Entre 1960 e 1976, a capital da Bélgica tornou-se um cenário de experimentos arquitetônicos que combinavam os ideais modernistas com a pré-fabricação, culminando na construção de dois edifícios icônicos. O CBR Office Building (1967-1970) e o LH 187 (1976), projetados por Constantin Brodzki e Marcel Lambrichs, são vizinhos e compartilham uma linguagem arquitetônica audaciosa. Ambos se destacam por suas fachadas formadas por grandes módulos de concreto pré-fabricado, que não só evidenciam a estética brutalista, mas também revelam o empenho em usar materiais industriais e técnicas construtivas inovadoras para a época.
Arquitetura Belga
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Contraste ou harmonia: a estética das adaptações modernas em edifícios históricos
À medida que as cidades crescem e evoluem, surge a questão de preservar, reabilitar ou adaptar locais históricos. A intervenção em tais edifícios requer um delicado equilíbrio entre honrar sua patrimônio e atender às demandas contemporâneas. Muitas vezes, as soluções mais inovadoras e radicais surgem quando os arquitetos tentam renovar um prédio mantendo sua pegada original e o máximo possível de suas características. Em seguida, eles criam extensões modernas que tanto harmonizam quanto contrastam com a estrutura original. Esta abordagem não apenas revitaliza o edifício, mas também celebra a sinergia entre o passado e o presente, incluindo materiais, tecnologia de construção, movimentos arquitetônicos, histórias e qualidade geral do edifício. A sobreposição de elementos antigos e novos por meio de harmonia ou contraste requer uma abordagem inteligente e sensível que confere ao edifício uma estética única e um novo significado.
Soluções urbanas para enfrentar o aquecimento, o congestionamento e a conectividade
À medida que começamos 2024, as cidades europeias apresentam vários marcos de desenvolvimento urbano que estão traçando o caminho para o novo ano. Sob os temas de mobilidade urbana em Bruxelas, sustentabilidade em Valência, Smart Cities em Roterdã e resfriamento urbano em Paris, cada cidade está tentando mostrar progressos rumo à 2030. Nessas diversas estruturas urbanas, as cidades europeias estão demonstrando um compromisso em definir desafios e trabalhar para moldar um futuro climaticamente consciente.
Elevar a conectividade das cidades: as passarelas urbanas
Em uma cidade, celebrar o ato de caminhar tornou-se uma forma de planejamento não convencional. Na era dos carros, ao longo de quase todo o século XX, desafiar a supremacia do transporte automotivo ao promover a experiência pedestre não era muito comum. Por essa razão, as passarelas para pedestres em todo o mundo se destacam como símbolos de conectividade e engenhosidade arquitetônica. Inicialmente concebidas como soluções práticas para o gerenciamento de tráfego, essas passarelas às vezes assumem o caráter de marcos icônicos e elementos cruciais no planejamento urbano.
MVRDV projeta masterplan para distrito Tour & Taxis em Bruxelas, Bélgica
Sete escritórios de arquitetura, incluindo o MVRDV, projetaram edifícios independentes no aguardado masterplan para o empreendimento Lake Side em Bruxelas. Para garantir a diversidade, o masterplan busca promover uma vida mais densa e vibrante no distrito de Tour & Taxis, oferecendo diferentes serviços aos moradores, além de espaços de trabalho e um parque de nove hectares. O masterplan foi coordenado pelo MVRDV, que também projetou um dos 17 edifícios que fazem parte do empreendimento.
Sumayya Vally, So-Il e Studio Ossidiana estão entre os artistas convidados para a Trienal de Bruges 2024
A Trienal de Bruges 2024 anunciou o seu tema, "Espaço de Possibilidade", assim como a lista de artistas e arquitetos participantes. De 13 de abril a 1º de setembro de 2024, o evento ocupará as ruas e o centro histórico de Bruges, na Bélgica, com exposições de arte contemporânea e arquitetura. Os curadores desta edição, Shendy Gardin e Sevie Tsampalla, escolheram 12 artistas e arquitetos que irão desafiar os espaços dos bairros da cidade, em resposta ao tema, que os convida a explorar o potencial oculto da cidade.
Como alguns bairros estão usando o grafite para protestar contra a gentrificação
O grafite, como forma de arte, tem uma relação complexa com a gentrificação. Por um lado, ele envolve as ruas e o tecido urbano como uma tela para as pessoas se expressarem cultural, social e politicamente. Essa expressão pode ser uma forma de rebelião por minorias étnicas e grupos desfavorecidos em certos bairros, ou pode construir um senso de singularidade cultural e expressão social, conferindo a um bairro um caráter positivo e atraindo novos moradores. No entanto, ao longo dos anos, ele tem sido um agente de gentrificação, aumentando os valores imobiliários para acomodar residentes mais ricos e alienando as comunidades mais antigas.
Sumayya Vally vence concurso para projetar ponte de pedestres na Bélgica
Sumayya Vally, arquiteta do estúdio Counterspace, com filiais em Joanesburgo e Londres, venceu um concurso de projeto para a nova ponte para pedestres Asiat-Darse em Vilvoorde, Bélgica. A proposta se inspirou na história e impacto de Paul Panda Farnana, uma figura significativa, mas pouco conhecida na cidade, que estudou as conexões intricadas entre indivíduos e comunidades migrantes. A proposta foi elogiada pelo júri "por sua abordagem de pesquisa, que levou à descoberta de Farnana e seu trabalho, e por lançar luz sobre uma parte vital da história da cidade, até então negligenciada". A construção da ponte Asiat-Darse deverá iniciar em abril de 2024, com conclusão prevista para dezembro de 2025.
Pavilhão da Bélgica investiga a relação dos arquitetos com os recursos na Bienal de Veneza 2023
O Pavilhão da Bélgica anunciou sua exibição para a Exposição Internacional de Arquitetura deste ano - La Biennale di Venezia. Com curadoria de Bento e Venciane Despret, In Vivo concentra-se em investigar a nova relação dos arquitetos com os recursos naturais. A mostra desafia nosso sistema de produção extrativista ao identificar e projetar alternativas arquitetônicas a partir de componentes obtidos dos organismos vivos e do imaginário que os acompanha.
Como Amsterdã usa a economia da rosquinha para criar estratégias equilibradas para pessoas e meio ambiente
Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.