Em Rosarno, uma cidade no sul da Itália, os espaços públicos têm certas características para que sejam considerados locais atraentes para as pessoas. Por esta razão, o escritório espanhol Luzinterruptus decidiu alterar a aparência de um desses espaços que estava vazio entre dois edifícios com a instalação de arte "Peperonata Noturna", que montaram para o festival de regeneração urbana A di Città realizado em setembro.
Intervenção Urbana: O mais recente de arquitetura e notícia
Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália
Projeto Lonsdale Street, Dandenong / BKK Architects
Espaços públicos móveis revitalizam um bairro em Londres
“Cricklewood Town Square” é o nome da intervenção feita pela agência Spacemakers que trouxe novos espaços públicos móveis a Cricklewood, um bairro na periferia de Londres onde quase não existem equipamentos públicos como bancos nas ruas, praças ou bibliotecas.
O projeto foi financiado com recursos do município de Londres como protótipo de um projeto mais amplo de renovação urbana que acontecerá posteriormente e que inclui os demais subúrbios da cidade.
Mais detalhes e imagens a seguir.
O reflexo de Sydney na intervenção urbana “Field”
"Art & About Sydney" é um festival de arte que acontece há mais de dez anos na cidade australiana e inclui palestras, exposições, intervenções urbanas e oficinas. Sua versão mais recente começou em julho e permanece até 31 de dezembro.
Uma das intervenções montadas, que esteve presente até 20 de outubro, se chamava "Field", criada pela empresa neozelandesa Out of the Dark, especializada em instalações que permitem que as pessoas vivam experiências comunitárias em espaços públicos através do design.
Arte e Arquitetura: "Fábrica de Inquietação: Criando intervenções na cidade-correria" / André Stahnke
A instalação intitulada “Fabriqueta de Improvisação”, que aconteceu em Florianópolis – SC em julho deste ano, faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso de André Stahnke, formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina. O trabalho, do qual fez parte a instalação, se chama “Fábrica de Inquietação: Criando intervenções na cidade-correria” e consiste em uma investigação acerca da qualidade de nossos espaços públicos e nossa posição enquanto agentes- citadinos.
Tem-se assistido a certa subestimação desses espaços, já que estes têm funcionado cada vez mais como espaços apenas circulatórios e não de permanência ou troca; as cidades - não apenas Florianópolis - vivem num ritmo frenético por conta de tudo que se une ao modus operandi do sistema capitalista.
#Encaja_dos: Uma galeria de arte efêmera em uma esquina de Barcelona
Em uma esquina do bairro Born, em Barcelona, havia um terreno vazio completamente abandonado que já não era mais valorizado pelos vizinhos. Por este motivo, a equipe de lagaleriademagdalena e o fotógrafo Joan Tomás conceberam, em junho de 2012, a intervenção #Encaja_dos que, a partir de retratos de pessoas incorporados às paredes, converteu o espaço em uma galeria de arte ao ar livre.
Entretanto, no início deste ano o espaço voltou a ter um aspecto descuidado, em parte pelo lixo que se acumulou e porque foram pregados cartazes publicitários sobre as fotos sorridentes das pessoas. Assim, a equipe responsável pela primeira intervenção decidiu lançar uma segunda, em junho deste ano, junto a uma campanha de financiamento coletivo.
A seguir mais imagens e detalhes.
Evento TAG DF / AT 103
“Ruilbank”: um circuito de leitura em parques públicos de Amsterdã
Desde o dia 28 de julho, os bancos de alguns parques públicos de Amsterdam (Países Baixos) contam com um elemento acoplado que ajuda a promover uma nova experiência ao ar livre. Trata-se de Ruilbank Amsterdam, uma intervenção urbana criada pelo escritório de design Pivot Creative que consiste em um “clip”, consideravelmente maior que os comuns, enganchado nos bancos, disponibilizando jornais, livros e revistas para que as pessoas possam ler gratuitamente enquanto estão nos parques.
A ideia principal desta intervenção surgiu a partir do hábito dos passageiros de ônibus e metrô, que ali deixam seus jornais para que outras pessoas o leiam. Desta maneira, segue-se o principio de Ruilbank: “pegue, leia, compartilhe”.
Atualmente a intervenção está disponível em nove parques de três bairros da cidade. No entanto, como o período de montagem foi até o dia 28 de setembro, nos próximos dias mais parques serão somados a esta instalação que tem como objetivo criar um ciclo de troca de leitura e fomentar as conexões entre os visitantes destes espaços públicos.
Mais imagens, o vídeo e informação do projeto a seguir.
“Post-Mostom”: Habilitação de um espaço público sob uma ponte na Eslováquia
Neste ano, a cidade eslovaca de Košice foi nomeada Capital Cultural da Europa. Este reconhecimento, que também incluiu Marselha (França), foi atribuído pela União Europeia. Pelo período de um ano, ocorrem diversos eventos culturais que promovem o patrimônio cultural e histórico da cidade.
Oito bibliotecas comunitárias que levam leitura aos espaços públicos
Há alguns meses mostramos aqui seis casos bem sucedidos de bibliotecas comunitárias que tem conseguido aproximar os livros das pessoas em espaços públicos através da reutilização, por exemplo, de um ônibus público ou de uma típica cabine telefônica de Londres.
Agora, mostramos oito novos casos que seguem esse princípio e que cumpriram seu objetivo, dando a opção das pessoas de ler enquanto estão na rua, num parque ou até mesmo num ponto de ônibus.
A seguir, os oito novos casos.
