Convidamos você a participar do Prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano 2025. Em sua nona edição, atribuímos aos nossos leitores a responsabilidade de reconhecer e premiar os projetos que causaram o maior impacto na profissão. Ao votar nos projetos, você passa a fazer parte de uma rede imparcial de jurados reconhecendo os projetos mais relevantes do último ano construídos em países de língua portuguesa. Faltam apenas alguns dias para encerrar a etapa de nomeação que selecionará os 15 finalistas do Prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano 2025.
Os usuários registrados podem votar em seu projeto favorito uma vez por dia. A etapa de nomeação encerra no dia 1 de abril às 23h59 (horário de Brasília GMT-3).
https://www.archdaily.com.br/br/1028301/ultimos-dias-para-eleger-os-finalistas-do-premio-archdaily-brasil-obra-do-ano-2025ArchDaily Team
A 9ª edição do Prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano chegou e novamente precisamos da sua ajuda para selecionar os melhores projetos de arquitetura do ano. Ao votar, você passa a fazer parte de uma rede imparcial de jurados reconhecendo os projetos mais relevantes publicados no ano passado.
Nas próximas três semanas, a inteligência coletiva de nossos leitores filtrará centenas de projetos de países lusófonos — Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Guiné Equatorial, Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe —publicados em 2024, selecionando as melhores obras construídas em território de língua portuguesa.
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Rebirth Brick. Image Courtesy of Jiakun Architects
O mundo observa o desenvolvimento da China com uma mistura de admiração, curiosidade e apreensão. De gigantescas obras de infraestrutura, como hidrelétricas e uma moderna rede ferroviária de alta velocidade, ao surgimento de cidades inteiras praticamente do zero, o país evidencia um ambicioso projeto de crescimento e uma impressionante capacidade de execução. No entanto, esse avanço também traz desafios e contrastes marcantes. Se, por um lado, a modernidade se impõe em arranha-céus futuristas e tecnologias de ponta, por outro, permanece a necessidade de preservar a rica herança cultural e histórica do país, refletida em templos ancestrais, palácios imperiais e cidades tradicionais.
O rápido crescimento urbano também trouxe problemas como superlotação, poluição ambiental, aumento da desigualdade social e perda de terras agrícolas. A urbanização em larga escala levou ao desaparecimento de aldeias tradicionais, à degradação ambiental e à homogeneização da arquitetura e do estilo de vida em muitas cidades chinesas. É nesse cenário que Liu Jiakun, laureado com o Prêmio Pritzker de 2025, se destaca por uma uma arquitetura de gestos sutis, mas profundamente transformadora, que responde a estes e outros desafios da sociedade chinesa enquanto valoriza materiais e técnicas tradicionais, bem como a criação de espaços comunitários.
Na arquitetura moderna, a promenade architecturale destacou-se como uma estratégia projetual essencial para concretizar os princípios de funcionalidade, estética e integração ao contexto urbano. Projetos icônicos de Le Corbusier, como a Villa Savoye (1929), ilustram esse conceito ao guiar o visitante por um percurso ascendente que culmina na contemplação do terraço-jardim, um espaço aberto onde a edificação dialoga harmoniosamente com a natureza. Passados cem anos, o conceito continua influenciando projetos contemporâneos, explorando a relação entre movimento e espaço em diferentes tipologias arquitetônicas como casas, museus, bibliotecas e parques.
Se você ainda não viu "O Brutalista" e pretende ver, recomendo que não prossiga a leitura deste texto e o guarde para depois da sessão. Há spoilers em muitas linhas subsequentes. Caso o leitor espere ler aqui uma crítica de cinema, peço desculpas antecipadamente porque irei frustrá-lo: isto aqui é uma crítica arquitetônica a partir de assuntos abordados na película.
A frase final do filme incita um interessante debate sobre o processo de projeto de arquitetura: "Não importa o que os outros tentem lhe vender, o que importa é o destino, não é a jornada." A frase foi dita por Zsófia, sobrinha do arquiteto ficcional László Tóth, protagonista de "O Brutalista", durante o epílogo que apresenta o seu reconhecimento internacional em uma cerimônia da primeira Bienal de Arquitetura de Veneza, de 1980, cujo título era a "A presença do passado".
