Apesar das pesadas críticas e da ameaça de cancelamento do financiamento federal, como uma forma de sabotagem à sua realização, a Eisenhower Memorial Commission aprovou unanimemente o projeto de Frank Gehry para o Memorial Dwight D. Eisenhower, em Washington. O projeto de 110 milhões de dólares e quase 14 anos de construção passou por diversas revisões nos últimos anos em busca de uma conciliação entre a comissão e seus opositores, que incluem a família Eisenhower.
Apesar das chances penderem para o lado dos opositores, a comissão segue avançando e Gehry apresentará seu projeto para a Comissão de Belas Artes dos EUA no próximo mês e para a Comissão de Planejamento de Washington no início do último bimestre para revisões e aprovação.
Na mais recente apresentação da proposta, o presidente da Comissão, Rocco C. Siciliano, há dez anos a frente do Eisenhower World Affairs Institute declarou que a família Eisenhower "merece ser ouvida, mas não obedecida". Também disse: "Quero deixar claro que não estamos tentando nos sobrepor às opiniões alheias, sobretudo as da família".
As mudanças aprovadas incluem o reestabelecimento dos baixos-relevos do memorial e alterações nas estátuas de Eisenhower como "um garoto descalço do Kansas", o trigésimo quarto presidente e o general da Segunda Guerra Mundial. Também foi aprovada a inclusão de excertos do discurso de Guildhall, dado pelo presidente após a vitória aliada na Europa.
Após a apresentação Gehry afirmou estar "mais humilhado que nunca em demonstrar a evolução do projeto [deles]".
O memorial será localizado em um exuberante passeio arborizado na Praça Eisenhower, ao sul do National Mall na Independence Avenue e da 4th Street. O local será emoldurado por uma colunata de 25 metros de altura - um dos elementos mais criticados - que sustenta uma série de placas de metal que retratam cenas de Abilene, cidade natal de Eisenhower.
Fonte: The Washington Post