As empenas são conhecidas como as paredes laterais de um edifício, normalmente previstas para ladear uma construção vizinha. Mesmo em edifícios com recuos laterais mais generosos, que permitem aberturas para portas e janelas, as empenas podem ser mantidas como grandes superfícies contínuas, criando uma fachada cega na edificação.
Nesse sentido, as empenas em concreto aparente, que se valem da textura do material sem a necessidade de revestimentos, podem ser empregadas como elementos estéticos na composição plástica do edifício. Como parte da série Casas Brasileiras, apresentamos a seguir 10 residências com empenas de concreto:
O escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro (DS+R) chamou atenção mundial em 2002 com o Blur Building, para a Expo Suíça daquele ano. O volume era formado através de 35.000 bicos de alta pressão que expeliam a água do lago sobre o qual se localizava, criando uma enorme nuvem artificial. Sua forma, limites, cores e translucidez se alteravam com o sol e a força do vento e produziam uma experiência imersiva aos usuários, adentrando um volume completamente permeável. Dez anos depois, Carla Juaçaba e Bia Lessa projetaram o Humanidade2012 para a exposição Rio +20, em que diversos volumes programáticos foram dispostos em uma enorme estrutura de andaimes. Com mais vazios do que cheios, suas extremidades se desmaterializavam no céu e durante a noite os volumes pareciam flutuar. Segundo as arquitetas, “a própria movimentação das pessoas no edifício transformava os visitantes em objetos de exposição visto de longe.” Os dois projetos temporários, mesmo com diferenças de escala e contexto, se unem no êxito ao trabalhar com as noções de translucidez, leveza, dissolução de limites e o movimento.
Recentemente, temos visto muitos projetos que fazem uso de fachadas permeáveis, incluindo alguns vencedores do Building of the Year Award, a ponto de se poder considerar esse elemento arquitetônico uma espécie de tendência ou "moda" na produção contemporânea.
Melhorias na iluminação e ventilação naturais e maior permeabilidade visual são algumas das vantagens proporcionadas por esse tipo de fachada. A seguir, compilamos 15 fotografias que mostram exemplos desse elemento, feitas por proeminentes fotógrafos, como Andrés Valbuena, Pedro Nuno Pacheco e Koji Fuji Nacasa & Partners Inc.
A digitalização dos meios de produção e os recursos tecnológicos ligados ao desenvolvimento de ferramentas cada vez mais sofisticadas impactam diretamente na prática contemporânea da arquitetura e do urbanismo. Pensar cidades e edifícios a partir do pressuposto digital representa grandes possibilidades de inovação em termos de desenho, otimização de recursos e processos, melhoria no desempenho e acompanhamento para manutenção de obras, entre outros aspectos. Muitas ferramentas estão disponíveis atualmente, e vão desde inteligência artificial à impressão 3D, passando por diversos artifícios que alteram os paradigmas da profissão e demandam uma nova postura na hora de projetar.
Como um dos elementos arquitetônicos que com frequência promove a relação entre interior e exterior, a varanda também pode ser atribuída como o elemento intermediário entre a rua e os espaços interiores. No entanto, como elemento de destaque nas fachadas de edifícios - residenciais ou comerciais - estas podem promover certo desconforto térmico, dada a incidência direta da luz solar, ou no que se refere a privacidade, considerando sua posição em destaque e certo voyeurismo por aqueles que transitam no ambiente urbano. A partir disso, é no modernismo que arquitetos iniciam o processo de aplicação de brises de concreto e em alguns casos, cobogós, sobre a fachada de seus edifícios. Contudo, hoje em dia, com uma gama de materiais e possibilidades, profisisonais tem cada vez mais se apropriado de novas soluções em brises para proteger estes espaços das intempéries ao passo que garantem privacidade.
Uma fachada deve, antes de tudo, atender a requisitos extremos, por ser a primeira pele a proteger um edifício, seus interiores e ocupantes. Além de ter que ser resistente às intempéries e durável, a aparência externa de uma fachada é igualmente vital para um projeto de arquitetura. Painéis pré-fabricados proporcionam um acabamento limpo, preciso e sofisticado às edificações, e contam com uma enorme versatilidade de padrões e formatos.
Revestimentos cerâmicos são usualmente empregados nas áreas molhadas internas de projetos residenciais e comerciais - cozinhas, banheiros, áreas de serviço, entre outros -, contudo, cada vez mais arquitetos têm provado que este material tem grande potencial gráfico, estético e, sobretudo, técnico, quando empregado em fachadas.
Por sua resistência às intempéries, o material exige pouca ou nenhuma manutenção, além disso, a variedade de cores, dimensões, textura e padrões encontrados no mercado permitem uma infinidade de usos e combinações.
Você já ficou mais de uma hora rolando a barrinha para escolher uma fonte que combinasse com seu trabalho? Antes de começar um projeto já pensa em qual tipografia vai usar? Fica irritado quando lê uma mensagem importante escrita em Comic Sans? Ou se sente ofendido quando uma sentença banal é escrita em caixa alta? Fique tranquilo, você não está sozinho.
