"Nossa pesquisa integra estratégias digitais de detecção de formas cuja fabricação é inspirada na biologia", afirma a página do MIT Media Lab's Mediated Matter Group. Apesar de soar como ostentação comum de arquitetura, é pouco provável encontrar alguma outra combinação de pesquisa científica, design digital e construção biomimética que seja um exemplo melhor do que seu recém concluído Pavilhão Silk.
Inspirado pelo modo como o bicho da seda tece um casulo delicado a partir de um único fio, o pavilhão foi criado usando uma base de fios mecanicamente tecidos envolvendo uma estrutura de aço, além de 6 500 bichos da seda vivos que foram soltos sobre a estrutura primária. Através de uma combinação do design cuidadoso da estrutura primária e da preferência instintiva dos bichos por áreas escuras da superfície do pavilhão, sua pele mosqueada é um meio termo entre uma versão em escala do casulo do inseto e um espaço funcional para o ser humano.
O vídeo do processo mostra uma investigação meticulosa da forma como os insetos interagem com seu meio; desde testes de diferentes espaços 3D sob diferentes circunstâncias ambientais, até o uso de um equipamento minúsculo de controle de movimento para examinar o processo de construção do casulo. Estas descobertas determinaram, então, a construção do pavilhão - tanto o caminho da máquina CNC que teceu os painéis quanto a densidade do fio que serviu de base para os bichos.
Talvez o aspecto mais fascinante do Pavilhão Silk seja a maneira como conecta os pontos entre o mundo da informação tecnológica e da biologia. A pesquisa mostra como o instinto cego do bicho da seda é às vezes quase mecânico: "uma pesquisa paralela explorou o uso do inseto como entidade capaz de "computar" a organização de materiais baseada em critérios de exteriores". Isto é então espelhado no uso do equipamento CNC para construir os 27 painéis que constroem a estrutura primária do pavilhão.