O MVRDV apresentou o projeto de um novo edifício de uso misto, desenvolvido em uma área pós-industrial na cidade de Kiel, na Alemanha. A proposta que contará com um total de 65.000 metros quadrados, foi concebida através de um sistema amplamente flexível, permitindo que o edifício se adapte às demandas futuras com o passar do tempo.
Apelidado de “KoolKiel”, a proposta do MVRDV incorpora um grande edifício térreo existente, anteriormente utilizado como depósito e posteriormente como gráfica, aonde foram impressos os famosos quadrinhos alemães Werner durante a década de 1980. A proposta atual, de transformar o local em um novo hub para indústrias e mídias criativas, influenciou decisivamente os arquitetos do MVRDV, o que os levou a criar um edifício dinâmico e divertido ao mesmo tempo que incorporam parte da história do lugar e do edifício existente.
Meio século depois que a nova casa do subúrbio era o sonho de muitos jovens americanos, propriedades reformadas estão ganhando popularidade. Essa tendência se estende para além da América do Norte, com renovações estimulantes de estruturas existentes surgindo em todo o mundo, da Bélgica ao Quênia e à China. A atração por essa tipologia provavelmente está em sua multiplicidade; as renovações são novas e antigas, históricas e voltadas para o futuro, generativas e sustentáveis.
Em nenhum lugar esta tendência é mais visível e popular do que na habitação, onde a transformação é muitas vezes liderada pelos próprios proprietários. Vagamente agrupados sob termos como "fixer-upper" e "reutilização adaptativa", esses projetos começam apenas com os esqueletos estruturais e a história do edifício. Na escala pessoal, a renovação / reforma é uma oportunidade de trazer uma parte de si para sua casa - mas esses pequenos projetos juntos têm o potencial de reverter uma crise imobiliária?
É muito comum, nos dias de hoje, sentir-se extenuado pela enorme quantidade de informações que consumimos, tanto consciente quanto inconscientemente. No mundo da arquitetura não é diferente, é preciso dedicar-se para acompanhar o feed diário do ArchDaily e por isso mesmo, entendemos que nem sempre é possível estar a par daquilo que é notícia no mundo. Mas isto que à primeira vista parece ser uma infinita linha de produção arquitetônica, não necessariamente vem ao encontro das mais recentes preocupações em nossa disciplina, aquelas voltadas à economia e compartilhamento de recursos.
Esta reflexão generosa, à respeito de como e para quem estamos construído nossos edifícios e cidades, encontrava-se oculta em meio a produção massiva que definiu a arquitetura durante o século XX, mas algo estava nascendo, mesmo que em estado embrionário - algo que está se tornando cada dia mais evidente nos dias de hoje. Cada vez mais, arquitetos estão incorporando processos e estratégias de sustentabilidade e/ ou reuso adaptativo. Os mais tradicionais prêmios e reconhecimentos do mundo da arquitetura estão operando uma efetiva mudança de direção em nossa disciplina, chamando à atenção não mais apenas aos mesmos grandes nomes, mas também para pequenos escritórios de arquitetura espalhados pelo mundo, aqueles que têm nos apresentado uma nova maneira de pensar e conceber a arquitetura.
O estereótipo do arquiteto foi por muito tempo o da obsessão pelo ego e pela novidade. Praticamente um sinônimo de egocentrismo e originalidade. Por outro lado, atualmente estamos testemunhando uma mudança de rumo à partir da prática de milhares e milhares de jovens profissionais. Os projetos que foram notícia nesta última semana nos ensinam a repensar a arquitetura à partir da redução e da reutilização, transformando a maneira como concebemos à arquitetura no século XXI.
https://www.archdaily.com.br/br/906653/destaques-da-semana-reduzir-reutilizar-repensarKatherine Allen
O Royal Institute of British Architects, juntamente com o Conselho Municipal de Lancashire, divulgou cinco propostas que buscam transformar a antiga Estação de Ônibus de Preston em um novo espaço público e centro da juventude. Cada projeto foi selecionado entre 100 propostas enviadas através de um concurso internacional de ideias que tinha como objetivo preservar a natureza brutalista do histórico edifício.
O aguardado plano de £13 milhões é um grande passo, considerando-se que a estação dos anos 1960, agora protegida pelo patrimônio histórico, quase foi demolida recentemente. Os esforços de reuso adaptativo são o resultado de uma bem sucedida campanha internacional que garantiu a continuidade da icônica estrutura.
Há algum tempo, falamos sobre as garrafas que iluminam. Mais recentemente, a organização sem fins lucrativos Litro de Luz - com sede na Colômbia - compartilhou conosco seu projeto de iluminação que consiste em levar luz natural a locais com poucos recursos através de garrafas Pet recicladas.
Esse projeto de inovação social, que trabalha lado a lado com A Liter Of Light (Filipinas), tem como objetivo levar luz aos lugares menos favorecidos e melhorar a qualidade de vida nas comunidades mais vulneráveis do mundo.