Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. A psicologia ambiental é, de fato, a disciplina que estuda o comportamento humano em suas interrelações com os espaços onde a vida humana transcorre. Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações.
Determinadas características do espaço construído são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança, de fazer com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho. Independente de qual sejam as sensações que eles nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos – ou trabalhamos – desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como elas se relacionam com o espaço; e portanto, a psicologia ambiental pode ser uma importante aliada no desenvolvimento de projetos que proponham soluções para promover uma maior qualidade de vida aos seus usuários.
Malibu Crest, remodelação de uma casa de 1949 do Estilo Internacional, foi desenvolvida pelo Studio Bracket com o objetivo de ampliar a metragem quadrada da estrutura e as vistas panorâmicas para Malibu, mantendo mais de 50% das paredes originais da casa. O projeto foi bem-sucedido, não apenas na renovação de seus espaços internos e reconfiguração do espaço, mas no alargamento das janelas para captar verdadeiramente as vistas da lagoa e das montanhas circundantes. Essa expansão das vistas foi realizada em parte por meio de janelas de cantos abertos e vidros do chão ao teto, fabricados pela Western Window Systems. Esta tecnologia de vidros ininterruptos é uma das formas mais eficazes de abrir um espaço interior para as vistas deslumbrantes de um ambiente natural. Permitem que o espaço interno seja mais aberto para o exterior sem obstruções. A seguir, revisamos suas vantagens estéticas, suas qualidades estruturais e sua aplicação em projetos reais.
https://www.archdaily.com.br/br/945456/esquadrias-de-canto-ampliando-os-espacos-para-o-exteriorLilly Cao
O uso da luz e sua manipulação são capazes de alterar a percepção do espaço; os usuários percebem e sentem o espaço de formas diferentes dependendo de fatores como o acionamento e desligamento de fontes luminosas, variação de cores e composições. Como elemento constituinte em instalações temporárias, a luz atravessa os limites não só entre a arte e a arquitetura, mas também entre o tangível e intangível, podendo transformar os componentes do projeto e criar novas formas e padrões.
Assim como as cores de uma pintura ou de uma fotografia abstrata podem despertar um certo humor, as cores de um edifício ou sala podem influenciar profundamente a sensação das pessoas que o usam. Fisiologicamente, diversos estudos mostraram que a luz azul retarda a produção de melatonina, mantendo as pessoas mais alertas ou acordadas mesmo à noite. Psicologicamente, as pessoas associam determinadas cores a sentimentos por conta de símbolos culturais e experiências vividas - por exemplo, elas podem perceber a cor vermelha como ameaçadora ou assustadora por causa de sua conexão com o sangue.
No geral, a maneira como uma sala é pintada pode ter efeitos complexos sobre como seus usuários se sentem, ao mesmo tempo que uma fachada pode ser percebida de maneiras dramaticamente diferentes, dependendo de como são suas cores. Abaixo, resumimos as associações emocionais de todas as cores, avaliando seus efeitos diferentes à medida que cada uma é usada no espaço arquitetônico.
https://www.archdaily.com.br/br/930326/como-as-cores-influenciam-a-arquiteturaLilly Cao
Daniel Flavin foi um dos representantes da chamada arte minimalista das décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos. A classificação foi usada pela primeira vez pelo filósofo Richard Wollheim no ensaio “Minimal Art” em 1965 para agrupar obras que, como os ready-mades de Duchamp, não pretendiam representar uma realidade externa: o objeto exposto deveria ser entendido como obra por si e a experiência do espectador não deveria depender de associações a outros fatores.
Enquanto muitos arquitetos pensam em janelas para iluminar os espaços internos, Norman Foster fica intrigado com a luz natural vinda de cima. O famoso arquiteto britânico sempre admirou a obra de Louis Kahn e Alvar Aalto pela forma como lidavam com a luz natural - especialmente no que diz respeito à cobertura. Em particular, grandes edifícios públicos beneficiam-se desta estratégia para criar espaços agradáveis. Portanto, Foster considera a luz natural indispensável quando desenvolve megaestruturas para aeroportos ou arranha-céus corporativos. Mas a luz natural que vem de cima é muito mais do que uma dimensão estética, observa Foster: "Além das qualidades humanísticas e poéticas da luz natural, há também implicações energéticas".
A exposição Time Space, promovida pelo Centro Europeu de Cultura durante a Bienal de Veneza, apresenta um curta-metragem sobre as qualidades espaciais da luz no projeto arquitetônico, material ou metaforicamente.
Essa colaboração entre o arquiteto e professor Jorge L. Hernández e o fotógrafo Carlos Domenech explora a solução projetual encontrada pelo primeiro para o tribunal de Williamsburg, nos EUA, uma proposta fortemente embasada na iluminação. Confrontando as questões de segurança e privacidade do pogama com a necessidade de luz natural, Hernández propôs uma nova cúpula como uma torre vernacular para iluminação. A luz, que banha o tribunal de cima, transforma o espaço outrora monótono em uma “alegoria da justiça”.
