Vídeo: reALIze / Oyler Wu Collaborative & Michael Kalish

Projetado como colaboração entre Oyler Wu Coletivo e Michel Kalish, esta instalação itinerante é construída como um tributo para a vida e a importância cultural de Muhammad Ali. O projeto destina-se a expor para uma nova geração esse personagem grandioso através da construção de uma apreciação para as nuances emocionais, princípios estéticos e técnicos que constituem coletivamente a experiência – um conceito que vale tanto para a persona humana como para a arquitetura.

Concebida como uma imagem experimental 2-D, o núcleo do projeto é um campo aparentemente aleatório de 1300 sacos de velocidade de boxe que, quando vistos de um ponto de vista único, formam uma imagem pixelizada do rosto de Muhammad Ali. A estrutura foi concebida com a intensão de, simultaneamente, apoiar a clareza e o foco a partir desse ponto de vista, enquanto enriquece a experiência da obra de todos os outros, através de uma combinação de densos feixes estruturais, os efeitos dos materiais e a repetição geométrica.

© Dwayne Oyler

A necessidade de visualizar a imagem a partir de um único coloca em cena uma séria de decisões essenciais de projeto. Primeiro, a forma global da peça é definida pelo cone de visão entre o espectador e a imagem, crescendo da frente para trás, tanto em planta como em corte.

Planta

A fim de minimizar o impacto da estrutura a partir desse ponto de vista, a sua forma a partir dessa localização só pode ser visto como uma moldura simples que envolve a imagem – aquela que é cuidadosa para não prejudicar aquela semelhança. Uma vez que o espectador afasta-se da localização, mesmo só um pouco, os sacos explodem em uma matriz irreconhecível, com a estrutura circundante servindo como uma parte complementar, e integrante do sistema.

Axonométrica Explodida

Como forma de destacar ainda a tridimensionalidade do campo de sacos, a estrutura é dividida ao meio, com metade dos sacos puxado para a frente e a outra metade empurrada para trás, efetivamente alongando o campo de sacos. Do mesmo modo, a estrutura é dividida em uma forma de cantilever tanto para a frente como para trás, para criar um efeito de rotação da forma como um todo. Além de apoiar os sacos, esta estratégia permite a partes dos sacos para ser visto separadamente da estrutura em elevação.

© Dwayne Oyler

Contrastando com o personagem feito por sacos de velocidade de boxe, a solução estrutural se destina a ser lida como um conjunto dinâmico de linhas e trajetórias. Trabalhando em estreita colaboração com engenheiros do Buro Happold, uma estratégia estrutural foi desenvolvida, que utiliza uma malha tridimensional complexa, incorporando vários,diâmetros de tubos e barras de alumínio estrategicamente colocadas.

Detalhe em Perspectiva Axonométrica

As pernas são feitas de tubos de alumínio continuamente em loop – elas sugerem que não há ponto de partida ou chegada, mas eles existem como um conjunto de feixes intrincados que oscilam entre repetições, padrões geométricos e um acúmulo de material aleatório e incoerente, dependendo da proximidade e orientação do observador.

© Dwayne Oyler

Para complicar a intenção do desenho estrutural existe a modulação, uma exigência de que normalmente chama para um grupo mais simplificado e facilmente reconhecível de unidades. Neste caso, que a abordagem convencional teria impedido uma sensação de dinamismo e continuidade visual, o que leva à exploração de métodos que exploram a complexidade geométrica para a ocultação das unidades modulares. Em última análise, a modularidade é conseguida através do agrupamento de tubos múltiplos juntos, e por aninhando cada perna perfeitamente a perna adjacente.

Perspectiva Axonométrica

O desenvolvimento do efeito bidimensional levanta várias questões interessantes sobre a percepção que contribuem para a experiência da peça. Quando a fotografia da peça mostra uma imagem instantaneamente reconhecível da face, a experiência real da peça exige um maior grau de engajamento por parte do espectador.

© Dwayne Oyler

Ao contrário da capacidade da câmera de ter uma profundidade de campo alargada para um objeto do seu tamanho que é visto de uma distância desejada, o olho humano tipicamente concentra-se em um intervalo menor de elementos no espaço. No entanto, uma vez que o espectador se ajusta a este pedido um tanto incomum de percepção, a imagem inconfundível emerge.

© Dwayne Oyler

Equipe de Projeto do Coletivo Oyler Wu Coletivo: Dwayne Oyler, Jenny Wu, Mike Piscitello, Jacques Lesec, Vincent Yeh, Paul Cambon, Huy Le, Nathan Meyers, Han Zhang, Scott Starr, Jake Henry, Vincent Yeh, Ehab Ghali, Sanjay Sukie, Chris Eskew, and Matt Evans

Equipe de Projeto de Michael Kalish: Michael Kalish, Robert Lepiz
Engenharia: Buro Happold Engineers
Fotografias: Dwayne Oyler

Sobre este autor
Cita: Leonardo Márquez. "Vídeo: reALIze / Oyler Wu Collaborative & Michael Kalish" 15 Abr 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-43437/video-realize-oyler-wu-collaborative-e-michael-kalish> ISSN 0719-8906

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