No final de 2010, quando Qatar se candidatou para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2022, foi lançado um plano de construção de uma série de estádios e edifícios desportivos sustentáveis, capazes de proteger os esportistas e espectadores do intenso calor da região.
A primeira destas estruturas, um Showcase para 500 pessoas, foi desenhada por Arup Associates e construída em apenas quatro meses. O edifício conta com um teto retrátil, ar condicionado abaixo dos assentos e uma grande quantidade de painéis solares fotovoltaicos que alimentam a rede de energia local quando o campo não estiver em uso.
Com a enorme pegada que, inevitavelmente, gera o maior evento esportivo do mundo, os países sede colocam atualmente muitos cuidados nas medidas ambientais dos projetos de seus novos recintos. Para a Copa do Mundo de 2010, a África do Sul construiu uma grande variedade de estádios eco-amigáveis, o mesmo acontecerá com o Brasil em 2014 e Rússia em 201
Qatar – uma das nações mais ricas em petróleo – não quer ficar para trás, e graças a isto tem a facilidade de custear impressionantes projetos sustentáveis de vanguarda. Para o evento esportivo busca-se combater o conceito errôneo que dizem dos lugares áridos e extremamente calorosos, que não estão em condições de acolher grandes eventos desportivos, e estão fazendo isto com estilo.
Não somente pensaram no desenvolvimento de incríveis “estádios solares”, uma vez que os cientistas locais desenvolveram uma espécie de nuvem que flutua por cima dos estádios e bloqueia os raios solares mais fortes.
Neste Showcase, a “nuvem” não será necessária. Uma das características mais chamativas da arena é sua cobertura de painéis triangulares, que pode ser manipulada para proporcionar um refúgio frente ao calor ou dos ventos agressivos, mantendo a ventilação natural.
Michael Beaven de Arup descreve a tripla missão da arena como uma tentativa de “misturar as ideias tradicionais dum projeto passivo com tecnologias inovadoras, para poupar energia e um desenho arquitetônico cômodo e atraente”, a tecnologia é baseada em espelhos parabólicos que permitem a refrigeração solar térmica e fotovoltaica, conectados à rede de energia local.
Em dias de jogo, quando forem necessárias grandes quantidades de eletricidade, a bioenergia gerada complementará a energia solar. Mas para a imensa maioria do ano, o estádio servirá como uma produtora de energia solar em grande escala para a área.
Com uma capacidade de somente 500 assentos, o estádio não está pensado para os principais eventos; servirá como um centro “para monitorar o rendimento das tecnologias nas condições do deserto”.
Via Inhabitat