Foi inaugurada anteontem, na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, a exposição São Paulo: Projeto Aberto, parte da Mostra Modos de Agir da X Bienal de Arquitetura de São Paulo. Fernando Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano do Município, apresentou a projeção em vídeo que mostrará ao público, até o dia 1º de dezembro, os projetos urbanos em sua fase de elaboração, destacando as diferentes abordagens dadas ao processo de construção da cidade.
A exposição trata de temas como crescimento urbano, transporte e mobilidade, abordando as estratégias usadas pela prefeitura para o desenvolvimento urbano da capital, com foco no conjunto de distintas ações que regulam a atuação do poder privado sobre a esfera urbana e nos interesses do coletivo. A idéia, segundo Mello Franco, é abrir um debate sobre ações e desafios que esses projetos implicam, levando em consideração uma articulação sistêmica dos elementos que compõem a cidade, a partir dos vínculos entre diferentes redes e lugares. “Queremos efetivar planos e projetos que demandem a participação da sociedade, e nosso primeiro desafio é formular e viabilizar as intervenções”.
Para o secretário, São Paulo não se definirá mais pelo conjunto de intervenções voltadas à expansão da cidade e agora se encontra diante da necessidade de renovação dos programas e formas de uso de seu território, dando um novo significado ao aproveitamento das infraestruturas e dos equipamentos já existentes. “É necessário estancar o espraiamento da cidade, reverter a segregação espacial e qualificar a cidade por dentro e para todos”, assinala.
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – MODOS DE AGIR
O Centro Cultural São Paulo é a base principal da Rede Bienal, com o conjunto maior de pesquisas e exposições especialmente produzidas para o evento. “Fazer” e “usar” a cidade parecia ser, até pouco tempo atrás, um par dicotômico, que aludia, de um lado, às forças políticas e econômicas que constroem a cidade junto ao desenho do arquiteto e, de outro, ao uso dos espaços urbanos pela população. Hoje, no entanto, está claro que esses polos não se separam, pois usar é fazer e vice-versa, e não daremos conta da complexidade crescente das cidades sem arquitetarmos seus fazeres e usos de maneira dialógica.
Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000, Paraíso (Metrô Paraíso/Vergueiro)
De 12 de outubro a 1º de dezembro, diariamente (áreas livres), das 9 às 22 horas, e de terça-feira a domingo, das 9 às 18 horas (jardins) e das 9 às 22 horas (Espaço Flávio Império – Foyer)
Acesso gratuito aos espaços expositivos
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