No dia 18 de março, o SP Hall, em São Paulo, será palco da Zak World of Facades, um dos principais eventos internacionais dedicados a fachadas arquitetônicas. Pela primeira vez no Brasil, a conferência reunirá arquitetos, engenheiros, consultores de fachadas e incorporadores para compartilhar conhecimentos sobre as mais avançadas soluções para envoltórios prediais. Projetos inovadores que estão transformando o skyline da maior cidade do hemisfério serão analisados em apresentações individuais e painéis de discussão dinâmicos.
"Tem bala de coco e peteca Deixa a criança brincar Hoje é dia de festa A ibejada vem saravar." — Ponto de erês
As ruas vivem quando são dos erês e morrem quando são dos carros. Sonho com um projeto que pretendo colocar em prática quando o tempo permitir: escrever um manual com as regras fabulares da amarelinha, da carniça, do jogo de botão, do preguinho, do pique-bandeira, das cirandas cirandinhas, do lenço-atrás, do futebol em ladeiras, do queimado e das variantes da bola de gude. O título está pronto: "Ecologia Amorosa das Brincadeiras de Rua".
https://www.archdaily.com.br/br/1027295/a-cidade-e-as-criancasLuiz Antonio Simas
Interior da Igreja conventual de São Francisco de Assis, Salvador. Foto: Rodrigo Baeta
O que aconteceu na Igreja conventual de São Francisco de Assis em Salvador é mais um triste capítulo de um processo que aflige o patrimônio cultural brasileiro, intensificado nos últimos anos com os incêndios do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, da Cinemateca e do Museu da língua portuguesa em São Paulo. Assim, nesses últimos dias, tem-se debatido muito sobre quem teria a "culpa" do que se passou em Salvador, ou quem teria a "responsabilidade" de evitar esse desastre, que também levou a vida de uma jovem turista: se os administradores da Igreja, se o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), se os órgãos locais de cultura e patrimônio etc. Esse tema é difícil, e importante de se discutir, sim, a demandar investigações cuidadosas sobre as causas do sinistro. Mas o debate deve ser mais amplo, tendo sobretudo a finalidade de se pensar como é que poderemos evitar que eventos como esses aconteçam: maior investimento, maior valorização do patrimônio artístico e arquitetônico, protocolos mais rígidos e efetivos de segurança, conservação preventiva, educação patrimonial. Nos dias que se seguiram ao incidente em Salvador, inúmeros edifícios do período colonial foram interditados em lugares do país, sob a alegação de que também poderiam ruir. Nosso patrimônio pede atenção, em muitos casos com urgência.
A participação do Brasil na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia será marcada pela exposição (RE)INVENÇÃO, com curadoria dos arquitetos Luciana Saboia, Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo. A iniciativa, promovida pela Fundação Bienal de São Paulo em parceria com os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, propõe uma reflexão sobre as conexões entre natureza e cidade, explorando infraestruturas ancestrais e suas possíveis ressignificações no Brasil contemporâneo.
https://www.archdaily.com.br/br/1027085/pavilhao-do-brasil-na-bienal-de-veneza-explora-infraestruturas-ancestrais-e-projetos-contemporaneosArchDaily Team
O Distrito Federal de Brasília e a Casa da Arquitectura, em Portugal, firmaram um acordo para a partilha do acervo digital de Lucio Costa, urbanista responsável pelo Plano Piloto de Brasília. A assinatura ocorreu em 18 de fevereiro de 2025 no Palácio do Buriti, com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do diretor-executivo da Casa da Arquitectura, Nuno Sampaio, e da ministra da Cultura de Portugal, Dalila Rodrigues.
https://www.archdaily.com.br/br/1027079/distrito-federal-e-casa-da-arquitectura-firmam-acordo-para-a-partilha-do-acervo-digital-de-lucio-costaArchDaily Team
No coração de Chiang Mai, uma cidade rica em história e cultura do norte da Tailândia, o Panyaden Hall, concluído em 2017, carrega uma história de inovação e tradição, contada por meio do bambu. Combinando a tradição tailandesa centenária de bambu com soluções estruturais modernas, o projeto reflete o ethos da Chiangmai Life Architects , uma empresa dedicada a elevar materiais naturais ao seu mais alto potencial. Neste artigo, exploraremos algumas das soluções estruturais contemporâneas aplicadas a este projeto icônico, revelando ainda mais o verdadeiro potencial do bambu e convidando a uma nova perspectiva sobre arquitetura sustentável e engenharia de estruturas de bambu.
