo, capital do Moçambique, um dos países mais pobres do mundo. Chamado de “Casas Melhoradas”, o projeto é uma parceria da escola de Arquitetura do KADK (Academia Real Dinamarquesa de Belas Artes), da ONG moçambicana Estamos e do programa Arquitetos Sem Fronteiras. O propósito é desenvolver habitações dignas a baixo custo e que não causem impactos ambientais.
Às vezes, falamos de projetos tão interessantes e futurísticos que parecem que eles nunca vão sair do papel. Felizmente, nos surpreendemos positivamente. Este é caso do projeto Ecocapsule, uma casa que gera toda a energia que precisa e pode ser levada para qualquer lugar do mundo, que acaba de fazer sua estreia internacional.
Foram lançadas 50 moradias para clientes que vivem nos Estados Unidos, Japão, Austrália e União Europeia. Quem vê de fora não imagina que as minúsculas casas têm tantas vantagens: sua superfície é coberta por placas fotovoltaicas, uma pequena turbina eólica e ainda é capaz de coletar e filtrar sua própria água.