A escola de design da universidade norte-americana de Harvard, no estado de Massachusetts, entregou hoje o prêmio “Veronica Rudge Green Prize” em desenho urbano à empresa de transportes Metro do Porto por sua inserção urbana e impacto na região. O arquiteto responsável pelo projeto, o português Eduardo Souto de Moura, também recebeu o mesmo prêmio.
O vencedor do Pritzker de 2011 coordenou a equipa de projetistas responsáveis pela inserção urbana do metrô em diferentes locais da Área Metropolitana do Porto. O júri destaca no projeto o potencial desta infra-estrutura de mobilidade, “cuidadosamente planeada e executada para transformar a cidade e a região”.
A 11ª edição do prêmio celebra também o projeto de Integração Urbana do Nordeste, em Medellín, na Colômbia. “As duas obras criaram oportunidades que vão além do movimento físico, fazendo avançar a mobilidade social e revigorando o espaço cívico”, segundo o júri. A primeira edição do prêmio, em 1988, foi dividida entre Álvaro Siza Vieira, pelo seu Conjunto Residencial Malagueira, em Évora (1977-1988), e Ralph Erskine, com o seu projeto do “Byker Redevelopment”, em Newcastle Upon Tyne (1969-1982).
Concebido em 1986, na celebração dos 350 anos de Harvard e dos 50 anos da escola de design, este prêmio é atribuído bienalmente a projetos coletivos, construídos em qualquer local do mundo há, no máximo, uma década antes da premiação. Os vencedores são escolhidos pela sua substancial contribuição no domínio público de uma cidade e por melhorar a qualidade de vida urbana.
Com os trâmites iniciados em 2003, a obra do metrô do Porto se enquadra nas exigências do prêmio, uma vez que se trata de uma enorme infraestrutura instalada em uma cidade Patrimônio Mundial da Humanidade cujo projeto apresenta um notável padrão de qualidade, “digno de ser imitado”, segundo o júri.
Fonte: publico.pt