Caracas, a capital da Venezuela, realizou há alguns meses uma simulação do sistema de transporte público de bicicletas: o CicloVidaCCS, uma rede gratuita e complementar à mobilidade de ônibus e metrô.
As bicicletas públicas estão incluídas no Plano Estratégico Metropolitano de Caracas 2020, sua inclusão é uma primeira abordagem para mapear, identificar e obter dados relevantes através da pesquisa direta com os cidadãos, verificando a receptividade para o uso da bicicleta na cidade como um meio de transporte urbano.
Apesar de ser um exercício simples, é um grande passo para a mobilidade não motorizada em um país com grandes explorações de petróleo, onde um galão de gasolina pode custar menos de 10 (dez) centavos de dólar, somado ao fato de que Caracas é uma cidade totalmente projetada para o veículo particular, e não para o transporte público.
A simulação do sistema de bicicletas compartilhadas abrangeu uma grande área industrial do leste de Caracas (Los Cortijos), com pontos de bicicletas coordenados por estudantes universitários da Universidade de Santa Maria e da Universidade Simon Bolívar nas primeiras horas da manhã, para atender os potenciais usuários da área que se deslocam para o trabalho. Três horas de operação foram suficientes para um diagnóstico inicial, considerando-se que não foi realizada nenhuma atividade para promover o evento. Ainda mais importante é o fato de até o momento não haver nenhuma campanha para promover e respeito ao ciclista na cidade.
Os promotores desta iniciativa, o AGA Estúdio Criativo e o urbanista Yeferson Parra, junto a um grupo de aliados públicos e privados, estão trabalhando na segunda simulação e no desenvolvimento do Sistema de Bicicletas Compartilhados (SBC), tanto na logística quanto na imagem, para o planejamento de um Sistema de Transposrte Público em Bicicleta (PBT) como parte de um Sistema Intermodal de Transporte Público Metropolitano para a cidade de Caracas.
Via Plataforma Urbana. Tradução Maria Júlia Martins.