Park Hill, um amplo complexo de habitação social em Sheffield, se destaca como um dos exemplos mais ambiciosos de arquitetura modernista na Grã-Bretanha do pós-guerra. Projetado em 1961 por Jack Lynn e Ivor Smith, seu conceito inovador de "ruas no céu" buscava combinar habitação de alta densidade com o espírito comunitário de bairros tradicionais. No final do século XX, o complexo enfrentava uma profunda negligência, marcada por problemas sociais e degradação estrutural que comprometeram tanto sua funcionalidade quanto sua reputação. Gradualmente, Park Hill tornou-se sinônimo de fracasso do modernismo, carregando um pesado estigma social e marginalizando seus moradores. A partir dos anos 2000, começaram esforços significativos para reverter essa narrativa por meio de um processo de revitalização em duas fases. Na primeira fase, liderada pela Urban Splash, em colaboração com os escritórios Hawkins\Brown e Studio Egret West, a abordagem focou na preservação e valorização dos elementos históricos do edifício, introduzindo intervenções modernas para criar um espaço habitável, funcional e atrativo. Essa etapa demonstrou o potencial da reutilização adaptativa em revitalizar comunidades e resgatar ícones arquitetônicos. A segunda fase da renovação, conduzida pelo escritório Mikhail Riches, buscou expandir esse trabalho inicial, introduzindo novos elementos que aprofundaram a conexão entre os espaços existentes e a vida contemporânea. Com uma abordagem que uniu sensibilidade histórica e inovação arquitetônica, Mikhail Riches deu continuidade ao processo de transformar Park Hill em um exemplo emblemático de como a arquitetura modernista pode ser adaptada às necessidades atuais sem perder sua identidade original.
Em 25 de janeiro de 2025, seis anos após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão em Minas Gerais, foi inaugurado o Memorial Brumadinho, projetado pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados (GPA&A). Erguido no próprio cenário da tragédia, o memorial foi desenvolvido em colaboração com os familiares das vítimas, com o objetivo de preservar memórias, acolher o luto e estimular a reflexão sobre a tragédia.
https://www.archdaily.com.br/br/1026378/memorial-brumadinho-de-gustavo-penna-transforma-local-da-tragedia-em-espaco-de-memoriaArchDaily Team
Em muitas culturas, o fogo é um elemento sagrado, utilizado em rituais de renascimento e renovação. Ele carrega uma simbologia dicotômica, sendo ao mesmo tempo criador e destruidor, capaz de iluminar caminhos ou consumir tudo à sua volta. Na mitologia grega, por exemplo, Prometeu roubou o fogo dos deuses e o entregou à humanidade, marcando-o como um símbolo de progresso, conhecimento e poder criativo. No entanto, o fogo também evoca destruição, como nos contos bíblicos de Sodoma e Gomorra, onde foi usado como punição divina. Essa dualidade ficou evidente também no incêndio da Catedral de Notre Dame, em 2019, que devastou sua estrutura histórica. O desastre evidenciou uma onda de solidariedade e impulsionou avanços tecnológicos, com esforços de restauração utilizando ferramentas digitais, como escaneamento a laser e modelos BIM (Building Information Modeling), para recriar detalhes intrincados e preservar o legado arquitetônico.
A sustentabilidade há anos ocupa um papel central nas discussões arquitetônicas, envolvendo não apenas a responsabilidade da arquitetura frente às mudanças climáticas e à transição para economias de baixo carbono, mas também o resgate de heranças culturais e a valorização das tradições vernaculares. Em 2024, destacaram-se projetos e estudos que exploram o uso inovador de materiais naturais, com especial atenção às iniciativas do Sul Global. Essas propostas aliam criatividade e tecnologia ao aproveitamento de recursos renováveis, demonstrando como é possível criar espaços de alta qualidade que atendem às demandas contemporâneas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
Fundado pela arquiteta senegalesa Nzinga Mboup e pelo arquiteto francês Nicolas Rondet, o Worofila é um estúdio dedicado à arquitetura bioclimática e ecológica. Com sede em Dakar, Senegal, o escritório explora o potencial de materiais vernaculares, como tijolos de terra e fibras vegetais, aplicando técnicas contemporâneas para criar soluções construtivas eficazes. Seu trabalho aborda questões fundamentais relacionadas ao meio ambiente, sustentabilidade e urbanização, unindo materiais tradicionais a práticas inventivas.
