A start-up britânica The Photon Project anunciou planos de lançar o Photon Space, a primeira unidade habitacional inteligente feita inteiramente de vidro. Motivada pelos enormes benefícios que a luz natural traz para nosso bem estar, comportamento de sono e saúde em geral, o objetivo de Photon Space é criar uma moradia que permite a máxima conexão entre seus habitantes e o mundo exterior.
Vista como um anexo ideal para hotéis, spas, centros médicos e outros resorts, a pele do Photon Space é feita de vidro estruturado por vigas curvas também de vidro, e pode passar de transparente para opaca em questão de segundos através de um aplicativo para iPhone.
Richard Kelly iluminou alguns dos edifícios mais icônicos do século XX: a Casa de Vidro, o Edifício Seagram e o Museu de Arte Kimbell, para citar alguns. Sua estratégia de projeto foi surpreendentemente simples, mas extremamente bem sucedida.
Iluminação para a arquitetura tem sido, e muitas vezes ainda é, dominada por um ponto de vista de engenharia, com a determinação dos níveis de iluminância suficientes para um ambiente de trabalho seguro e eficiente. Com experiência em iluminação de palco, Kelly apresentou uma perspectiva cenográfica para a iluminação arquitetônica. Seu ponto de vista pode parecer auto-evidente para a comunidade arquitetônica de hoje, mas foi revolucionário para o seu tempo e influenciou fortemente a arquitetura moderna.
O acesso ao edifício é delimitado pelos muros da garagem a quarenta e cinco graus em relação à fachada principal. Sobre eles uma abóboda rebaixada, aberta em ambas as frentes. Esta é a entrada da casa: o retângulo do portão da garagem e sobre ele o arco da abóbada. Entra-se por um portãozinho de ferro entre muretas de alvenaria pintadas de branco que leva a um caminho descoberto rente à garagem. Logo chega-se a um átrio coberto por uma laje plana.
Construído no topo da montanha mais alta da Europa, Aiguille du Midi, um cubo de cristal oferece as vistas mais incríveis e emocionantes dos alpes franceses. Os visitantes podem caminhar sobre sua superfície transparente e viver a experiência de flutuar sobre a cordilheira a 3.842 metros de altura. O mirante, conhecido como "Into The Void" (No Vazio), foi projetado por Pierre-Yves Chays e abriu suas portas para visitação há algumas semanas.
Mais imagens e um vídeo do conceito do projeto, a seguir.
Localizada nos arredores de Almaty, a maior cidade do Cazaquistão (e até 1997 sua capital), o projeto "Tree in the House" (Árvore na casa) foi concebido por A.Masow Design Studio para duas pessoas em um terreno privado. O projeto se resume a um cilindro de vidro com quatro pavimentos e uma escada em caracol. A casa inclui uma árvore em seu centro, abdicando de sua intimidade em favor de uma experiência de vida única.
Este é o último Clássico da Arquitetura de 2013. O ano termina, então, com uma obra de Joaquim Guedes: a Residência Waldo Perseu Pereira, sobre a qual não escreverei por dois motivos:
A Apple garantiu a patente do cilindro de vidro que conforma a entrada de sua loja em Xangai. Após registrar o projeto e layout de suas lojas em janeiro deste ano, esta é mais uma vitória da Apple para garantir os direitos autorais de sua imagem.
O New York Times publicou o filme "A Short History of the Highrise" (Uma Breve História da Verticalização) - um documentário interativo que explora 2500 anos de história mundial ligada à verticalização das habitações e algumas questões quanto a igualdade social em um mundo cada vez mais urbano. Organizado em quatro pequenos filmes - "Mud" (Barro), "Concrete" (Concreto), "Glass" (Vidro) e "Home" (Casa) - os espectadores podem se aprofundar em cada tema e explorar documentos extras enquanto assistem ao filme. Confira o documentário aqui.
Dois edifícios interceptam-se perpendicularmente: uma barra horizontal de cento e cinco metros de comprimento por vinte e seis metros de largura e doze metros de altura, e uma lâmina vertical de setenta e oito metros de altura, setenta e três metros e cinquenta centímetros de comprimento, e vinte um metros de largura. Ambos edifícios apresentam áreas abertas em pilotis que separam as áreas fechadas do pavimento térreo. Configura-se um T formado por volumes fechados nas três pontas e no ponto de cruzamento separados pelas áreas abertas e fluidas dos pilotis.
Por Sílvia Leão, professora doutora do Departamento de Arquitetura da UFRGS.
Em 1951, o arquiteto carioca Sérgio Bernardes, então com apenas 32 anos de idade, projeta uma residência que se destaca por sua singularidade no panorama arquitetônico brasileiro. Em estrutura e telhas metálicas, muito leves, era vedada por pedra bruta, vidro e tijolo. A cobertura original era em sapê, resultando numa mistura de materiais inusitada para a modernidade arquitetônica da época.
Um elemento destoa da solidez da fachada da frente, uma caixa de vidro no lado direito abriga a escada em balanço com vista voltada para o norte do terreno, configurando-se como um momento de transição entre o térreo e área de estar elevada. A sala de estar com pé-direito duplo se abre ao terreno através do pano de vidro da fachada oeste.
Dois cilindros interseccionados abrigam uma residência e um estúdio de arquitetura. O primeiro, ligeiramente mais baixo que o outro, recebe a fachada de entrada: um grande pano de vidro que corta o volume cilíndrico. O segundo, posterior ao primeiro, cria a fachada emblemática da casa: uma composição de janelas hexagonais na parede curva de tijolos.