Há algumas semanas, Nova Iorque anunciou que será possível acessar através da internet mais de 870.000 imagens da cidade, que foram registradas desde meados do século XIX até a década de 80.
No início do século XX, como forma de deixar um registro das obras que se construíam na cidade, as autoridades encarregaram um grupo de fotógrafos a documentar as mudanças que Nova Iorque foi sofrendo. Junto a isso, a polícia começou a registrar visualmente os lugares que eram cena de crimes e acidentes.
Entre as novas imagens, que são parte do arquivo fotográfico de Nova Iorque formado por mais de 2 milhões de imagens ( ainda que muitas estejam em processo de digitalização), estão incluídas a maior parte das fotografias tiradas pelos departamentos de obras públicas, assim como as tiradas pelo departamento policial.
O fotógrafo encarregado da maior parte dessa documentação minuciosa foi o funcionário Eugene de Salignac, que entre 1906 e 1934 tirou mais de 20.000 imagens que foram parar no fundo do Departamento de Pontes, Túneis e Estruturas do município. Até 1999, as fotografias de De Salignac permaneceram guardadas até que um funcionário as encontrou e começou a classificá-las. Essas imagens serviram para documentar parte da conformação do skyline de Nova Iorque. A imagem de um grupo de pintores fixando a ponte do Brooklyn já é um ícone da cidade.
A ideia é que o livre-acesso a essas fotografias ajude no trabalho de historiadores, estudiosos de temas urbanos e também na história da cidade e de quem nela vive.
via El País