A Metropolis Magazine acaba de divulgar seu ranking 2016 das cidades mais habitáveis do mundo. Reconhecendo que o que torna uma cidade "habitável" pode, por vezes, ser subjetivo, a equipe da Metropolis enfatiza que ao criar a lista, "focaram em tópicos que estão no cerne da Metropolis - habitação, transporte, sustentabilidade e cultura". Entre os resultados deste ano, Toronto, primeiro lugar da lista de 2015, caiu para a nona posição e Copenhague, quarta colocada no ano passado, passou para o topo da lista, seguida por Berlim e Helsinki.
Copenhague: O mais recente de arquitetura e notícia
Copenhague é eleita a cidade mais habitável do mundo pela Metropolis Magazine
6 bons exemplos de espaços públicos segundo a PPS
Que características fazem com que um lugar seja um bom espaço público é o debate que a organização Project of Public Spaces (PPS) vem desenvolvendo há mais de quatro décadas. Em todo este tempo, a organização trabalhou com mais de 3.000 comunidades de 43 países do mundo, experiência que produziu um consenso sobre quais são os principais atributos, sem deixar de lado o contexto local.
As qualidades e suas medições foram representadas pela PPS em um diagrama que propõe quatro atributos principais: sociabilidade, usos e atividades, acessos e vínculos, conforto e imagem. Casa um deles, por sua vez, compreende características intangíveis e critérios mesuráveis.
5 conselhos de desenho urbano, por Jan Gehl
O arquiteto dinamarquês Jan Gehl é uma referência a nível mundial em temáticas referentes ao desenho urbano e aos espaços públicos. Este reconhecimento foi obtido a partir da publicação de uma série de livros e, posteriormente, a partir de sua consultora Gehl Architects que, fundada em sua cidade natal, Copenhague, busca desenhar cidade para as pessoas.
White Arkitekter dilui os limites entre o artificial e o natural em projeto de habitação social na Dinamarca
O escritório White Arkitekter foi selecionado como vencedor de um concurso para projetar 115 casas unifamiliares como parte de um projeto de habitação social no município de Allerød, Dinamarca. Localizado ao norte da capital de Copenhagen, o novo bairro será envolvido por uma floresta e um lago, usando a natureza para complementar e destacar as edificações. O projeto, intitulado “By the Woods,” busca subverter os preconceitos típicos sobre habitação social ao diluir o limite entre espaço público e privado.
As 6 metas de mobilidade urbana de Copenhague para 2025
O incentivo de Copenhague para fazer da bicicleta um de seus principais meios de transporte e o consequente apoio através do desenho urbano e medidas que favorecem a mobilidade sustentável, transformaram a cidade na capital mundial do ciclismo urbano.
Em mais de uma ocasião a cidade se destacou entre as mais amigáveis do mundo em relação ao ciclismo urbano, como por exemplo no Ranking Copenhagenize de 2015 e 2013 e em uma pesquisa realizada pela Mother Nature Network.
TED Talk com Jan Gehl: Em busca da escala humana
No final de 2015, a Escola de Design e Tecnologia de Copenhague recebeu um ciclo de palestras TED. Na ocasião, foram convidados 12 profissionais para compartilharem suas visões sobre o futuro a partir de diferentes áreas, da biologia e comunicação à gastronomia e o desenho urbano.
Um dos palestrantes foi o renomado arquiteto e urbanista Jan Gehl, sócio fundador do escritório Gehl Architects e consultor de diversas cidades em todo o mundo (entre as quais, Moscou, Nova Iorque, São Paulo e Singapura) que passaram por grandes mudanças e começaram a priorizar as pessoas e a mobilidade sustentável.
Copenhague torna obrigatória a construção de telhados verdes
Melhorar o ar que se respira e diminuir o consumo de energia são apenas alguns benefícios dos telhados verdes, que começaram a ganhar espaço em diversos países como meio de cultivo e, posteriormente, alternativa para moradores que não possuem muito espaço nas grandes cidades.
Recentemente, Copenhague aprovou a implementação de uma lei relacionada aos telhados verdes. A capital dinamarquesa segue o exemplo da primeira cidade no mundo a abordar o tópico -Toronto, no Canadá - onde se adotou uma lei similar que resultou em 1,2 milhão de metros quadrados de área verde em diferentes tipos de construções e uma economia de energia de mais de 1,5 milhão de kWh por ano para os proprietários dessas edificações.
Vídeo: The Bicycle Snake / Dissing+Weitling
O Louisiana Channel visitou recentemente uma das cidades mais abertas ao ciclismo urbano para conhecer o novo "marco arquitetônico de Copenhague", o projeto "The Bicycle Snake", do escritório Dissing+Weitling Architecture. "Surpreendentemente delgada" e ostentando uma única pista de cor alaranjada, a Bicycle Snake é uma ponte de 230 metros de comprimento dedicada exclusivamente aos ciclistas. A passarela busca "não ser mais do que realmente é" - diferentemente de muitos outros ícones arquitetônicos -, conectando os ciclistas a duas importantes regiões da cidade por um caminho que se eleva sete metros acima do solo.
Os planos de cinco cidades para criar espaços urbanos mais seguros e eficientes
Dos 18,4 milhões de percursos diários realizados na região Metropolitana de Santiago, Chile, mais de um terço corresponde a caminhadas, segundo a última pesquisa origem-destino feita pelo Ministério dos Transportes e Telecomunicações do país.
