O Pavilhão Grego para a Bienal de Veneza de 2012 enfocado na atual conjuntura particular de Atenas, que enfrenta um período de crise econômica, o pavilhão aborda a deterioração do espaço público da cidade, a queda dos padrões de vida e a necessidade de redefinir as prioridades do projeto arquitetônico. Os arquitetos e grupos de criação começaram a moldar um novo “common ground” (tema desta Bienal) dentro de Atenas. Com a exposição “Feito em Atenas”, o Pavilhão Grego busca destacar estes movimentos positivos que estão emergindo durante este momento crucial, com o esforço de prenunciar um futuro melhor para a cidade e para esta arquitetura.
“Feito em Atenas”:
Descrição cortesia da impressa oficial do Pavilhão Grego
A Atenas contemporânea é uma cidade de fortes contradições: é uma cidade cuja identidade particular foi moldada durante a reconstrução pós Segunda Guerra Mundial. Uma cidade que tem à sua disposição um quadro excepcional de jovens arquitetos talentosos, de orientação internacional, com bons estudos e com uma rica experiência profissional. É, no entanto, a cidade que mais foi afetada pela atual crise econômica. Hoje, o espaço urbano ateniense está se decompondo, com sua malha social cada vez mais rompida. A jovem geração de arquitetos beneficiados pelos aspectos positivos da globalização, hoje, eles têm que enfrentar o aspecto mais severo da crise financeira mundial que diminui os padrões de vida, tendo que readaptar seus trabalhos a esta situação.
Estas contradições estão dando forma a uma dinâmica particular da cidade. As condições estão sendo criadas em Atenas para expandir as conexões entre a arquitetura e a cidade, ambas durante a crise econômica, mas também após a normalização; além disso, as condições colocam em destaque novas formas de ver o papel da arquitetura sem seus padrões de bem-estar da década anterior.
A participação grega apresenta este urbanismo idiossincrático dentro de dois temas: o primeiro concerne à tradição de lugar urbano e, especificamente, à evolução do edifício residencial ateniense ou polykatoikia dos anos 1950 até hoje. Este tema examinará as relações entre a arquitetura anônima e a homônima e o processo de produção de uma paisagem através da repetição de uma unidade básica.
O segundo tema concerne à fragmentação e à disputa sobre o espaço público de Atenas, com foco no contrabalanço e/ou nas forças urbanas complementares. A deterioração do urbano é apresentada juntamente com as tentativas realizadas de reutilizar áreas centrais enquanto os programas de renovação urbana são auxiliados por redes de trabalho alternativas e iniciativas ativistas.
A força criativa da Atenas contemporânea é destacada por uma exposição de obras realizadas por arquitetos e grupos de criação da cidade. A exposição foca em 8 narrativas sobre Atenas, incrementando novas estratégias de projeto e refletindo sobre os empreendimentos que acontecem na cidade.
Uma apresentação simultânea da prática de projeto dos grupos de criação em Atenas, juntamente com as tradições urbanas locais e as transformações do espaço público buscam traçar o novo território comum que está sendo formado em Atenas por esta crise econômica.
Curadores: Arquitetos Panos Dragonas e Anna Skiada
Fundado por: Grécia e União Europeia
Financiado por: Município de Atenas, Hellenic National Centre for Maps & Cartographic heritage, Onassis Foundation
Arquitetos participantes:
- Andreas Angelidakis
- ANTONAS Office (Aristide Antonas, Katerina Koutsogianni)
- Aesopos Architecture
- AREA Architecture Research Athens (Styliani Daouti, Giorgos Mitroulias, Michaeljohn Raftopoulos)
- buerger katsota architects (Stephan Buerger, Demetra Katsota)
- decaARCHITECTURE (Alexandros Vaitsos, Carlos Loperena, Eleni Zabeli)
- draftworks* (Christiana Ioannou, Christos Papastergiou)
- Point Supreme Architects (Konstantinos Pantazis, Marianna Rentzou)
Em exposição estarão muitas propostas para o projeto de blocos de apartamentos e intervenções no espaço público de edifícios do município, bem como o projeto de KM Properties de reconstruir Kerameikos e Metaxourgeio.
Os projetos residenciais são de autoria dos arquitetos:
- D. & S. Antonakakis,
- Argyropoulos & C. Decavallas
- Atelier Bow Wow
- Bertaki / C. Loukopoulou / C. Paniyiris
- BIG
- Boyd Cody Architects
- Divercity (N. Travasaros, D. Karampelia, D. Travasaros, C. Achtypi, C. Dimitroukas)
- doxiadis+ (T. Doxiadis, I. Vonderthann)
- Dragonas & V. Christopoulou
- Fatouros
- FORA (João Fagulha, Raquel Oliveira e João Ruivo)
- Gkikas & E. Filtsou
- ISV Architects (B. Ioannou, T. Sotiropoulos, A. van Gilder)
- Klab Architecture – Konstantinos Lambrinopoulos, K. Krokos, ksestudio (S. Krimizi, K. Kyriakou)
- Ktenas
- Μ. Nikoloutsou & M. Filippidis
- Scroumbelos
- Solid Objectives – Idenburg Liu (Florian Idenburg, Ioannis Kandyliaris, Ilias Papageorgiou)
- D. Sotovikis / A. Sotovikis / C. Batziou, tense architecture network (T. Andrianopoulos, C. Mavros, T. Bampanelos)
- N. Valsamakis, I. Vikelas, Τ. Ch. Zenetos
Outras participações por arquitetos/fotógrafos:
- Charalambos Louizidis & Aikaterini Niki Glinou
- Yiorgis Yerolymbos
- Dimitris Michalakis (fotógrafo)
- Angelos Frantzis (diretor de cinema/artista visual)
- b (arquiteto/artista de rua)
A exposição foi projetada pelos arquitetos Panos Dragonas, Anna Skiada, Varvara Christopoulou, Maria Bourdi e Maria Chassioti.
As inciativas dos cidadãos também foram apresentadas para a recuperação do espaço público, como o Demosion Sima, Navarino Park e a equipe local / atenienses.
Como citado no anúncio relatado: “A participação grega é parte do esforço que apoia o Ministério do Meio Ambiente a desenvolver uma política coerente em arquitetura, com a atualização e a promoção da produção de projetos contemporâneos na Grécia. O objetivo da participação é distinguir a participação grega do cenário internacional.”
A exposição foi realizada com o financiamento da Grécia e da União Europeia.