No final do ano passado publicamos um projeto do Studio Roosegaarde, dos Países Baixos, que tinha como objetivo construir uma torre, conhecida como Smog Free Tower, que permitia purificar o ar das cidades e, assim, diminuir sua contaminação atmosférica
A iniciativa se tornou mundialmente conhecida após o escritório lançar uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter para construir a torre. Em pouco mais de um mês, a equipe arrecadou mais que o dobro da meta inicial de 50 mil euros, o que tornou possível que a primeira torre esteja hoje em funcionamento em Roterdã.
Como a torre funciona e quais são os primeiros resultados? Saiba mais a seguir.
Quatro designers holandeses —Chris Collaris, Ruben Esser, Sander Bakker e Patrick van der Gronde—imaginaram um modo sustentável de reutilizar um navio petroleiro abandonado na região sul do Golfo Pérsico. Intitulado The Black Gold, o projeto enxerga o petroleiro como "ícone perfeito" que representa "a história geográfica, econômica e cultural dos estados petrolíferos árabes" - um ícone que, segundo os designers, se tornará cada vez mais obsoleto.
Em 2020 Paris poderá ter um quarto de sua superfície coberta por vegetação se conseguir implementar um programa de seis metas que envolve, entre outros pontos, que as novas edificações tenham coberturas jardim e também a criação de 30 hectares de espaços públicos verdes.
O avanço e a execução destes objetivos está sendo complementado pelas autoridades da capital francese através de outras iniciativas que promovem o cuidado do meio ambiente em todos os níveis, sendo um deles a cidadania. Um exemplo disso é a criação do programa "Du vert prês de chez moi" [Verde perto de mim], que convida os habitantes a se tornarem jardineiros de seus bairros. Para isso, oferece espaços próximos de onde vivem - por exemplo, as portas de suas casas ou as ruas - para que plantem vegetação e, assim, façam parte do processo de tornar mais agradável o entorno urbano.
A primeira ciclovia solar do mundo está localizada em Amsterdã, na Holanda. Um ano após ser finalizada, a estrutura, construída através de financiamento coletivo, se mostrou mais eficiente do que era estimado nos testes laboratoriais.
Conforme informado pelos responsáveis pela estrutura, em entrevista ao site Fast Co. Exist, após um ano de testes, a ciclovia solar está gerando 70 quilowatts/hora por metro quadrado/ano , o suficiente para abastecer três casas. Os bons resultados mostram que o investimento é viável e a expectativa é de que ele se pague em 15 anos.
Em abril de 2015, o New York Times publicou uma matéria sobre a recente compra de Blackadore Caye - uma pequena ilha na costa de Belize que passou por significante degradação ambiental e erosão - por Leonardo DiCaprio. Patrono de uma série de projetos ambientais, DiCaprio se associou a Paul Scialla, CEO da plataforma imobiliária Delos, para criar um eco-resort que pretende ser um modelo de última geração em termos de empreendimento turístico ambientalmente responsável. Os planos do empreendimento incluem construir uma série de acomodações flutuantes para hóspedes, 48 villas privadas (que variam de 5 a 15 milhões de dólares), equipamentos para saúde e bem estar, além de uma área de conservação. O projeto está sendo divulgado como um empreendimento que atende às ambiciosas normas de construção verde e padrões sustentáveis do Living Building Challenge e do WELL Building Standard®.
Muitos leitores da Revista Times ironicamente notaram na seção de comentários que os jatos privados, o envio de materiais de construção e os recursos diários para o desenvolvimento da ilha traz consigo altos custos ambientais e sociais que superam em muito os esforços de conservação associados ao resort. Por outro lado, alguns dos que comentaram na reportagem apontaram que o desenvolvimento vai empregar mão de obra local e salvar a ilha de completa degradação. A discussão em torno dos prós e contras do empreendimento de 'eco-turismo' não é algo novo, e certamente não é algo que será facilmente resolvido.
Mas além da (importante) discussão dos impactos do eco-turismo, o empreendimento levanta questões sobre o surgimento de um novo padrão de mercado alternativo de edifícios sustentáveis, que propositalmente objetivam transformar a indústria da construção, definindo metas mensuráveis para os efeitos ambientais e sociais dos locais que vivemos e trabalhamos.
E se uma usina de energia pudesse ser também uma casa, um escritório ou mesmo um parque? Esta é a questão por trás do projeto Cypher CO2ling Plant, uma proposta conceitual desenvolvida por Kawan Golmohamadi, Shilan Golmohamadi e Soad Moarefi. Usinas de energia são subprodutos inevitáveis da vida contemporânea, porém, se localizam geralmente em áreas remotas, distantes de onde a energia é, de fato, utilizada, devido à sua aparência e à poluição que geram. Cypher CO2ling Plan propõe um cenário alternativo em que estas infraestruturas são utilizadas para abrigar programa mistos, mitigando os aspectos menos desejáveis da produção de energia.
