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Arquitetos: Architectare
- Área: 31 m²
Tiny House: O mais recente de arquitetura e notícia
Recanto do escritor / Architectare
"Tiny Houses": o que significa reduzir o sonho da casa própria
O sonho de construir uma casa em um jardim com cerquinha branca parece não ser mais tão apelativo quanto outrora. Entre crises econômicas e habitacionais, o sonho da casa própria está cada dia mais distante do alcance do cidadão comum de classe média, uma retração global que resultou consequentemente em um acanhamento do próprio espaço habitável. Neste contexto, o movimento 'Tiny Houses' vem ganhando força no cenário internacional. Mas esta apologia ao espaço mínimo tem feito arquitetos e autoridades do mundo todo levantarem uma série de questões, perguntando se estas 'micro-arquiteturas' seriam capazes de resolver as questões mais urgentes em relação ao acesso à propriedade ou se servem apenas para glorificar e mercantilizar condições precárias de moradia.
Ryterna modul Architectural Challenge divulga os 4 melhores projetos para casas pequenas de 2018
O produtor europeu de conteneirs e edifícios Ryterna modul anunciou os vencedores da sua quarta competição internacional: Architectural Challenge 2018 Tiny House. O concurso buscava o projeto de uma casa para duas pessoas, não maior que 25 metros quadrados, que integrasse uma cozinha, banheiro, sala de estar e área de dormir em um ambiente coeso. Com 150 projetos de 88 países, as três soluções vencedoras e uma menção honrosa transformam a micro residência em um luxo.
Veja todas as propostas vencedoras abaixo.
Pavilhão de l'Esprit Nouveau de Le Corbusier é eleito um dos 20 projetos mais significativos do mundo moderno
Stephen Bayley, idealizador do Museu de Design de Londres e colunista da CNN, elencou o Pavillon de l’Esprit Nouveau de Le Corbusier como um dos "20 projetos mais representativos do mundo moderno". Antes de apresentar os projetos escolhidos, Bayley apresenta uma breve história além de distintas definições de arquitetura; culminando com a conclusão de que projetos dão significado à nossa vida. Bayley escreve: "Le Corbusier declarou que projeto é a "inteligência visível". Isso certamente é verdade, mas a inteligência pode assumir muitas formas ... "[1]
5 coisas que a arquitetura pode aprender com o movimento "Tiny House"
Com o crescimento incerto da economia global, algumas pessoas estão investindo na criatividade para melhor ocupar seus reduzidos espaços residenciais. O movimento Tiny House tem recebido adeptos de todas as partes do mundo, incentivando a construção de casas com menos de 14 metros quadrados de área útil. Lares para moradores de todas as idades, estas pequenas casas evoluíram para muito além dos estacionamentos de trailers de décadas atrás e estão se tornando uma solução muito popular para enfrentar a crise econômica, acarretando em mudanças para todo o campo da arquitetura.
Cada vez mais respeitadas - e populares, em face das desvantagens de outras tipologias - observamos algumas lições que, além de fundamentais para o movimento tiny house, são aplicáveis em toda a arquitetura. Saiba mais a seguir.
Estudantes projetam micro-habitações do tamanho de uma vaga de estacionamento
Uma equipe de estudantes da Escola de Construção SCAD assumiu o desafio de desenvolver um protótipo de habitação mínima que utiliza apenas o espaço de uma vaga de estacionamento. Essas micro-casas têm todas as comodidades básicas de uma habitação tradicional (banheiro, cozinha, quarto, sala) contidas dentro das dimensões de uma vaga de 5m de comprimento por 2,5m de largura.
As unidades serão construídas na sede da escola em Atlanta e outros estudantes poderão se candidatar para morar nelas durante algumas semanas, devendo documentar a experiência através da hashtag #tinydetails nas redes sociais.
Assista, a seguir, a um vídeo que mostra o processo de pesquisa e projeto das micro-casas:
Movimento “Tiny House”: É mais sustentável viver em menor escala?
Tiny House é um movimento social que promove a redução do espaço construído onde vivemos. A superfície média de uma casa nos Estados Unidos - segundo o movimento - é de aproximadamente 240 m², enquanto que a ideias destas "casas diminutas" é atingir no máximo 50 m². Propõe-se uma grande flexibilidade no modo de vida, sempre concentrado em espaços menores e, consequentemente, em uma vida mais simples e aberta para o espaço público.
Quanto maior é uma casa, mais cara ela é em termos construtivos, legais, de conforto, manutenção e reparos. Por isso, uma grande quantidade de pessoas se juntaram a esta ideologia, já que, além de gastar muito menos, reduzem sua pegada ecológica e têm mais liberdade para se deslocar e mudar de cidade.
Faz sentido que cada família - segundo o número integrantes e suas necessidades - viva em um espaço de dimensões apropriadas e justas, porém, este ideal arquitetônico parece se aplicar apenas quando se pensa em habitações sociais ou abrigos temporários para emergências.
Seria esta uma alternativa para se viver de de maneira sustentável? Estamos dispostos a mudar nosso estilo de vida (e nossas aspirações...) em favor destes benefícios?