À medida que nos aproximamos do final de 2023, um ano repleto de acontecimentos que poderia ser definido como o ano das "mudanças", analisamos como eventos e tendências globais impactaram o design de espaços internos. Olhando para trás, as pessoas questionaram tudo, e a prática arquitetônica não foi exceção. Uma nova voz foi dada a nações frequentemente esquecidas, enquanto os arquitetos buscavam maneiras alternativas de projetar e construir. Questionamos o colonialismo, a cultura do consumo, o desperdício, a tradição e autenticidade, trazendo novas perspectivas dentro da disciplina. No entanto, o design de interiores em 2023 foi reservado; exploratório, mas muito mais modesto e sutil em comparação com os anos anteriores. Após anos de mudanças constantes, parece que as pessoas sentiram a necessidade de pausar, desacelerar e abraçar a simplicidade, expressando sua individualidade por meio de intervenções pontuais.
Nascido no período pós-guerra no Reino Unido, o movimento brutalista inicialmente foi recebido com ceticismo, mas posteriormente cativou a imaginação de novos designers fascinados pela interação entre formas geométricas impactantes e os materiais brutos expostos com os quais são concebidos. Este artigo se aprofunda nas particularidades que definem a contribuição da Itália para o movimento brutalista, explorando o estilo pelas lentes de Roberto Conte e Stefano Perego. Os dois fotógrafos também publicaram um ensaio sobre o tema no livro intitulado "Brutalist Italy: Concrete Architecture from the Alps to the Mediterranean Sea".
O século XX marcou uma mudança definitiva no campo da arquitetura, à medida que o movimento modernista rompeu com os estilos tradicionais de construção e encorajou a experimentação e inovação. Com a ajuda de novos materiais e tecnologias, essa época representa um momento crucial na história da arquitetura, já que tanto as cidades quanto as técnicas de construção evoluíram em um ritmo sem precedentes. No entanto, muitas estruturas – que até hoje permanecem como testemunho – estão perto de completar cem anos de idade. O design austero dessas estruturas nem sempre são acolhidas pelo público, enquanto os princípios funcionalistas muitas vezes dificultam a adaptabilidade dos seus espaços interiores. Considerando que muitas vezes ocupam posições centrais dentro da cidade, há uma pressão crescente para demolir essas estruturas e reconstruir essas áreas completamente.
Em termos de desenvolvimento urbano, a escolha entre demolição e reutilização adaptativa tem implicações de longo alcance. Dos debates em torno da importância cultural e histórica da estrutura, ao impacto ambiental do processo de demolição e reconstrução em comparação com o custo de preservação e adaptação, a questão das demolições tem levado a comunidade arquitetônica a se unir e pedir por estratégias mais responsáveis na esperança de redescobrir o valor das estruturas existentes. Este artigo reúne algumas histórias de edifícios ameaçados de demolição e os processos que levaram ao seu resgate.
O século XX viu um período de experimentação e inovação em um ritmo sem precedentes, um rumo que também marcou as expressões e arquitetura da época. Paris, como um dos principais centros europeus de expressão artística e cultural, também foi o epicentro para a formação de novos estilos arquitetônicos, desde a revolução da arquitetura moderna de Le Corbusier até as expressões do estilo High-Tech, como visto no design do Centre Pompidou de Renzo Piano e Richard Rogers. A transformação social encontrou sua expressão através de instituições públicas ou conjuntos residenciais brutalistas, como os projetados por Renée Gailhoustet e Jean Renaudie em Irvy-Sur-Seine, enquanto movimentos políticos atraíam arquitetos de todo o mundo, incluindo Oscar Niemeyer, que projetou seu primeiro edifício europeu na capital francesa.
Os antigos laboratórios da Charité em Lichterfelde, Alemanha, também conhecidos como edifício Mäusebunker, foram incluídos na lista de patrimôinio de Berlim, salvando-os da ameaça de demolição, prevista desde 2010. A estrutura brutalista foi projetada pelos arquitetos Gerd e Magdalena Hänska e construída a partir de 1971, e entrou em operação em 1982. Embora sua imagem forte, combinada com sua função de laboratório para testes em animais, tenha resultado no desgosto do público em geral, o edifício brutalista lentamente ganhou aceitação e até mesmo um status de cult entre os fãs do brutalismo.
A icônica Unité d'Habitation, a primeira da nova série de projetos de habitação de Le Corbusier que enfatizava a vida em comunidade para todos os habitantes, foi concluída em 1952. Para o seu 70º aniversário, o fotógrafo Paul Clemence compartilhou conosco uma série de fotos exclusivas do edifício tal como se encontra atualmente.
Brutalist Paris de Nigel Green e Robin Wilson é um livro que expande o trabalho anterior da dupla, o Brutalist Paris Map (2017). A crítica perspicaz do texto e a fotografia aguçada fornecem um exame detalhado do significado histórico, político e cultural do brutalismo, com ênfase em seu design comunitário inovador. Através de uma análise meticulosa dos espaços públicos dos edifícios selecionados, incluindo sua orientação, materiais e fachadas, Green e Wilson revisitam o legado do movimento e sua contribuição para o campo da arquitetura.
Movimento arquitetônico que surgiu na década de 1950, o brutalismo se difundiu nas décadas seguintes em diversos continentes. Nesta conversa, o Arquicast busca conectar, para além dos aspectos da historiografia, o legado dessa forma de produção de espacialidades e de edifícios icônicos.
