A artista francesa Mademoiselle Maurice se dedica a criar instalações urbanas com figuras feitas de origami. Aos 28 anos, já percorreu algumas das ruas de Hong Kong, Lyon, Marselha, Paris e Vietnã, com formas geométricas de cores e tamanhos diferentes. Dependendo do lugar onde realiza a instalação, atribui uma mensagem de acordo com o contexto histórico da cidade.
Maurice começou a desenvolver o seu trabalho com esta técnica após viver um ano no Japão. Como os pássaros de origami – tsuru - são considerados símbolos internacionais de paz, ela decidiu incluí-los no seu trabalho, buscando deixar uma mensagem de esperança nas cidades.
Veja os trabalhos de Maurice na China, França e Vietnã, após o intervalo.
No Vietnã, Maurice os organizou em forma de mandalas, ou diagramas, conforme as cores do arco-íris, formando a bandeira do país em uma parede. Para Maurice, a estrela central representa os vietnamitas - camponeses, estudantes, intelectuais, operários e soldados - que lutaram juntos pela sua independência.
Em Hong Kong, a artista organizoua intervenção "Hexágono do arco-íris", que consistia em montar uma colméia de abelhas com origami. A artista descreve este trabalho como "falar sobre o espírito de liberdade nas ruas de Hong Kong e estimular as pessoas a manterem-se independentes”.
A terceira versão do festival ARTAQ 2013, que promove a arte urbana entre colecionadores, galerias, imprensa e público, apresentou o seu mais recente trabalho. O ARTAQ foi realizado em Angers, no oeste da França, entre 10 e 12 de maio deste ano, e recebeu os demais participantes com duas decorações realizadas pela artista. Uma delas foi colocada em uma das entradas e nas escadarias da Catedral St. Maurice, enquanto a outra foi instalada no rio Maine.
Os origamis colocados na catedral, monumento nacional da França, poderiam ser vistos por seus próprios criadores. A segunda instalação consistiuna criação de um rosto humano enfeitado com pássaros dediversas cores.
Os 30 mil pássaros e mandalas que foram usados em ambas as intervenções foram feitos pelos habitantes de Angers. O trabalho foi realizado por Maurice, ao lado da equipe cultural da cidade e dois artistas Yan e Cecilia, através de workshops semanais, que aconteceram a partir de janeiro deste ano, em que as pessoas aprendiam a técnica necessária para a confecção das dobraduras.
Por Constanza Martínez Gaete, via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil