As avançadas tecnologias no mundo da iluminação abriram portas à multidões de aplicações da luz dentro da arquitetura, colocando em segundo plano o comportamento natural da luz. Dominic Harris, do Cinimond Studio, em conjunto com o arquiteto Ludovico Lombardi, que trabalha para os escritórios da Zaha Hadid, em entrevista a Ruth Slavid, da Luminous, que o futuro no projeto de iluminação deverá permitir ao ser humano um controle completo, para assim conseguir uma integração verdadeira entre a arquitetura e a luz. Estudar e prever o comportamento natural da luz permite uma prática mais precisa da iluminação como complemento na arquitetura. Inevitavelmente, isto significa que “os designers de iluminação serão ainda mais especializados do que são agora” – Dominic Harris.
A integração de ideias é importante desde o início de um projeto arquitetônico. Muitas vezes o arquiteto busca controlar cada aspecto do projeto, e por isso é melhor quando o intercâmbio de ideias começa desde o início. Dentro da arquitetura, a iluminação é uma excelente ferramenta, de grande alcance e que pode revelar determinados materiais, cores, sombras e formas. Harris e Lombardi destacam que a mente do homem deve ser a controladora da luz. Se isso não acontece, a entre o processo de projeto e iluminação torna-se muito frágil. Trata-se, então, de alcançar uma maior integração entre a luz e a arquitetura. Por ser tecnicamente conduzida, a iluminação pode ser muito sensível, e assim pode ser um elemento bastante positivo ao integrar-se com o projeto arquitetônico.
Finalmente, a luz é energia. Para entendê-la, apresentá-la como queremos e usá-la sabiamente, é necessário querer alcançar a luz de novo e de novo, mesmo quando sabemos que a chama de uma vela nos queimará os dedos. Nossa relação com a luz e a energia marca a pauta do projeto de iluminação, hoje e amanhã.
[1]Slavid, R.; Lighting Architecture- Integration?. Luminous V.9. , 2012, Philips Lighting.
