Oscar Niemeyer, de 104 anos, projetou pelo menos nove construções em São Paulo, as edificações que já chegaram aos 60 anos de idade precisam de reformas nas fachadas para manter as propostas do arquiteto. O alto custo das obras de restauração, a falta de incentivo fiscal para os interessados em ajudar os condomínios a preservar os projetos e a dificuldade para encontrar materiais similares aos usados nos anos 1950 nas construções são alguns dos principais desafios enfrentados pelos síndicos desses edifícios.
Edifício Eiffel
No pavimento térreo, existe uma galeria com lojas e lanchonetes. O edifício consiste de três blocos têm 54 apartamentos dúplex. Uma das moradoras e integrante da administração do condomínio comenta que o plano dos usuários é solicitar o tombamento da edificação. Entretanto pretendem substituir as atuais janelas de alumínio e outros materiais pelas originais de ferro, além de realizar a manutenção do revestimento das fachadas, porém encontram a dificuldade de conseguir as mesmas pastilhas, material adotado por Niemeyer.
Edifício Copan
Segundo o síndico do famoso edifício, o problema encontrado é muito similar ao do edifício Eiffel , além da busca incessante de apoio no setor privado para financiar a reforma a proposta consistia na exibição de anúncios na tela de proteção da obra, porém a falta de incentivo fiscal mantém o projeto estagnado.
Edifício e Galeria Califórnia
Localizado na Rua Barão de Itapetininga, no centro, da cidade de São Paulo, segundo o síndico, “é o filho esquecido do Niemeyer“, e comenta também a dificuldade de convencer as pessoas da importância da conservação do patrimônio. Dentro, da edificação existe um mosaico do artista Cândido Portinari, feito com pastilhas de vidro, e um painel de Di Cavalcanti.
Edifícios Triângulo e Montreal
Di Cavalcanti assina painéis na entrada de ambos edifícios no centro de São Paulo.Segundo o síndico foram realizadas algumas reformas, faltando ainda a marquise que circunda a fachada da edificação em semi-círculo.
Fonte: Estadão