Hector Vigliecca, arquiteto uruguaio radicado no Brasil há quarenta anos, é sócio-fundador do escritório Vigliecca & Associados, tendo participado de mais de uma centena de concursos nacionais. Em abril, Hector esteve presente ao XX Congresso Brasileiro de Arquitetos, em Fortaleza, e conversou com a equipe do Archdaily Brasil à beira de uma praia da capital cearense.
Apresentamos desta vez em nossa série AD Brasil Entrevista uma conversa com o arquiteto Emiliano Homrich, do escritório JBMC Arquitetura e Urbanismo, especializada em projetos de transporte, institucionais e industriais.
Homrich, apoiado em sua experiência na formação de um escritório de arquitetura e urbanismo bem articulado, aponta a importância da inovação e do projeto caminharem sempre juntos. Para ele, o arquiteto é a figura que capta as mudanças da sociedade e as aplica ao projeto, evitando, assim, a repetição dos erros do passado.
Emiliano também comenta o papel do arquiteto como aquele que observa a vida e a sociedade, um profissional aberto e sensível às mudanças da cidade, mas também, como a figura que tem um papel ativo na conciliação dos diferentes interesses que se sobrepõem no ambiente urbano.
Neste vídeo produzido por Hugo Oliveira, o arquiteto português Álvaro Siza explora o tema da hiperespecialização na arquitetura, desde suas possíveis raízes ainda nas escolas (mesmo que estas se mostrem de modo geral mais abertas) até suas implicações na prática profissional.
Segundo Siza, esta tendência à hiperespecialização na profissão é lamentável, pois dá lugar a setorizações da disciplina, criando subcategorias – arquitetos de interiores, de exteriores, paisagistas, etc. – que enfraquecem a colaboração e o trabalho em equipe em um projeto feito de modo integrado.
Nesta entrevista-conversa originalmente publicada na página Paperhouses,o fotógrafo arquiteto Fernando Guerra , - considerado um dos melhores fotógrafos de arquitetura do mundo e que constantemente com seu irmão e sócio Sergio Guerra ( FG+SG - Últimas reportagens) compartilham seu trabalho conosco -, narra historias sobre a grande beleza de se fazer o que se gosta.
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No LAX, era importante criar "uma experiência positiva depois do stress da experiência de decolagem," afirma Melissa Weigel. Imagem Cortesia de Moment Factory
A Moment Factory possui um currículo extenso, você já os deve ter visto em espetáculos do Cirque du Soleil, no Superbowl Half Time Show da Madonna em 2012, na atração Disney E3 Booth, ou na estréia de Jay Z no Carnegie Hall. Talvez você se lembre deles quandoprojetaram imagens na fachada da Sagrada Familia ou no distrito do Quartier des Spectacles em Montreal. Ou talvez os tenha visto que foram incluídos na timeline comemorativa de 30 anos da Apple.
Moment Factory foi o principal criador de conteúdo para as instalações no recentemente inaugurado Terminal International Bradley no aeroporto LAX, projeto de Fentress Architects. Foi uma grande colaboração de vários parceiros, incluindo Mike Rubin com MRA International, Marcela Sardi da Sardi Design, Smart Monkey, Digital Kitchen, e Electrosonic com instalação da Daktronics e Planar.
Oscar Niemeyer and Lord Norman Foster in 2011. "He was in wonderful spirits—charming and, notwithstanding his 104 years, his youthful energy and creativity were inspirational.". Image Courtesy of Foster + Partners
Nesta entrevista, publicada originalmente pela Revista Metropolis, como "Q&A: Norman Foster on Niemeyer, Nature and Cities", Paul Clemence conversa com Lord Norman Foster sobre seu respeito por Oscar Niemeyer, seu encontro pouco antes da morte do grande mestre e como a obra de Niemeyer influenciou a sua própria.
Em dezembro passado, em meio a uma agitada agenda de eventos que vieram a definir o Art Basel / Design Miami, encontrei-me assistindo a uma apresentação, durante o almoço, dos planos para o Museu de Arte Norton em Palm Beach, por Foster + Partners. Durante a conversa com Lord Foster, mencionei a minha experiência brasileira e rapidamente a conversa se voltou para Oscar Niemeyer. Foster mencionou a conversa que ele e Niemeyer tiveram pouco antes da morte do brasileiro (coincidentemente aquela mesma semana em dezembro marcou o primeiro aniversário da morte de Niemeyer). Curioso para saber mais sobre a reunião e seu bate-papo, perguntei a Foster sobre esse encontro lendário e algumas das ideias que norteiam o seu projeto para o Museu Norton.