Inteligência coletiva e participação cidadã
Imagine que a calçada em frente à sua casa se encontra em mau estado. Você tropeça nela cada vez que sair na rua, motoristas sempre têm que desviar e torna-se desconfortável andar de bicicleta. Você vai até a Prefeitura, faz uma solicitação de reparos para resolver o problema e depois de horas insistindo para que alguém entenda seus requerimentos, milagrosamente te recebem com os braços abertos. Mas não podem dar solução alguma. “Não estávamos cientes, existem outras prioridades, não há recursos”, dizem.
Em uma época em que os cidadãos, em especial os chilenos, se vêm em uma crise de representação, em um estado de desconfiança política generalizada, a sociedade tem manifestado uma necessidade crescente de contornar a maneira de pensar e fazer cidades, buscando uma forma mais descentralizada, inclusiva e representativa. Com isto, o urbanismo tem tentado formular, cada vez mais, projetos “de baixo para cima”, isto é, em vez de partir do geral ao particular, partir do próprio cidadão e suas demandas e necessidades. Com isto, surgem diferentes abordagens ou aproximações de como fazer uma cidade de forma mais democrática e inclusiva, e estas abordagens andam junto com instrumentos e ferramentas cada vez mais localizadas.
“Dalston House”: uma intervenção urbana que modifica as dimensões espaciais do público
Um garoto andando de skate em um parapeito, um pai lendo uma história a sua filha na beira de uma janela e um homem saltando de uma janela a outra são algumas das ações possíveis em “Dalston House”. Esta intervenção urbana foi criada por Leandro Erlich, um artista plástico argentino que inclui ilusões de ótica e tridimensionalidade em suas exposições.
A instalação foi montada no bairro de Hackney para o Festival de Arquitetura de Londres 2013 e esteve aberta ao público até o dia 4 de agosto. Nela, Erlich usou um modelo de edifício vitoriano instalado na Rua Ashwin, que se caracterizava por este tipo de construção mas cujas edificações foram, em boa parte, destruídas durante a Segunda Guerra Mundial.
A seguir, veja como o artista elaborou esta intervenção.
A Cidade é para Brincar - Basurama Brasil
Qualquer espaço da cidade pode se transformar num playground quando há liberdade, quando há interação e quando há pessoas querendo se divertir, se relaxar e brincar juntas. "A Cidade é para Brincar", evento que acontece durante todo o mês de setembro em diferentes lugares de São paulo, é o momento que cidade oferece essas condições.
O encontro da arte com o jogo cria ambientes onde as crianças agem de maneira criativa e intuitiva. Esses ambientes não estão governados pelas leis do mundo dos adultos: a superfície para se mover não é só o chão, a interação com desconhecidos é possível e os resíduos não existem. Basurama homenageia as arquitetas-artistas-designers Elvira de Almeida e Lina Bo Bardi, que criaram esse tipo de lugares.
Skyline de Madri transformado em jogo
Buracos em ruas e calçadas transformados em pequenos jardins
O artista inglês Pete Dungey elaborou uma forma muito sensível e eficaz de chamar a atenção das pessoas e autoridades para os freqüentes buracos nas ruas e calçadas. O projeto se chama Pothole Gardens (Jardins em Buracos) e consiste em cobrir as falhas com minúsculos jardins.
A iniciativa começou em Londres como um projeto para seu mestrado em Design, mas, ao mostrar os pequenos jardins em seu blog, a prática contagiou pessoas de todas as partes do mundo, que começaram a fazer suas próprias versões dos jardins e, em alguns casos, enviar as fotos para Dungley, que expõe seus favoritos em sua página.
Jardins verticais na Rua Augusta
Quatro edifícios dos arredores da emblemática Rua Augusta, em São Paulo, receberão, até o final do ano, jardins verticais sobre suas empenas. A iniciativa faz parte do Movimento 90º que, em parceria com a organização Augusta ComVida, arrecadaram a verba necessária através de financiamento coletivo.
Segundo os idealizadores, a iniciativa vem de encontro aos problemas ambientais causados pelo crescimento desenfreado das principais cidades brasileiras, das quais São Paulo é o caso mais extremo. Problemas já conhecidos como a poluição do ar, barulho e conforto térmico no interior das edificações são amenizados através da instalação destes jardins verticais.
Ilusões urbanas de Mike Hewson
Trabalhando com o tema da memória urbana, o artista neozelandês Mike Hewson apresenta obras que (re)criam espaços virtuais através de desenhos e ilusão de ótica.
Na série Homage to the Lost Spaces (Homenagem aos Espaços Perdidos), Hewson fez intervenções de imagens em destroços de edifícios da cidade de Christchurch, Nova Zelândia, após um terremoto em 2011.
Outdoors convertidos em canteiros de bambu: intervenção “Urban Air”
Uma cidade em desenvolvimento e um meio ambiente saudável sempre foram elementos difíceis de conciliar, tanto para urbanistas quanto para engenheiros, arquitetos, políticos e outros agentes. Sem dúvida, a arte – através de intervenções como a apresentada – sempre tem uma resposta, ainda que os problemas sejam mais complexos.
“Urban Air” é o nome do projeto do artista californiano Stephen Galssman. Sua proposta é a seguinte: substituir outdoors por canteiros de bambu, com sensores de qualidade do ar. Assim, a obra se transforma em um símbolo de um futuro em que as cidades não apenas se desenvolvem em porte e riqueza, mas são capazes de gerir seu próprio crescimento de maneira sustentável e em harmonia com a natureza.