A pandemia do COVID-19 caracteriza-se pela abrangência territorial de seu contágio. Não se trata de uma epidemia restrita a um local específico. O contágio ocorre por meio de uma rápida proliferação que se aproveita do mundo urbanizado em que vivemos. O vírus espalha-se pelas aglomerações nos espaços públicos e nos equipamentos privados de serviços, pelos terminais e estações de transporte, pelos assentamentos precários sem saneamento e, em última instância, pelo intenso fluxo nacional e internacional de pessoas e mercadorias que ocorre na rede de cidades que caracteriza o mundo urbano. A rede de aeroportos foi a grande entrada do vírus pelo mundo. Mas, a rede de trabalhadores informais que percorre as ruas da cidade entregando mercadorias em meio à pandemia e que não deixa o comércio parar parece ser uma das faces mais frágeis desse risco. Mas, se a vida urbana facilitou o contágio, alguns padrões de urbanização também podem ajudar a combatê-lo.
COVID-19: O mais recente de arquitetura e notícia
A pandemia, os hospitais e a cidade
Rede "Urbanistas contra o Corona" lança cartilha de prevenção contra COVID-19
Como se proteger do coronavírus na rua, ao chegar em casa e dentro da própria residência? A rede Urbanistas contra o Corona elaborou uma cartilha para orientar a população em cada uma destas situações. A publicação ilustrada lista medidas de prevenção e categoriza os riscos de contaminação quando se está na rua (alto), no retorno à casa (médio) e no espaço privado do lar (baixo).
Shift Architecture Urbanism propõe solução para comércio local em tempos de pandemia
O Shift Architecture Urbanism apresentou recentemente o resultado de uma pesquisa relâmpago à respeito da comercialização de produtos de necessidade básica em cidades em estado de shut down. Os arquitetos defendem que, disseminando e diluindo os grandes mercados de rua e as grandes concentrações de pessoas, é possível atuar na micro-escalada, fornecendo alimentos frescos, saudáveis e de maneira segura à população em quarentena domiciliar.
Banco do Brasil lança pacote de créditos para arquitetos em meio à crise de COVID-19
Atendendo à solicitação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o Banco do Brasil anunciou um pacote de medidas com condições especiais para apoiar arquitetos e urbanistas e as empresas do setor nesse momento de impacto econômico causado pelo coronavírus.
Nova Iorque busca adaptar rapidamente hospitais para atender a demanda causada por COVID-19
À medida que o número de pessoas infectadas com o coronavírus atinge níveis assombrosos em Nova Iorque, as autoridades buscam soluções rápidas e eficientes para atender a demanda por espaço para os pacientes. Lutando contra o tempo, a cidade busca maneiras de alterar as estruturas existentes.
Edital para arquitetos e engenheiros atuarem no combate ao COVID-19 oferece salários de R$ 10 mil
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) publicou hoje um edital de processo seletivo para cadastro reserva de até 6 mil profissionais, para atuarem temporariamente no combate à COVID-19 na Rede Ebserh. Além de profissionais da área da saúde, o edital é aberto também a arquitetos e engenheiros para jornadas de 40 horas semanais e salário de R$ 10.350,45.
Como tornar as cidades mais inteligentes diante das mudanças climáticas e pandemias?
As cidades podem ser consideradas os grandes centros econômicos, sociais, tecnológicos e culturais da humanidade, tendo em vista as suas diversas funções e importância em termos de qualidade de vida de seus cidadãos. De acordo com dados das Nações Unidas (2017), atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades ou centros urbanizados e se espera que até 2050 esse número cresça para cerca de 70%. Ainda, no final de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados por todos os países até 2030. Dada a importância das cidades, o ODS11 “Cidades e Comunidades Sustentáveis, é dedicado a esta agenda e busca essencialmente que as cidades e os assentamentos humanos procurem formas de serem inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Nunca sentimos tanta falta do espaço público
Confinados, alguns em mais metros quadrados do que outros. Me lembrei do filme Medianeras, aquele argentino onde a protagonista discorre sobre a solidão urbana falando de apartamentos “mono-ambientes” ou caixas de sapatos, mas também de encontros virtuais. Aquela realidade cinematográfica de 2011 é ainda mais real nesse momento, onde começamos a planejar happy-hours virtuais.