Nesta entrevista, Nzinga e Nicolas compartilham sua visão sobre uma modernidade africana distinta, que integra métodos contemporâneos com conhecimentos e recursos tradicionais. Eles defendem uma abordagem de desenvolvimento que não apenas atenda às necessidades imediatas, mas também empodere comunidades e promova um progresso significativo e duradouro. Suas ideias oferecem uma perspectiva instigante sobre como a arquitetura pode impulsionar um futuro mais sustentável e contextual para as cidades africanas.
A prototipagem é um elemento essencial em setores como o design automotivo e a tecnologia, onde o desenvolvimento iterativo possibilita testar, refinar e inovar. Trata-se de criar versões preliminares ou modelos iniciais para validar ideias e ajustar soluções antes da produção final de uma peça, sendo uma etapa crucial para identificar falhas, otimizar designs e reduzir riscos, economizando tempo e recursos na implementação definitiva. Na arquitetura, entretanto, a prototipagem segue como uma prática subutilizada. Embora a disciplina envolva projetos marcados por particularidades únicas — sejam programáticas, climáticas ou relacionadas à implantação —, sua aplicação poderia ser transformadora. A prototipagem permite que arquitetos experimentem materiais inovadores, validem técnicas construtivas e testem configurações espaciais de forma prática e mensurável. Com isso, não apenas reduz incertezas no processo criativo, mas também impulsiona soluções ousadas e eficientes, promovendo um equilíbrio mais robusto entre estética, funcionalidade e viabilidade.
Primeiro lugar. Image Cortesia de Cortesia da equipe
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM) anunciou os vencedores do Concurso de Ideias ATHIS - Prêmio Arquiteto e Urbanista Zezéu Ribeiro, que buscava promover projetos de assistência técnica em habitação de interesse social (ATHIS). A iniciativa tem como objetivo principal enfrentar os desafios habitacionais de comunidades vulneráveis no estado, através de soluções arquitetônicas acessíveis, inovadoras e socialmente responsáveis.
Os projetos vencedores destacaram-se por sua abordagem sensível e contextualizada às necessidades locais, incorporando princípios de sustentabilidade, participação comunitária e uso eficiente de recursos. Com foco em melhorias habitacionais, regularização fundiária e qualificação de espaços urbanos, as propostas alinham-se aos objetivos do programa ATHIS, instituído pela Lei Federal 11.888/2008, que assegura assistência técnica gratuita a famílias de baixa renda.
https://www.archdaily.com.br/br/1025188/conheca-os-vencedores-do-concurso-de-athis-promovido-pelo-cau-amArchDaily Team
A busca por reflexões sobre a cidade contemporânea invariavelmente esbarra nas limitações colocadas pelos métodos do Movimento Moderno. As ciências clássicas e seus métodos deterministas, que orientaram — e ainda orientam — o urbanismo desse tempo, descrevem os fenômenos do mundo por meio de relações fortes de causalidade e, consequentemente, os define em leis universais redutoras, que excluem contradições e incertezas. O resultado frequente dessas perspectivas é um mundo idealizado e mecanicista, que nega as complexidades da natureza real de fenômenos, como por exemplo, as cidades.
https://www.archdaily.com.br/br/1025187/a-ilusao-do-controle-na-cidade-contemporaneaPedro H. N. V. Santos
Ao longo do ano, a equipe de curadoria do ArchDaily se dedica em abastecer e expandir nossa biblioteca de projetos. Distribuídas por todo o mundo, cada curadora analisa cuidadosamente os melhores projetos provenientes de suas respectivas regiões, em um esforço para alcançar uma representação diversificada das mais inspiradoras e inovadoras obras construídas. A equipe está sempre buscando por práticas emergentes, novas tecnologias e o resgate de técnicas de construção tradicionais. Ao promover tanto iniciativas de cunho social, bem como grandes obras de arquitetos renomados, procuramos oferecer uma visão holística atual do ambiente construído, que é transmitida por meio da retrospectiva anual de projetos.
A cada ano, a equipe de Curadoria de Projetos do ArchDaily rememora a vasta gama de obras publicadas ao longo desse período, apresentando retrospectivas que permitem não apenas identificar tendências e variações na produção arquitetônica, mas também reconhecer de que forma impactam a nossa audiência. No ArchDaily Brasil, a seleção anual de melhores casas – que ano após ano, segue permanecendo como nossa categoria de projeto mais popular – representa uma amostra das variadas soluções, estratégias, técnicas e materiais encontrados na arquitetura residencial dos países de língua portuguesa.