Seguindo nossa cobertura de Espaços de Paz 2015 na Venezuela, refletimos em torno da crise da figura do arquiteto que trabalha em abstrato ao território e seus problemas, e o fortalecimento de uma arquitetura coletiva, honesta e eficiente, que não só beneficia as comunidades afetadas mas que, indiretamente, vem 'regenerando' a maneira com que exercemos nossa profissão.
Em tempos de crise, a necessidade de avançar nos obriga a movermos. Ainda que as problemáticas latinoamericanas estimulam a geração de instâncias que permitam melhorar a qualidade de vida dos bairros mais vulneráveis. Os arquitetos -que são abundantes na região- vêem-se pressionados a ampliar seu campo de ação e a buscar novos espaços férteis para exercer. Esse encontro de forças não só traduz-se em um aporte real a uma determinada comunidade, mas revela sutilmente uma mudança na maneira que enfrentamos o exercício de fazer arquitetura.
Frente a um encargo de alta complexidade que deve responder a pessoas com necessidades urgentes e recursos limitados, o arquiteto latinoamericano vê-se obrigado a trabalhar baseado na eficiência e no trabalho em equipe, resgatando suas virtudes essenciais para pô-las a serviço do ser humano. Virtudes que são básicas para demonstrar que nosso trabalho é fundamental, e não somente nas zonas esquecidas da cidade.
Por que o arquiteto na América Latina parece estar voltando às origens?
O arquiteto e planejador urbano, Jeff Speck, dedica-se a elaborar propostas que têm um objetivo em comum: fazer das cidades lugares mais sustentáveis.
A partir desse enfoque, a maioria de suas ideias convergem na necessidade de que as cidades devem primar pela mobilidade sustentável, tal como aborda em seu livro “Walkable Cities”, em que, dentre outros temas, apresenta oito técnicas para que as cidades sejam mais transitáveis.
Dessa maneira, busca evitar a expansão urbana e mudar a mentalidade, passando de uma cultura centrada nos automóveis a uma que privilegie as caminhadas e o uso da bicicleta como meio de transporte. Seguindo essa ideia, produziu uma série de quatro vídeos onde mostra como pode-se redesenhar as ruas para dar mais espaço aos ciclistas.
A seguir mostramos cada uma das quatro propostas em vídeos.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou na última quarta-feira a aprovação de uma medida que prevê a abertura da Champs Elysées, um dos principais bulevares parisienses, um domingo de cada mês. A estratégia faz parte de uma série de medidas que a cidade vem tomando para se tornar mais receptiva para aqueles que se deslocam à pé ou em veículos não motorizados.
Paris vem se destacando globalmente como uma das capitais que mais investem em estratégias do tipo, tendo aprovado medidas que prevêem a diminuição da frota de automóveis em circulação e a proibição de veículos à diesel até o ano de 2020. Ano passado a capital francesa apresentou um nível de partículas finas (PM10) por metro cúbico de ar acima do limite aceitável – que é de 50 microgramas –, fato que deu ainda mais impulso às iniciativas voltadas para a peatonização e à criação de áreas verdes,
Os esforços das autoridades britânicas para fazer das cidades locais mais sustentáveis levaram o governo a lançar em 2013 um plano de subsídio para a compra de automóveis elétricos. Desde sua implementação, o resultado econômico tem sido positivo e apenas durante o primeiro semestre de 2015 foram vendidos mais de 14 mil veículos, 350% a mais que no mesmo período de 2014.
Reflexo disso, o Ministério de Transportes anunciou recentemente que continuará estudando novas tecnologias para criar uma infraestrutura de transporte menos poluente. Neste sentido, uma das iniciativas é a possibilidade de construir uma rodovia que permita recarregar os veículos elétricos enquanto estes estão trafegando.
No marco da conferência sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas (COP21), em Paris, Tomás Saraceno apresentou sua instalação escultórica: "Aerocene - Em todo o mundo para mudar o mundo", no Grand Palais e no Palais de Tóquio. O projeto conta com uma série de esculturas cheias de ar que flutuam sem queimar combustíveis fósseis, nem usar motores, painéis solares ou baterias.
O designer holandês Daan Roosegaarde do Studio Roosegaarde, em colaboração com Environmental Nano Studios e o professor Bob Ursem, criou o maior aspirador de poluição atmosférica do mundo em Roterdã, Países Baixos.
