Sete maneiras de transformar o desenvolvimento do Espaço Público

Uma vez mais, e cada vez que podemos, tomamos o excelente material que nos proporciona PPS para entregar algumas ideias ou projetos que buscam construir ou reinventar melhores espaços públicos.

Semana passada, Fast Company publicou uma lista adaptada do livro “Smart Customers, Stupid Companies, com as sete maneiras de perturbar o desenvolvimento da indústria. A leitura da lista, chamou tanto a atenção de PPS, pela forma de aplicar as recomendações que os autores propõem, que a organização buscou uma forma de aplicá-las ao Placemaking.

Com isto em mente, PPS tomou a lista de Fast Company e a alterou um pouco para criar uma lista das sete maneiras de interromper seu espaço público, para qualquer pessoa que busca utilizar um lugar para construir capital social no seu bairro. A seguir os sete pontos desenvolvidos por PPS.

1) Identificar e eliminar o lugar dos pontos de dor dos visitantes:

Se há um lugar na sua vizinhança que parece abandonado ou esquecido, há provavelmente somente um par de coisas importantes que não funcionam para as pessoas que vivem perto. Em palavras de Yogi Berra, se pode ver muito com somente observar e ver como as pessoas utilizam o espaço quando estão ali. A ideia é tratar de averiguar quais são os impedimentos mais notórios: talvez seja uma barreira desnecessariamente irritante ou a falta de sombra. Existem várias razões para que as pessoas permaneçam em seus lares (tv, videogames, internet etc), de modo que os espaços públicos têm que ser, quase obrigatoriamente, divertidos e de fácil acesso para ter êxito. Se deve buscar os “pontos débeis”, o espaço e desobstruí-los primeiramente.

2) Reduzir drasticamente a complexidade:

Quando um espaço público é sobre-programado, os usuários podem sentir e decidem buscar outro espaço, quando o que querem é encontrar um lugar para relaxarem. Uma boa gestão é fundamental para o êxito de um espaço público e isso significa encontrar o equilíbrio adequado entre as atividades programadas e o espaço aberto e flexível. Na vida moderna as comunidades necessitam espaços para que as pessoas se reúnam e experimentem prazeres tão simples como compartilhar um pouco do convívio com seus vizinhos.

3) Mais leve, rápido e mais barato

Não necessitamos grandes melhoras em um lugar para fazer com que se perceba mudanças radicais  quando o espaço já está subutilizado. De fato, mais leve, mais rápida, as melhorias mais baratas, são frequentemente muito mais produtivas quando já estão começando. É mais fácil conseguir que os usuários utilizem um espaço de lazer, um local para uma horta coletiva, etc. As perguntas devem ser: “Como poderia esta comunidade utilizar este espaço? E o que é mais eficiente?” Existem muitas intervenções diferentes antes de gastar grandes quantidades de dinheiro em melhorias permanentes.

4)  Estúpidos inteligentes

Os mesmo jogos digitais que mantém as pessoas nos sofás também podem ser utilizados para conseguir conectá-las aos seus espaços públicos agora. Quando um espaço não está funcionando suficientemente bem como para oferecer uma alternativa de peso, se pode utilizar o Digital Placemaking e suas ferramentas, de fato é uma grande forma para chegar as pessoas através de seus smartphones e seus computadores e fazê-los participar em uma discussão de como querem utilizar um espaço público próximo.

5) Ensinar os interessados a debater

É fundamental para o êxito dos espaços públicos, criar espaços que respondam às necessidades das pessoas, a toma de decisões deve assegurar que as pessoas se comuniquem entre si. Ao traçar a estratégia de revitalização, é necessário levar em conta todas as organizações locais e as empresas locais como um sócio em potencial. Para ver se estão dispostos a ajudar a gerar ideias para novos espaços através da aproximação dos seus clientes. Nenhuma organização ou indivíduo pode criar um forte sentido de lugar para um bairro, se as pessoas não trabalham juntas para fazer o que é melhor para sua própria comunidade.

6) Ser totalmente inclusivo

Fast Company recomenda a transparência absoluta, mas quando se trata de espaços públicos, é provavelmente melhor pensar neste indicador como condicionante de inclusão. Os usuários devem estar diretamente envolvidos com as mudanças realizadas em seus espaços públicos, por isso se você está conduzindo um cargo local para renovar um espaço, é muito importante que relembre que a comunidade sempre é o expert quando está sendo desenvolvida uma visão para o futuro de um lugar. Um processo inclusivo é por si mesmo transparente.

7) Fazer a lealdade drasticamente mais fácil que a deslealdade

Quando chega o momento de relaxar e descansar, as pessoas geralmente possuem muitas opções, muitas delas na cidade. Placemaking é tanto sobre o processo como sobre o produto, já que somente se pode criar um lugar de reunião para a comunidade mediante o trabalho direto com a comunidade. Quando as pessoas podem satisfazer suas necessidades em matéria de direito da socialização e do lazer no seu próprio bairro, seguem voltando e gerando um sentido mais profundo de comunidade, como os laços sociais se fortalecem através de uma pequena variação de interação informal.

Fonte: www.pps.org

Por: Natalia Barrientos Barría

 

Sobre este autor
Cita: Leonardo Márquez. "Sete maneiras de transformar o desenvolvimento do Espaço Público" 21 Jul 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-59909/sete-maneiras-de-transformar-o-desenvolvimento-do-espaco-publico> ISSN 0719-8906

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