Uma mudança de materiais e de escala marca a transição entre o exterior e interior. Da opacidade metálica exterior à luminosidade e naturalidade da madeira interior. Uma cobertura de acesso e um alto pátio interior fazem a transição. A estrutura de concreto armado aparente, visível por todo o edifício, é o elemento que lhe dá unidade e carácter.
Deste amplo espaço livre, o visitante é conduzido a um espaço mais fechado que dá acesso às galerias. A escada central do edifício se encerra numa torre cilíndrica, disposta como uma escultura nesse novo espaço.
O sistemas estrutural baseia-se numa malha de 1,85 metros quadrados, produzindo uma série de pequenas galerias, retangulares e quadradas, interligadas e com vista ao pátio central.
A iluminação zenital é manipulada para fins projetuais. É ela quem possibilita a criação do mecanismo e desenho característico do edifício: suas claraboias. Elas se adequam à mesma modulação estrutural demarcada pelas vigas, de seção trapezoidal invertida. O fechamento de vidro se divide em quatros módulos iguais. Dois cabos de aço finalizam o singular e simples desenho: dividem sutilmente ao meio dois quadrados em linha, e dois em coluna. Ou seja, os cabos de aço produzem um quadrado dividido em quatro, dois divididos ao meio, e um sem divisão. O produto não é nada mais que subdivisões do quadrado através de materiais e funções diferentes.
O pátio central que abriga o cilindro da escada é onde isso fica evidente. Aqui o perímetro comporta quatro claraboias, cujas vigas formam uma grande cruz de concreto, que logo se subdividem em outros quatro quadrados de vidro, que finalmente são subdivididos pelos cabos de aço.
- Ano: 1974