Arquitetos e designers apropriam-se constantemente de elementos gráficos como meios expressivos na esquematização de seus trabalhos. Dentre eles, o mais comum são os desenhos, numa variedade constante entre técnicas, estilos e padrões. Mas entre os elementos que compõem as pranchas, painéis e desenhos, técnicas e modelos, há um fragmento particular que os ajuda na composição e identidade: o uso da Tipografia.
Em zonas com alta temperatura e incidência solar, os edifícios devem garantir conforto térmico de maneira adequada para aqueles que irão utilizá-lo. Nesse sentido, a aplicação de brises é uma solução eficaz nos projetos que contam com grandes superfícies de vidro, reduzindo assim as temperaturas geradas pela onda solar direta.
As características do aço corten são respeitadas por todos os arquitetos, tanto por sua resistência como por sua cor particular. Corresponde a um tipo de aço manufaturado com uma composição química que proporciona uma oxidação que protege a peça, praticamente sem alterar suas características mecânicas. Os detalhes construtivos de arquitetura em aço corten apresentam uma diversidade de situações e junções, que não apenas evidenciam um fator construtivo, como também concede um valor estético à arquitetura.
As empenas cegas, ou fachadas sem aberturas, geralmente não são partidos projetuais em residências, mas sim frutos da necessidade de privacidade em certos ambientes, principalmente quando o recuo em relação ao edifício vizinho é pouco ou inexistente. No entanto, as empenas cegas podem vir a tomar lugar de destaque no conjunto de um edifício, seja pelo contraste entre cheios e vazios, seja pela valorização da empena de outras formas - como aplicação de pintura, textura, jardim vertical etc. -, seja, por fim, pela localização da empena cega na parte frontal do edifício - ou seja, uma “inversão de papéis” entre as fachadas laterais, geralmente resignadas à privação de aberturas, e a(s) fachada(s) frontal e/ou posterior, normalmente com aberturas.
Centro de Congressos e Auditório de Plasencia / Selgas Cano. ImageIwan Baan
Cada vez mais, uma série de arquitetos tem adotado materialidades translúcidas nas fachadas de seus projetos, auxiliando no controle lumínico interior, uma vez que materiais como o policarbonato e U-Glass por exemplo, permitem que somente percentual nível lumínico adentre a arquitetura. Por outro lado, ao anoitecer, essas materialidades promovem qualidades distintas e com resultados surpreendentes, visto que ao acender suas luzes, os edifícios ttransformam-se em verdadeiras lanternas no cenário urbano.
Na maioria das vezes, a borracha não é considerada um material de construção convencional - pelo menos não na mesma extensão que materiais como madeira, concreto ou vidro. Mas a borracha é comumente usada em interiores para pisos de cores ou brilho extraordinários, e ainda mais inesperadamente para fachadas com aspectos exclusivos ou efeitos de acolchoamento. Essa funcionalidade é motivada por vantagens exclusivas, como suavidade, elasticidade, durabilidade e consistência de cores.
Criado para ser um dos maiores eventos do calendário da arquitetura brasileira, DOMO reúne profissionais consagrados no país e importantes nomes da arquitetura mundial para falar sobre o desenho e função das fachadas nos projetos arquitetônicos
Realizado pela Cebrace, maior produtora de vidros e espelhos da América do Sul, com patrocínio das empresas Schuco e Eastman, o primeiro evento DOMO será realizado no dia 08 de outubro no autêntico Hotel Unique, em São Paulo, com uma programação de palestras dinâmicas sobre inovação e design em fachadas. O DOMO nasceu para inserir no calendário de arquitetura
As fachadas translúcidas são painéis leves usados nos exteriores de edifícios, protegendo-os de intempéries climáticas, umidade e erosão. Sua composição de microcélulas de policarbonato fornece uma luz suave e naturalmente difusa, com uma ampla gama de cores, brilho e opacidades disponíveis.
Ao fixá-las no lugar, com juntas ocultas, é possível ocultar elementos de construção desagradáveis e ajudar a proteger as pessoas dos raios UV prejudiciais, garantindo também a condução térmica máxima. Os indivíduos que os utilizam perceberão uma redução nas contas de energia uma vez que a luz natural do sol poderá aquecer e iluminar edifícios, criando condições ambientais internas muito atraentes para diferentes usos.
Solução recorrente em edifícios comerciais e corporativos, as fachadas espelhadas costumam despertar sentimentos variados entre arquitetos, frequentemente negativos. Argumentos contra esta opção não faltam e geralmente fazem sentido, citando desde a falência da arquitetura moderna e massificação de suas fachadas de vidro até aspectos relativos ao clima e a negligência às especificidades locais que transparece nessas superfícies espelhadas.
Durante a maior parte da história da arquitetura, fachadas interessantes foram alcançadas através da materialidade ou ornamentação. Dos frisos elaboradamente pintados do Parthenon ao exterior de vidro dos modernos arranha-céus, a arquitetura era basicamente estática, apenas "mudando" junto com o seu contexto, seja de chuva, luzes, ferrugem, etc.