Esta tarde reuniram-se mais de um milhão de manifestantes no vão do MASP, considerado perigoso por peritos de segurança infraestrutural considerando a demolição do Museu.
A obra notável de Lina bo Bardi apresenta já há algum tempo problemas de segurança na estrutura vanguardista da arquiteta. As fissuras no piso do MASP são visíveis pelo exterior e a curvatura do concreto ameaça a possibilidade de desabamento sobre o público que se utiliza do espaço ícone nas manifestações públicas da capital paulista. Por este motivo a obra da modernista Lina bo Bardi será implodida e substituída por uma obra de outroreferente da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha.
O arquiteto responsável pelo MUBE (Museu Brasileiro da Escultura) também já propôs um grande vão de concreto que não apresenta ameaças. Nosso ganhador do Pritzker, foi convidado a reformular um novo MASP que foi inaugurado em 1947.
Os expertos que impulsionaram a implosão argumentam que o vão é demasiado grande para as técnicas de construção disponíveis em S. Paulo nos anos 40, por esse motivo tentam demonstrar com análises detalhadas a instabilidade na estrutura principalmente nos domingos, dia de maior afluência ao Museu.
Enquanto o problema não for solucionado as grandes esculturas passarão para o piso subterrâneo e as visitas serão limitadas para não sobrecarregar o Museu. O projeto de Mendes da Rocha ainda não foi apresentado, pelo que aguardamos a sua publicação.
Fique atento e visite a notável obra enquanto pode.
* Esta é uma notícia que felizmente foi impulsionada pelo especial dia de hoje, mais uma publicação especial para o 1º de Abril.
Continuamos defensores do patrimônio arquitetônico brasileiro e esperamos não ofender os leitores mas sim incentivá-los a partilhar o bom-humor num dia que o privilegia! Com tudo, não deixe de visitar o MASP uma referência modernista mundial.