Apelidado de Smog Free Tower, o aspirador de 7 metros de altura age como um filtro que usa uma "tecnologia livre de íons de ozônio" patenteada para purificar 30 mil metros cúbicos de ar por hora usando pouquíssima energia elétrica e eólica.
Além de serem sinais de sofisticação e consciência ambiental, atualmente telhados verdes e jardins verticais são alvos de políticas públicas e subsídios nas grandes cidades globais. É o caso em São Paulo, Nova York e Paris, onde já há lei que obriga os prédios comerciais a instalarem essas estruturas, além de placas solares, como parte do esforço para uma transição energética sustentável. As vantagens nisso são mais que estéticas e vão desde a mitigação da poluição atmosférica até a redução do consumo de energia com ar condicionado por conta do resfriamento natural das edificações. Um telhado verde, por exemplo, pode diminuir a temperatura interna de um projeto em até 30%.
O futuro em certa medida é otimista e a tendência é que a natureza seja cada vez mais incorporada ou introduzida nas skylines. Mas o que está sendo desenvolvido hoje na vanguarda da arquitetura e da engenharia civil é ainda mais promissor. Grupos multidisciplinares de pesquisa na Espanha e na Inglaterra estão numa corrida para lançar materiais de construção biorreceptivos, que, graças à sua composição física, são capazes de receber e estimular o crescimento de musgos, microalgas e fungos liquenizados em seus interiores, tornando qualquer estrutura em um jardim vertical.
https://www.archdaily.com.br/br/779408/todas-as-paredes-podem-ser-vivas-com-o-concreto-verdeJulio Lamas / Conexão Planeta
Estão abertas as inscrições para o CONEFEC- 1° Congresso Nacional de Eficiência em Edifícios. O Congresso foi criado pela crença de que podemos desafiar o pessimismo atual e transformar o mercado da construção civil com práticas mais eficientes, viáveis, sustentáveis e inovadoras.
Em colaboração com diversos departamentos da prefeitura da capital espanhola, a companhia Arup lançou a “Madrid + Natural”, uma série de diretrizes que abordam o problema mundial da mudança climática através de diversas soluções locais, na esperança de que "os edifícios, infraestruturas e espaços abertos da cidade sejam mais respeitosos com o meio ambiente", comentou a empresa.
Este relatório oferece várias soluções que tomam a natureza como fonte para regular o entorno urbano de Madri e responder alguns problemas como a contaminação, o aumento das chuvas, as temperaturas elevadas e a progressiva perda da biodiversidade local.
Algumas cidades da Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, China e Filipinas colocaram em prática uma estratégia simples, porém eficaz, para purificar a água de seus canais: ilhas flutuantes artificiais construídas para melhorar a qualidade de água e também regenerar o habitat natural e enriquecer a fauna e flora local.
Os idealizadores da proposta são os escoceses Galen Fulford, Michael Shaw e Lisa Shaw, que fundaram em 2008 a companhia Biomatrix Water alguns anos após desenvolverem o projeto Ecovillage International que tinha como objetivo garantir o acesso à água potável em países do hemisfério sul.
Melhorar o ar que se respira e diminuir o consumo de energia são apenas alguns benefícios dos telhados verdes, que começaram a ganhar espaço em diversos países como meio de cultivo e, posteriormente, alternativa para moradores que não possuem muito espaço nas grandes cidades.
Recentemente, Copenhague aprovou a implementação de uma lei relacionada aos telhados verdes. A capital dinamarquesa segue o exemplo da primeira cidade no mundo a abordar o tópico -Toronto, no Canadá - onde se adotou uma lei similar que resultou em 1,2 milhão de metros quadrados de área verde em diferentes tipos de construções e uma economia de energia de mais de 1,5 milhão de kWh por ano para os proprietários dessas edificações.
Será construído em Florianópolis o protótipo do primeiro ponto de ônibus equipado com painéis fotovoltaicos e cobertura verde do Brasil. Desenvolvida pelo Núcleo de Paisagismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), a proposta, que terá sua primeira (e por enquanto única) unidade instalada no dia 8 deste mês, mescla dispositivos de geração de energia limpa, coleta de água pluvial, vegetação e inclusive tomadas para que os usuários do transporte público possam recarregar seus celulares.
A estrutura de aço também o torna totalmente reciclável. O forro da cobertura e os bancos são feitos com chapas de madeira plástica, produzidas a partir da reciclagem de materiais plásticos no Presídio Agrícola de Palhoça, município da Grande Florianópolis. O ponto de ônibus também destina um espaço exclusivo para facilitar a acessibilidade dos cadeirantes. Ainda estão previstas a instalação de um bicicletário e de um painel para fornecer informações das linhas de ônibus que passam pela parada.