Descrição enviada pela equipe de projeto. A última fábrica têxtil remanescente da Ilha de Buda - uma área destinada a se tornar o coração cultural da cidade - tem sido transformada em estúdios e espaços de exibições para artistas em residência. Este grande volume, situado no centro de uma quadra da cidade, foi adaptado através de duas intervenções principais:
A primeira estabelece um grande vazio no centro do edifício, trazendo luz solar para dentro do vasto pavimento térreo. Esse vazio pentagonal abriga uma escada que dá acesso público a uma série de espaços diferentes distribuídos nos quatro andares: um laboratório para produção, espaços multifuncionais de tamanhos e condições de iluminação variados, salas de música e um terraço na cobertura. A maior parte da estrutura é composta de elementos reutilizados. Além da economia de recursos, a reutilização permite a instalação de um grande centro cultural dentro de um orçamento limitado.
Uma segunda intervenção acrescenta um pavilhão aberto como um hall de entrada a partir da rua. Construído com os tijolos amarelos encontrados nos interiores originais, este pavilhão se torna a nova fachada do complexo: a ponta do iceberg. O próprio pavilhão funciona como uma ante-câmara, dando uma prévia dos eventos do interior.
O Centro de Arte de Buda é um novo tipo de espaço cultural. Fazendo referência ao seu passado, ele permanece como uma oficina de produção. Os materiais e detalhes o fazem o um espaço adaptadável a todos os tipos de atividades e de usuários. A paleta de cores quentes e a série de espaços com caráter informal convidam pessoas a apropriar e descobrir o edifício para sua própria produção, exibição e interação.
Enquanto a maioria do edifício está escondida em seu contexto do entorno, o terraço na cobertura fornece um confronto repentino com a cidade de Kortrijk. O edifício é uma ferramenta para olhar, não um objeto a ser olhado. Ele evita se tornar uma imagem, ao invés disto, cria toda uma ambiência.