O Brasil possui uma pluralidade de instrumentos relacionados à política urbana. No entanto, a complexidade dos desafios exige que pensemos também em soluções multidisciplinares e inovadoras, capazes de qualificar o espaço urbano de modo equitativo, possibilitando o pleno desenvolvimento da nossa sociedade. Durante muito tempo, a principal abordagem em relação a assentamentos foi a aplicação de processos de remoção ou alternativas para tentar escondê-los. Apesar dessas práticas ainda ocorrerem, nas últimas décadas, houve um avanço no que tange o reconhecimento dos assentamentos e a formulação de estratégias, programas e políticas por gestões municipais para urbanização dessas áreas. Observar essas experiências concretas de intervenção pode auxiliar na elaboração de caminhos que visem o desenvolvimento inclusivo destes territórios.
Favela: O mais recente de arquitetura e notícia
Projetos em Assentamentos: caminhos para um desenvolvimento inclusivo
Favela rica, favela pobre: as desigualdades nas baixas rendas de São Paulo
As favelas de São Paulo apresentam situações bastante diversas. Enquanto algumas delas possuem indicadores de acesso a água encanada, esgoto e coleta de lixo praticamente universalizadas, em outras a situação é similar a de Melgaço, no Pará, que possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Os dados fazem parte de um estudo obtido pelo jornal El País feito durante o ano passado pelo Centro de Estudos da Metrópole, ligado à Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, para orientar as políticas de habitação da cidade.
"Pudemos perceber que o processo de favelização continua acontecendo. Continua havendo um crescimento da população favelada e dos domicílios em favela em um ritmo superior ao da população geral do município. Mas, apesar de ser maior, esse crescimento é baixo. Não há um processo intenso de favelização", comentou Eduardo Marques, professor de ciências políticas da USP.
Parque Cidade Jardim e a favela Panorama: uma metáfora da São Paulo moderna
São Paulo, assim como a maior parte das grandes cidades brasileiras e de boa parte do mundo em desenvolvimento, apresenta algumas fraturas sócio-espaciais difíceis de ignorar. Não são raras as situações em que, numa caminhada de poucas dezenas de metros, mudamos dramaticamente de contexto, como que da água para o vinho ou do céu ao inferno. Essa ruptura é explorada no artigo "A favela do Parque Cidade Jardim: uma metáfora da São Paulo moderna", escrito por André de Oliverira e publicado em janeiro do jornal El País, onde o autor narra uma espécie de "movimento migratório" diário dos funcionários do Parque Cidade Jardim - um dos complexos mais elitistas e herméticos da cidade - em seu horário de almoço, que vão encontrar na favela Panorama um lugar para comer por um preço que caiba no vale-refeição.
Debate “Ativismo, Artes e Inovação na Favela”, no Studio-X Rio
Amanhã, 10 de junho, o Columbia Alumni Club promove o debate “Ativismo, Artes e Inovação na Favela” no Studio-X Rio.
A união da inteligência contextual das comunidades, a excelência profissional e a tecnologia tem servido como uma síntese poderosa para inovadores das cidades como a artista Margaret Day, o jornalista René Silva e os arquitetos Pedro Henrique e Caroline Shannon de Cristo, fundadores do +D, que irão dividir as suas experiências e liderar uma discussão sobre seus esforços para melhorar a cidade do Rio de Janeiro.
Seminário “Desafios da prosperidade local: o programa de melhorias habitacionais em favelas”, no IAB-RJ
As diferentes experiências de habitação em favelas serão discutidas no seminário “Desafios da prosperidade local: o programa de melhorias habitacionais em favelas”. O evento, promovido pelo Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, acontece amanhã, 20 de maio, no auditório da sede do IAB-RJ, às 18h. A participação é gratuita e aberta ao público.
O seminário vai contar com apresentações de Ruth Jurberg, da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop); Carina Saito, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP); Mário Vieira, diretor executivo da ONG Habitat para a Humanidade; André Franco, da Rede Interação; e Ana Cláudia Rossbach, representante regional para América Latina e Caribe da Cities Alliance.
Nova Campanha Kickstarter para Colorir uma Favela no Rio de Janeiro
A dupla holandesa Haas e Hahn ganhou fama em 2005 por pintar algumas casas, com uma paleta de cores brilhantes, numa favela do Rio de Janeiro. Agora eles estão de volta, desta vez com uma Campanha Kickstarter para levantar os fundos necessários para pintar o resto da favela, na esperança de transformar ainda mais esta comunidade.
O projeto não trata apenas de colocar novas cores em algumas paredes monótonas. A formação profissional e a contratação, onde as oportunidades são muitas vezes escassas, também são um elemento importante do projeto. Ao contrário de suas campanhas anteriores, esta também inclui o reboco das paredes - um elemento sustentável para controlar a umidade, a acústica e a temperatura das casas, elevando o valor de cada propriedade. O dinheiro doado vai para insumos e salários para os moradores. Para mais informações, visite sua página no Kickstarter.