Coisas que gosto de fazer, porque sim si é a primeira de uma série de instalações urbanas que temos projetadas no Laboratório Cênico Visual com o objetivo de fortalecer o vínculo entre o cidadão e sua cidade.
Desde algum tempo até hoje, temos pensado na idéia de poder obter os sucessos artísticos das plataformas convencionais para estabelecer uma relação distinta com o público. Desta forma, criamos esta primeira obra, com o único fim de procurar beleza para as pessoas comuns, enquanto passeiam com a família ou seu cachorro, são confrontadas com uma ação artística inserida em seu espaço cotidiano.
Nos abrimos para a pergunta: De qual maneira as expressões artísticas podem contribuir e fortalecer o vínculo entre o habitante e a urbe? Apetece-nos observar como as instalações da série Coisas que gosto de fazer, porque sim convida o transeunte a parar em frente àqueles espaços que poderíamos denominar de não-lugares; é dizer, locais existem, mas que não conjugam parte da história do cidadão, porque não está integrado como algo que é próprio a ele. Cremos que ao nos apropriarmos destes não-lugares, instalando sobre eles um feito artístico, despertamos no transeunte um processo de identificação e, portanto desde este momento a diante seu vínculo com o entorno se modifica, ampliando-se à si mesmo seu capital cultural e o da nação.
A maioria das pessoas que confrontaram com a instalação feita no Parque Florestal responderam à ela, tirando fotos, imortalizando o momento em que sua história entrou em comunhão com a história desta árvore em particular. Este exercício que queremos instigar, o de enlaçar o indivíduo com aquilo que o pertence.
Texto Original em espanhol por : Antonia Landa e María Luisa Portuondo. Laboratorio Escénico Visual