A Bienal de Veneza deste ano, sob direção de Rem Koolhaas, é a mais comentada e esperada de todos os tempos. Compilamos abaixo cinco pontos que Oliver Wainwright discorreu sobre a tão aguardada Bienal no jornal The Guardian de ontem.
1. Koolhaas já havia sido convidado para dirigir a Bienal de Veneza, mas só aceitou agora. "Eu fui convidado para dirigi-la muitas vezes, mas exigi duas condições: que eu tivesse uma ano e meio para organizá-la, e que pudesse cortar todas as conexões com a arquitetura contemporânea - o que não é particularmente saudável."
2. Acha que uma exposição sobre os elementos fundamentais da arquitetura pode ser sem graça? Koolhaas compreende…mas ele pensa que pode fazer você mudar de ideia. "Há alguns anos atras, eu nunca teria pensado propor uma ideia tão sem graça para uma exposição", disse Koolhaas. "Mas quando começamos a pesquisar a história destes elementos, é como olhar para eles através de um microscópio e descobrir espécies completamente novas. Espero que outras pessoas sintam a mesma emoção quando visitarem."
3. Pela primeira vez, o conteúdo do Arsenal será multidisciplinar. "Pensei que a arquitetura apenas não deveria preencher este grande espaço... então criamos diferentes enclaves onde atividades teatrais e intelectuais podem acontecer durante estes seis meses."
4. Haverá algum traço polêmico ou político característico de Koolhaas nesta Bienal? Pode apostar que sim. Uma pesquisa sobre a história das varandas, por exemplo, não estaria completa sem examinar como elas foram usadas por ditadores. E sobre a proliferação de dispositivos inteligentes na arquitetura, Koolhaas diz: "É uma situação muito alarmante. Muito em breve sua casa vai trair você."
5. Koolhaas/OMA não esquece do lado mais leve das coisas. "Arquitetura é sempre vista como uma disciplina séria... buscamos diminuir a pressão desta constante seriedade. Penso que há vida na arquitetura."
Leia o artigo completo publicado no The Guardian aqui.