Subir e descer a Favela da Rocinha com vista panorâmica. Encravada entre a Pedra da Gávea e o mar de São Conrado — cartões-postais do Rio —, a comunidade está a um passo do tão sonhado teleférico, com seis estações e duas linhas, para ligar os pontos mais populosos e de difícil acesso à Autoestrada Lagoa-Barra e à futura estação do metrô.
A obra está no pacote de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) enviado pelo Governo do Estado do Rio e que conta com a promessa do Palácio do Planalto para sair do papel no próximo mês. No total, serão desembolsados R$ 2,6 bilhões para a reurbanização e a infraestrutura na Rocinha, no Jacarezinho e no Complexo do Lins.
O ponto de partida do teleférico será na Via Ápia, a parte baixa e considerado o coração da comunidade. Dali, as gôndolas seguirão até as estações Lajão (altura da Rua 2), Rua 1 e Umuarama — já do outro lado da Rocinha. A segunda linha do teleférico também sai da Via Ápia e tem duas paradas: UPA e Parque — área mais elevada e com acesso reduzido, conhecida como Dionéa, onde há parque um ecológico. Responsável pelo projeto, a Emop (Empresa Estadual de Obras Públicas) estima que o teleférico transportará 30 mil passageiros por dia.
Os programas de melhorias na Rocinha incluem creches, novos apartamentos, mercado popular e o esgotamento sanitário, além da conclusão do plano inclinado. A comunidade ficará com a maior fatia das verbas: R$ 1,6 bilhão. O vice-governador Luiz Fernando Pezão acredita que a presidenta Dilma Rousseff dê o sinal verde para os projetos até o dia 10 de maio.
Jacarezinho terá 2.240 novos imóveis
No Jacarezinho, os projetos do PAC preveem a aplicação de R$ 609 milhões. O destaque é para a construção de 2.240 novos apartamentos para a retirada de famílias em áreas de risco. Também terá obras para a eliminação de pontos de enchentes e saneamento. Outros R$ 446 milhões serão usados em serviços de infraestrutura, reflorestamento, construção de creche, escolas, bibliotecas e casas no complexo de 16 comunidades no Lins.
Via Mobilizo