Após um período de recesso enquanto o novo FRAC Centre era construído, o ArchLab retornou para sua nona edição. O laboratório começou como uma oportunidade de questionar a ação do arquiteto, a diversificação do campo e os novos desafios urbanos de nosso mundo globalizado em constante mudança. Fundado por Marie-Ange Brayer (Diretoda do FRAC) e Frédéric Migayrou (Vice-DIretor do MNAM-Centre Pompidou), o laboratório moldou o debate arquitetônico e já serviu como plataforma para muitos arquitetos.
ArchDaily Brasil: Qual a importância desta Bienal?
Ligia Nobre: Essa Bienal é uma realização do IAB e vem do desejo de um grupo jovem de arquitetos que percebeu que era importante uma mudança de conceito e formato para a Bienal. Eles começaram a se reunir no ano passado, junto com esta nova gestão, que tem o José Armênio Brito Cruz à frente. E eles escolheram, então, o Guilherme Wisnik para ser o curador, que me chamou em outubro do ano passado para fazer a curadoria junto com ele, assim como com a Ana Luiza Nobre. Nosso percurso é muito diferente. Eu sou formada em Arquitetura, mas trabalhei muito mais com projetos de curadoria de arte e arquitetura, plataformas mais experimentais no Brasil e em outros países, como a Exo Experimental ou a ETH StudioBasel, dentre outros. Somos da mesma geração, e sempre tivemos esse interesse comum entre arte e arquitetura, e já tínhamos colaborado uma vez, em um seminário no Itaú Cultural.
Muitos poderiam considerar Greg Lynn o líder do projeto baseado em meios digitais na arquitetura - mas o próprio Lynn pede que não o considerem. Ele e o Centro Canadense de Arquitetura (CCA) recentemente colaboraram em "Arqueologia do Digital", a primeira de uma série de exposições que irão exibir o trabalho dos pioneiros no uso de computadores como ferramentas de auxílio em projetos de arquitetura - incluindo alguns dos mentores do próprio Lynn. Nesta entrevista, originalmente publicada na revista Metropolis Magazine como "Computer Control," Avinash Rajagopal conversa com Greg Lynn sobre alguns dos projetos e a inspiração por trás da exposição em si.
Hugo Oliveira: Arquitetos como Alison e Peter Smithson acreditam que podem transformar a vida das pessoas para melhor através da arquitetura. Este espécie de ingenuidade é importante?
Alain de Botton: A ambição dos Smithson é formidável. O problema é que arquitetos não podem mudar o mundo antes de se tornarem empreendedores. No momento, os melhores arquitetos são fantoches contratados para avivar os egos e os saldos bancários de grandes investidores imobiliários.
Aires Mateus, formado pelos irmãos e sócios Manuel e Francisco Aires Mateus, é um dos escritórios mais influentes da arquitetura contemporânea, tendo sua obra reconhecida internacionalmente como o novo paradigma da arquitetura portuguesa. Recentemente a equipe ArchDaily Brasil entrevistou a um dos sócios da empresa: Francisco Aires Mateus.
Nesta entrevista feita por Hugo Oliveira, Álvaro Siza apresenta suas ideias sobre a ligação entre a obsolescência e a qualidade na arquitetura, e o papel da flexibilidade do projeto nesta relação. Ele argumenta que o convento é, talvez, o melhor exemplo de uma tipologia que é concebida para um propósito específico e, ao mesmo tempo, muito flexível, permitindo inúmeros outros usos quando sua vida útil enquanto convento termina. O arquiteto também lamenta a tendência atual de se projetar edifícios que durem um período muito curto de tempo - destinados a durar apenas o suficiente para sua função original. Ele faz, inclusive, uma relação entre esta tendência e os Futuristas do início do século XX, cujas ideias giravam entorno da concepção de que cada geração cria seu ambiente que depois será destruído, uma ideia que ele rejeita, visto que "ela serve para construir mal, porque basta que dure 20 anos [o edifício]".
A equipe Archdaily Brasil tem o prazer de apresentar esta entrevista com Paulo Mendes da Rocha, uma das figuras mais importantes da arquitetura moderna e contemporânea brasileira.
O termo entre instiga por suas diferentes acepções. “Estar entre” é a posição na qual se reuniram esses quatro arquitetos, no período em que eram estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, para começar a montar um panorama do momento atual da arquitetura brasileira.
As perguntas, em grande parte, não se restringem a especificidades contidas em exemplos projetuais, mas privilegiam um caráter mais abrangente. Interessam, principalmente, os problemas eleitos para serem enfrentados e as posturas críticas adotadas no momento do projeto e no debate arquitetônico.