Desde abril deste ano até hoje, aconteceu em Bruxelas, capital belga, a Bienal Parck Design 2012, que nesta versão foi chamada “Garden”, já que concentrou todos seus esforços em explorar e reinterpretar o papel das zonas industriais abandonadas que são convertidas em áreas de lazer e zonas verdes para a cidade.
Um dos projetos do encontro é o Curo Garden, desenvolvido no Curo Hall, lugar onde funcionava uma escola municipal e que, portanto, estava associado a fins educacionais. Por isso, o escritório de arquitetura Raumlabor levou em conta essa avaliação e elaborou um projeto no qual os vizinhos fossem parte dele, perpetuando o caráter cooperativo e participativo que caracteriza a peça. Para realizar o projeto, o escritório contou com a participação dos habitantes do lugar, que cortaram e ergueram as estruturas de madeira, junto com os oito arquitetos do escritório.
O projeto foi construído em três etapas. A primeira delas começou no final de fevereiro e consistiu na definição das necessidades e aspirações dos cidadãos do lugar, com o objetivo de que o projeto cumprisse suas expectativas e fosse realmente utilizado. A segunda foi desenvolvida de abril a junho, período em que foram realizadas três medições para se determinar as complexidades do terreno e mudá-las para que fossem aptas e pudessem receber a infraestrutura. Finalmente, a terceira fase envolveu o projeto das cadeiras, mesas, uma pérgola e as plataformas que foram inseridas na árvore, de permanente.
A bienal é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, Energia e Regeneração Urbana da Capital Regional Bruxelas, e é reconhecida porque, em ocasiões anteriores, desenvolveu e forneceu infraestruturas públicas aos parques e praças públicas da capital belga. Nesse ano, o objetivo não foi muito distante, uma vez que a ênfase está focada em reinterpretar os projetos que buscam revitalizar os espaços públicos que, por distintas circunstâncias, estão abandonados.
Park Design, através do Curo Garden, é uma instância que fornece métodos de aprendizagem in loco baseados em técnicas sustentáveis, de cooperação e participação social, gerando pequenas unidades urbanas permanentes.