Na última quarta-feira, 20 de Março, aconteceu a primeira audiência pública para a discussão do funcionamento do metrô da cidade de São Paulo durante 24 horas. A companhia responsável pela manutenção do sistema de transporte, afirmou que é inviável que está mudança aconteça a curto prazo.
O evento organizado pelos deputados Leci Brandão e Luiz Cláudio Marcolino, procurou discutir publica e abertamente a viabilidade do funcionamento do metrô durante 24 horas, expondo os principais serviços que são realizados durante a madrugada, como a inspeção dos trilhos.
Posto isto, o presidente da companhia de manutenção do metrô de São Paulo, Milton Gioia, afirmou que este sistema de transporte foi concebido para um funcionamento durante todo o dia, mas que precisa deste intervalo que acontece de madrugada para a inspeção de sua infraestrutura. Argumentou ainda que esta medida de segurança é extremamente necessária e que evita acidentes como o descarrilhamento de um trem caso exista algum trilho trincado. Porém, há alternativas.
No caso do famoso metrô de Nova York para que seja possível seu funcionamento durante 24 horas, existem linhas paralelas que fazem o mesmo percurso, possibilitando assim que os trens corram sobre trilhos alternados para que se faça a inspeção necessária.
Após a assembleia, o Metrô de São Paulo foi consultado para que propusesse uma solução ao funcionamento contínuo do transporte. Em nota, a companhia explica que este sistema foi criado como um meio de transporte de alta capacidade, voltado para grandes demandas que, de fato, é de certa forma realizado pelo metrô de São Paulo. Além disso, a companhia afirmou que as baixas demandas, referindo-se ao público da madrugada, são atendidas por sistemas como os ônibus, os quais são facilmente adaptáveis e exigem relativamente pouco esforço para sua instalação.
De fato, caso isso se torne realidade, o metrô 24h em São Paulo ainda levará um bom tempo para ser implementado. O mais interessante e importante no momento, para o deputado Luiz Cláudio Marcolino, é que os sistemas de transporte público da cidade sejam integrados e, desta forma, o problema possa ser resolvido aos poucos.
Via Folha de S.Paulo.