Por Constanza Martínez Gaete via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
O metrô de Estocolmo, capital sueca, conta com linhas classificadas em três grupos e 100 estações, das quais 90 tiveram intervenções com várias exposições de arte, esculturas, fotografias, instalações luminosas, mosaicos e pinturas, formando, assim, uma galeria de arte. Acessos, escadas, passarelas, túneis e até mesmo trens receberam intervenções para que os passageiros conhecessem a cultura local desde os anos 50, década que foi inaugurado, até hoje.
Implantada em grande parte dos 110 quilômetros de extensão do metrô, a mostra conseguiu democratizar o acesso à arte, uma vez que todos os passageiros podem esperar o trem ao mesmo tempo em que contemplam esculturas, murais e instalações.
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Cada trajeto de metrô custa cerca de quatro euros; embora seja um preço elevado, é possível conhecer a cultura da cidade através da arte e das diferentes paisagens, já que das 110 estações, 53 estão na superfície. Ao viajar, é possível observar mais de 100 obras de arte de cerca de 150 artistas. Enquanto a maior parta da exposição é permanente, há seis estações que são destinadas a exposições temporárias que mudam de uma a quatro vezes por ano, para que os artistas emergentes possam usar o metrô e o espaço público para divulgar suas obras.
Um dos objetivos da exposição é atingir o maior número de pessoas. Desde 1997, o metrô conta com dois guias turísticos que oferecem passeios semanais por algumas das estações da mostra, onde explicam sobre a arte e estilo arquitetônico da estação e fornecem informações sobre os artistas. Com este sistema, ao final de cada ano, é possível conhecer as 90 estações. Os passeios guiados são, ao longo do ano, em sueco, mas no verão há a opção de fazê-lo em Inglês.
Embora a campanha para instalar obras de arte no metrô tenha começado em 1950 pelos artistas Vera Nilsson e Siri Derkert, só em 1957 a estação central T-Centralen tornou-se a primeira a sediar uma mostra de arte. O desenho de folhas azuis com fundo branco que existe hoje não é o desenho original, e foi feito por Per OlofUltvedt em 1975.
Na década de 60, os túneis da estação foram cobertos com concreto, mas a partir dos anos 70 foi utilizada uma técnica mais econômica de pulverização das rochas, deixando a superfície com aspecto de uma caverna. Em 1975 este material foi aproveitado por Olle Ängkvist, que criou "A Caverna dos Sonhos".
Nos corredores do metrô existem também obras pensadas para as crianças, como o arco-íris pintado por Enno Hallek e Åke Pallarp em 1973, na estação Stadion.
Não é apenas a Estação Stadion que oferece viagens mais agraváveis às crianças. A Estação Hallonbergen, em vez de mostrar publicidade ou simples paredes brancas, foi coberta por desenhos feitos pelas crianças.
Com 66 metros de comprimento e 33 metros abaixo do solo, as escadas rolantes na foto acima são as maiores da Europa Ocidental. Projetadas em 1975 por Sivert Lindblom, a sua aparência futurista,com materiais reluzentes, diferencia a Estação Västra Skogen das outras.
Nas obras de arte do metrô de Estocolmo, as obras não se a serem estáticas.Elas também circulam através das estações, nos trens. A imagem acima mostra dois trens azuis na Estação Hjulsta, que mudaram sua típica cor branca.
Na Estação Skarpnäck, os passageiros podem aguardar os trens sentados em um dos 17 bancos de granito localizados na plataforma. Desenhado por Richard Nones, os modernos bancos foram instalados na estação em 1994.
Através das entradas, plataformas e passarelas daEstação Thorildsplan, no centro da cidade, os personagens Mario Bros e Pacman brincam pelas paredes. Feitos de mosaico pixelados, os personagens adquirem um aspecto mais retro.
No vídeo a seguir é possível conhecer um pouco mais das estações de Estocolmo.