Recorrentemente, vemos que arquitetos optam por fachadas translúcidas para resolver as envoltórias de seus edifícios, promovendo a entrada de uma grande quantidade de luz natural controlada durante o dia. Ao mesmo tempo, quando acendem as luzes durante a noite, muitos desses projetos são notados no meio da escuridão, aparecendo como lanternas ou faróis para seus bairros e comunidades. Estando expostos a mudanças de condições - dia ou noite - é necessário estudar detalhadamente a orientação e a localização do edifício, as pré-existências do contexto e a configuração dos espaços interiores, o que nos leva a escolher necessariamente o material adequado.
Apresentamos um sistema autoportante de painéis de vidro que permite construir este tipo de fachadas sem interrupções - do chão ao teto -, com quadros mínimos e cores, texturas e performances térmicas e acústicas diferentes.
A luz é uma importante, embora complexa, ferramenta na arquitetura. Não apenas proporciona atmosfera, textura e vitalidade, mas é cada vez mais essencial em uma época onde a tecnologia nos afasta da natureza. Neste trecho do novo livro de Mary Guzowski, The Art of Architectural Daylighting, a autora introduz a ciência e a arte da iluminação natural - e detalha seis maneiras pelas quais os mestres abordam o desafio.
Na imaginação poética de Luis Barragán, a cor desempenha um papel tão significativo quanto a dimensão ou o espaço. Texturas ásperas e reflexos d'água aumentam o impacto da luz solar em seus edifícios coloridos. Mas de onde vem essa vibração e como ela é potencializada pela própria arquitetura?
Das diferentes etapas que regem o trabalho em arquitetura ou interiores, a iluminação é algo capaz de valorizar ou destruir visualmente um espaço concebido. Isso porque existem diferentes possibilidades de iluminação artificial e fontes de luz pensadas para as mais diferentes tarefas, ambientes e finalidades dentro de um espaço interno ou mesmo, externos, como em fachadas e projetos paisagísticos. Pensemos em dois ambientes com as mesmas dimensões e layout. Suponhamos que no primeiro, fosse aplicado apenas um ponto de luz – geral no caso – enquanto no segundo fosse realizado um projeto luminotécnico considerando cada um dos usos do espaço, valorizando determinados aspectos. Sem dúvidas, a segunda opção constitui-se de um espaço mais agradável. Da mesma forma que um projeto luminotécnico equivocado pode estragar um espaço. Mas como é possível atingir esses diferentes resultados?
Neste artigo já aprendemos como calcular a intensidade de luz necessária para cada ambiente. Aqui, de maneira prática, compilamos a seguir uma lista com alguns dos conceitos-chave para os diferentes tipos de sistemas de iluminação.
Quanto de luz é o bastante? A questão é difícil, mas quando você precisa calcular quanto de iluminação LED é necessário para criar um espaço bem iluminado, ela pode se tornar um pouco mais complicada ainda.
Seja iluminação LED para espaços comerciais ou residências, veja aqui como determinar quantos lumens você precisa para iluminar adequadamente seu espaço.
https://www.archdaily.com.br/br/897537/como-calcular-a-intensidade-de-luz-necessaria-em-seus-ambientesDavid Hakimi
Inspirado pelo papel central da luz em nossa cultura e tecnologia, a ONU proclamou 2015 como o "Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas na luz" (AIL2015). Neste contexto nasceu a Suli, uma empresa social chilena que busca desenvolver soluções baseadas na iluminação solar, massificando o uso desse recurso natural não apenas em regiões vulneráveis, mas também entre o público geral que conta com acesso à rede elétrica mas desconhece novas formas de usar a energia solar.
Tendo a luz como principal fonte de inspiração, uma equipe multidisciplinar composta pela arquiteta Ximena Muñoz (Luxia Lighting) a designer Macarena Pola, o engenheiro comercial Cristián O´ryan e o publicitário Matias Casanova, desenvolveu a "Suli Lamp", uma luminária modular de alta qualidade e desenho funcional que pretende se tornar um veículo para a democratização da luz.
https://www.archdaily.com.br/br/769851/suli-do-chile-ao-haiti-a-democratizacao-da-luzArchDaily Team
O grafite arquitetônico de luz pode ser realizado de diversos modos, no entanto todos compartilham de uma característica comum: os efeitos são efêmeros e se alteram de segundo em segundo. O único registro dessas artes performativas vêm em forma de fotografias e vídeos. Na continuação apresentamos três tipos de arte urbana que envolve a luz: dorm room tetris, lightstick air animation e architectural projection bombing.