Apesar da cifra ser alta, isso não garante que as ruas apresentem as qualidades necessárias para que sejam transitáveis, um atributo que a geógrafa e especialista em desenvolvimento urbano do The City Fix, Lara Caccia, define como "a forma segura, conveniente e eficiente que é caminhar em um ambiente urbano."
Para saber como tornar as ruas das cidades latino-americanas mais transitáveis, podemos tomar como inspiração o que está sendo feito em cinco cidades europeias que estão levando adiante a prioridade dos pedestres no ambiente urbano.
Como os dinamarqueses desenvolveram sua cultura do ciclismo
Em 1892 teve início a construção da primeira ciclovia da Dinamarca, localizada na Rua Esplanaden, em Copenhague. A obra foi inaugurada em 1896, sendo uma das vias exclusivas para ciclistas mais antigas do mundo.
A partir deste feito, considerado um marco na mobilidade da cidade, foram realizados outros projetos que buscaram fomentar o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, contribuindo para tornar a capital dinamarquesa mundialmente reconhecida por sua cultura do ciclismo.
Veja, a seguir, mais informações sobre os primeiros projetos cicloviários em Copenhague.
Mesquita de Henning Larsen em Copenhague é aprovada pela prefeitura
Foram recentemente divulgadas imagens da nova mesquita planejada para Copenhague. Projetada pelo escritório Henning Larsen Architects, a mesquita substituirá uma pré-existente localizada na esquina das ruas Dortheavej e Tomsgårdsvej, no distrito Nordvest da cidade. "Um dos distritos mais negligenciados de Copenhague receberá uma pérola arquitetônica", disse Morten Kabell, vice-prefeito da cidade e responsável pelas iniciativas técnicas e ambientais da prefeitura. Os órgãos competentes aprovaram o projeto e a conclusão da obra está prevista para fevereiro de 2016.
BIG projeta centro de reciclagem como um equipamento de bairro
Centros de reciclagem e gestão de resíduos são tipicamente projetados como equipamentos utilitários em áreas industriais das cidades. No entanto, o escritório Bjarke Ingels Group (BIG) está desafiando essa concepção ao projetar uma estação de reciclagem que funciona também como um espaço urbano atraente e vibrante no bairro onde se localiza.
Contratado pela Amagerforbrænding, o escritório projetou o Centro de Reciclagem Sydhavns como um espaço público com equipamentos de academia, pistas de corrida e áreas para picnic. O núcleo do centro de reciclagem está imerso em meio à exuberante paisagem, oferecendo ao visitantes curiosos uma "espiada" na "praça de reciclagem" enquanto desfrutam de suas atividades de lazer.
7 cidades que estão tirando os carros de suas ruas
Esta é sem dúvida uma das maiores mudanças que nossas cidades estão enfrentando. O reinado do automóvel chegou ao fim e o espaço das ruas está sendo aos poucos devolvido às pessoas,
São cada vez mais evidentes os efeitos negativos que os automóveis criam nos espaços urbanos. Os mais evidentes são a poluição do ar, os acidentes de trânsito e, claro, todo o espaço que ocupam, gerando congestionamentos e ambientes desagradáveis para as pessoas que caminham.
Em muitas cidades hoje em dia, o automóvel não é a forma mais eficiente de se deslocar. Por exemplo, em Londres os automóveis têm uma média de velocidade inferior a das bicicletas. Os motoristas de Los Angeles passam 90 horas por ano presos em engarrafamentos e, segundo um estudo britânico, os condutores passam 106 dias de suas vidas procurando uma vaga para estacionar seu carro.
A Fast Company realizou uma seleção de 7 cidades que seguem em frente na iniciativa de tirar os carros das ruas, um processo que muitas outras cidades experienciarão num futuro não muito distante.
Veja a seguir quais são essas 7 cidades:
Jardim de Infância Forfatterhuset / Cobe
4B / Holscher Nordberg Architecture and Planning
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Arquitetos: Holscher Nordberg Architecture and Planning; Holscher Nordberg Architecture and Planning
- Área: 580 m²
- Ano: 2008
Um teto verde a cada edifício: A política de Copenhague para eliminar as emissões de carbono até 2025
Em 2008 a Comissão Europeia estabeleceu que a partir de 2010 daria o título de “Capital Verde Europeia” às cidades que adotassem iniciativas sustentáveis visando tornar o meio-ambiente mais saudável. A primeira cidade a receber esse prêmio foi Estocolmo, seguida por Hamburgo (2011), Vitoria-Gasteiz (2012) e Nantes (2013).
Esse ano a Capital Verde Europeia é Copenhague, cidade que se destaca pelo incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte. Nesse sentido, um dos objetivos de seus governantes é que, até 2015, 50% da população – cerca de 541 mil habitantes – utilize a bicicleta para trajetos urbanos cotidianos. Para alcançar essa meta um Circuito Verde - onde coexistem uma linha de metrô e uma “super rota de bicicletas” – está sendo projetado.
Um segundo objetivo que a cidade se propôs é eliminar suas emissões de carbono até 2025. Para desenvolver essa ideia a cidade estabeleceu, através de planos estratégicos de sustentabilidade e mudança climática, que as coberturas dos novos edifícios (que tiverem a inclinação adequada) deverão ser, obrigatoriamente, "tetos verdes".
Saiba mais sobre essa medida e sobre os projetos urbanos incluídos nela.
Bicycle Snake / DISSING+WEITLING Architecture
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Arquitetos: DISSING+WEITLING Architecture
- Área: 235 m²
- Ano: 2014