Toyohito Ikeda, governador de Takamatsu, no Japão, decretou a demolição do famoso Ginásio Kagawa, projetado por Kenzo Tange. Construída entre 1961 e 1964, a estrutura é um marco modernista do pós-guerra no Japão. A notícia desencadeou a criação de uma petição em um esforço para salvar o monumento.
Ora escultural e expressivo, ora monolítico e monótono, o estilo arquitetônico brutalista é igualmente diverso e polêmico. Desde suas origens como subproduto do movimento modernista na década de 1950 até hoje, os edifícios brutalistas continuam sendo um ponto de discussão popular no debate arquitetônico. Uma possível explicação para isso é que estes edifícios brutalistas geralmente são muito fotogênicos; suas texturas e sombras dramáticas criam imagens apelativas.
No dia 24 de outubro, segunda-feira, às 19h, acontece o lançamento do livro « Arquitetura de CARPE » do arquiteto Geraldo Angelo Silva, que apresenta, neste livro, um rico material inédito sobre a historia da CARPE.
A CARPE, Comissão de Construção, Ampliação, Reparo e Conservação dos Prédios Escolares, foi a instituição pública que mais projetou e construiu escolas em Minas Gerais — foram mais de três mil obras construídas. O resultado foi a mais bem-sucedida e duradoura experiência brasileira com racionalização de projetos arquitetônicos e padronização construtiva para edifícios escolares. Este livro revela sua história, desde sua criação em 1958
Elizabeth Tower (também conhecida como "Big Ben"). Imagem cortesia de Flickr user Eric Huybrechts
Em 2022, Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II, tornou-se a primeira monarca britânica a celebrar o Jubileu de Platina, marcando 70 anos desde sua ascensão ao trono. Durante sua coroação, a primeira cerimônia desse tipo a ser televisionada, jornais e emissoras de TV falaram sobre uma “Nova Era Elizabetana” que ressuscitaria a Grã-Bretanha da escuridão do pós-guerra. Agora, sete décadas depois, as comemorações deste aniversário sem precedentes são uma oportunidade para as pessoas se reunirem para homenagear a rainha e refletir sobre seu legado em termos de cultura, tecnologia e arquitetura.
Quando as cidades crescem, com suas populações em expansão, a habitação torna-se um componente essencial do caráter urbano das metrópoles. Experimentos habitacionais têm sido espalhados por governos em todo o mundo, com diferentes resultados e, sem dúvida, opiniões divergentes. Os conjuntos habitacionais da era soviética da Europa central e oriental são particularmente interessantes a esse respeito.Esses projetos de habitação em massa foram descartados e vistos como gigantes monstruosidades. O legado deles é mais complicado do que isso.
The Senate Building, Coruscant . Image via Star Wars, Revenge of the Sith / George Lucas
Descrever visualizações arquitetônicas do futuro não é uma tarefa fácil, por isso faz muito sentido que os designers usem aspectos de nossa arquitetura existente como base para estes mundos fictícios. Apesar dos avanços recentes em termos de tecnologias de animação e CGI, ainda há uso substancial da arquitetura existente para fornecer elementos estruturais palpáveis ao filme.
Em termos de reciclagem de estética arquitetônica, elementos do passado e do futuro são frequentemente integrados para criar um estilo hibridizado, uma amálgama de temas retrô, distópicos, modernistas e futuristas. Desde o ressurgimento de antigas pirâmides e templos, até panoramas que lembram a cidade de Nova York, o visual varia de acordo com as diferentes noções de como será nosso futuro.
Há séculos e séculos, nós construímos — e nossa diversidade no ambiente construído global é prova disso. As muitas culturas diferentes por todo o planeta já construíram de muitas maneiras diferentes ao longo da história, adaptando materiais encontrados localmente às suas estruturas. Hoje, em nosso presente globalizado, os materiais de construção são transportados por todo o globo, longe de suas origens, uma situação que significa que dois edifícios em lados completamente opostos do planeta podem ser mais ou menos similares.
O termo "arquiteto" pode ser aberto à interpretações tal como "artista". No entanto, a definição universalmente reconhecida do papel é considerada como aquele que projeta e planeja edifícios, um membro fundamental em termos de construção de edificações. A arquitetura como profissão, no entanto, apresenta-se como uma ocupação muito diversificada. Como uma arte e ciência em todos os sentidos, oferece aportes sobre uma vasta gama de assuntos que podem ser aplicados a uma variedade de empreendimentos diferentes.
Muitas vezes aos estudantes de arquitetura são oferecidos caminhos tão rígidos, limitados por essas ideias míopes de que um arquiteto deve seguir uma direção específica para florescer no campo. Quando na verdade é interessante notar as vastas oportunidades que surgem quando se dá a oportunidade de diversificar. Aqui estão os arquitetos que se ramificaram e se tornaram designers de moda de sucesso…
Os edifícios ao redor do mundo estão ficando mais altos. Desde o ano 2000, a construção global de arranha-céus aumentou em 402%. Cidades como Dubai abrigam quase 1000 arranha-céus, e o vibrante mercado imobiliário de luxo de Nova York não mostrou sinais de desaceleração, com mais adições de arranha-céus a serem acrescentadas à sua já imponente linha do horizonte. Isto é bom — os arranha-céus criam um espaço muito necessário em cidades já densas e podem reduzir a expansão urbana nos centros das cidades, permitindo uma melhor preservação das áreas naturais.