Opposite Office propõe hospital temporário no aeroporto de Berlim para combater coronavírus
O estúdio Opposite Office propôs transformar o novo aeroporto de Berlim, em construção desde 2006, em um "super-hospital" para pacientes com coronavírus. Na tentativa de preparar o sistema de saúde e aumentar suas capacidades, a firma apresentou uma alternativa de reuso adaptável, projetando soluções adaptadas ao contexto para combater a pandemia.
Salone del Mobile. Milano é adiado para abril de 2021
À luz da pandemia de coronavírus que afeta o mundo inteiro, o conselho do Salone del Mobile. Milano decidiu adiar a edição de 2020 para o próximo ano. O evento internacional ocorrerá, portanto, de 13 a 18 de abril de 2021.
13 Soluções espaciais para organizar seu treino em casa
À medida que as cidades crescem e as realidades diárias modificam-se, as pessoas recorrem a novas maneiras de manter seu bem-estar. Embora o incentivo de estilos de vida ativos tenha sido o foco de muitos arquitetos e urbanistas, com o intuito de estimular o conforto e a saúde humana, os últimos tempos mostraram que essas instalações cobiçadas publicamente, nem sempre são acessíveis
A cultura urbana do coronavírus: conversa entre Guilherme Wisnik e Giselle Beiguelman
A Escola da Cidade volta a realizar seu Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea em formato de “lives” públicas e abertas. No episódio de hoje, Guilherme Wisnik recebe Giselle Beiguelman para uma conversa inspirada pela série Coronavida, publicada na Revista seLecT.
Fotografias aéreas das ruas de Buenos Aires mostram a cidade vazia em quarentena
Desde 20 de março, com o objetivo de proteger a saúde pública e reduzir a transmissão do COVID-19 no território argentino, o país decidiu decretar isolamento social, preventivo e obrigatório. Por meio dessa medida, todas as pessoas que vivem no país ou nele permanecem temporariamente devem permanecer em suas casas, abstendo-se de ir aos seus locais de trabalho, frequentar espaços públicos ou viajar.
A reestruturação da vida urbana já é notável: todos os eventos culturais, recreativos, esportivos e religiosos foram cancelados. Quando os cidadãos reduziram seus deslocamentos ao mínimo essencial, os espaços para reuniões, como praças e parques da cidade, ficaram desertos. Agora que as ruas estão vazias, as varandas se tornaram as novas plataformas de interação social e um espaço de celebração e protesto.
Hospital temporário no Pacaembu começará a receber pacientes de coronavírus
O hospital de campanha do Pacaembu, montado emergencialmente para conter a demanda causada pela pandemia de COVID-19 em São Paulo, começará a receber pacientes a partir do dia 1º de abril, quarta-feira. A estrutura hospitalar funcionará dentro do estádio localizado na região central da cidade e terá capacidade para 200 leitos para pacientes de baixa complexidade.
IABsp lança proposta de plano emergencial para arquitetura em meio à pandemia de COVID-19
A pandemia global provocada pelo coronavírus tem demandado ações emergenciais para salvar vidas que, por sua vez, demandam medidas complementares para preservar empregos e renda, especialmente da parcela mais vulnerável da população. No campo da arquitetura e do urbanismo não é diferente: a precarização de parte significativa dos profissionais se agrava em função da imposição do isolamento social como medida absolutamente essencial para enfrentar a pandemia. Sem reservas para garantir condições mínimas de sobrevivência, muitas arquitetas e arquitetos estão sem alternativas. Medidas emergenciais, como a renda básica, em discussão no Congresso, são urgentes. Acertadamente focam em pessoas de baixa renda, mas ações adicionais são necessárias, dada a dimensão da crise.